Roteiro
Yellowstone Park – Roteiro com as principais atrações e dicas
- Créditos/Foto:Paulo Basso Jr.
- 25/Junho/2024
- Paulo Basso Jr.
Lindo. Espetacular. Fascinante. Todo superlativo parece pouco para definir o Yellowstone National Park, no oeste americano. Durante meu roteiro pela região, cansei de repetir o quanto estava embasbacado com tamanha beleza.
Sério: como jornalista de viagens há mais de 20 anos, já tive a oportunidade de passar por mais de 50 países e visitei muitos lugares incríveis no próprio EUA, como Alasca, Havaí e Yosemite, mas poucos me surpreenderam tanto quanto a “casa do Zé Colmeia”.
O que mais me encantou por lá, sem dúvida, foi a variedade de atrações. Em diversos lugares do mundo há parques em que você encontra cachoeiras belíssimas, como as Cataratas do Iguaçu. Em outros. destacam-se lagos, cânions, montanhas, florestas ou a presença de animais selvagens. O lance de Yellowstone é que ele tem tudo isso e muito mais, com o plus de abrigar piscinas termais coloridas raramente encontradas em outros lugares e mais da metade dos gêiseres ativos do mundo.
Tá bom ou quer mais? Se quiser, vem que tem!
O que fazer em Yellowstone
Em um roteiro de três dias em Yellowstone, por exemplo, você tem a oportunidade de visitar atrações incríveis, como a Grand Prismatic Spring, piscina termal com cores alucinantes, o gêiser Old Faithful, com erupções rotineiras e jatos d’água que atingem 45 metros de altura, o Yellowstone Grand Canyon, dono de paredões amarelados por onde despencam cachoeiras, e o Yellowstone Lake, marcado por paisagens que ostentam águas cristalinas cercadas de picos cobertos de neve.
Não foi à toa também que Yellowstone inspirou o nome do parque do Zé Colmeia – o famoso Jellystone do desenho animado. Afinal, o que não faltam por lá são animais selvagens, como bisões, veados, cervos, alces, cabras, raposas, lobos e, como não poderia deixar de ser, ursos (tanto pardos, chamado por lá de grizzlies, como pretos, os black bears). O Lamar Valley, o Blacktail Plateau e o Hayden Valley são ótimos destinos para observá-los.
Dessa forma, as principais atrações de Yellowstone são:
- Old Faithful
- Upper Geyser Basin (Morning Glory Pool)
- Biscuit Basin (Sapphire Pool)
- Grand Prismatic Spring
- Excelsior Geyser
- Lower Geyser Basin (Fountain Paint Pot)
- Gibbon Falls
- Norris Geyser Basin (Steamboat Geyser)
- Mammoth Hot Springs
- Blacktail Plateau
- Lamar Valley
- Tower Fall
- Grand Canyon de Yellowstone (Lower e Upper Falls)
- Hayden Valley
- Sulphur Caldron
- Yellowstone Lake
- West Thumb Geyser Basin
- Kepler Cascades
Diante de todas essas atrações, que não estão listadas pela ordem de preferência, e sim num sentido lógico (falarei sobre isso mais abaixo), muita gente acha que é complicado visitar Yellowstone. Garanto, porém, que é mais fácil do que parece. Aqui, vou ajudá-lo a explorar essa maravilha da natureza sem qualquer tipo de perrengue, indo às melhores atrações ao longo de roteiros lógicos e com diversas dicas.
Antes disso, porém, é preciso entender onde fica Yellowstone, porque ele é tão especial, como chegar lá e onde ficar. Tudo isso fará sua experiência ficar muito melhor. Vem comigo, pois o que mais quero é que você volte de lá tão embasbacado quanto eu.
Conheça o Yellowstone National Park
Geograficamente, o Yellowstone National Park (Parque Nacional de Yellowstone) está situado sobre a caldeira de um supervulcão, cuja última erupção ocorreu há cerca de 640 mil anos. Hoje, o local é tomado por vales e montanhas verdejantes no verão e branquinhas de neve na maior parte do ano, além de lagos, cachoeiras, gêiseres e piscinas termais com cores vibrantes provocadas pela presença de microrganismos pigmentados.
A biodiversidade de Yellowstone impressiona a todo estande. Ao rodar poucos quilômetros, você parece viajar de um mundo para outro, passando por bosques de pinheiros, planícies abertas e áreas relativamente secas. Por todos os lados, há muita vida animal, com pássaros, bisões, alces, cervos, veados, lobos e ursos pardos e pretos.
Eu vi um grizzle, por exemplo, assim que passei pela entrada West, todo pirilampo, ao lado da estrada. E é bom estar preparado, pois é mais ou menos assim que funciona por lá. Quando você vê gente estacionada e com câmeras na mão, já vá parando e sacando câmeras e binóculos (item fundamental), pois a chance de ter um animal por perto é grande.
Primeiro parque nacional do mundo
Por conta de todas essas características geográficas espetaculares, Yellowstone se transformou no primeiro parque nacional do mundo. Ele foi criado em 1º de março de 1872 pelo então presidente dos EUA Ulysses S. Grant.
Sua fundação marcou o início de um movimento global de preservação de áreas naturais que deu vida a todos os outros parques nacionais do mundo. Até 1917, Yellowstone era gerido pelo exército dos EUA. Desde então, o Serviço Nacional de Parques ficou responsável pela administração local. Hoje, quem vai até lá encontra muitos rangers, que dão orientações precisas e, em geral, recebem os visitantes com bastante simpatia.
Série de TV
Talvez você conheça a série de TV Yellowstone, que já teve Kevin Costner no elenco. A história tem como base o fictício rancho Dutton, em Montana. Na trama, ele fica bem próximo do parque nacional, o que permite vislumbrar pela telinha algumas das lindas paisagens locais, embora o série não tem como intuito explorar as atrações turísticas. O enredo está mais ligado a temas como preservação da terra, conflitos de propriedade e o dilema entre a conservação e o desenvolvimento.
Onde fica Yellowstone
O Yellowstone National Park se estende pelos estados de Wyoming, Montana e Idaho, no oeste dos EUA. A maior parte das atrações turísticas se concentra em Wyoming.
Repare no mapa acima que a área mais visitada do parque forma uma espécie de número “8” (memorize isso, pois vou mencionar bastante abaixo), que é contornado por uma estrada chamada Grand Loop Rd. Assim, tudo que você precisa fazer ao visitar a região é trafegar por ela de carro ou motorhome, em qualquer sentido, para chegar às principais atrações de Yellowstone.
O melhor de tudo é que os pontos turísticos mais famosos ficam a distâncias curtas de carro ou motorhome, de no máximo meia hora. É prático ir a todas elas e, a não ser que você queira se embrenhar em locais mais ermos (neste caso, nem sonhe em ir até lá sem um spray de urso), nem é preciso encarar longas trilhas. A maior parte das grandes atrações fica ao lado da estrada e é acessível para pessoas de todas as idades.
Entradas de Yellowstone
Yellowstone conta com cinco entradas. A área norte do “8”, chamada de Upper Loop, abriga duas delas, a norte e a noroeste. Na parte inferior do “8”, a Lower Loop, estão as outras três: leste, sul e oeste.
As entradas mais populares e usadas pelos brasileiros são a sul (vindo de Jackson Hole, a norte (para quem chega ou se estabelece em Bozeman ou Gardiner) e a Oeste (onde está West Yellowstone).
Quanto custa
O ingresso para entrar no Yellowstone National Park é cobrado por veículo (e não pela quantidade de pessoas dentro dele) assim que você chega a uma das entradas e vale por sete dias. Veja os valores (2024):
- Veículos privados: US$ 35
- Motos: US$ 30
- Pedestres: US$ 15
Caso pretenda visitar mais de um parque nacional durante a viagem para os EUA, vale considerar a compra do passe anual que garante a entrada em todos eles e custa US$ 80.
Com um carro alugado ou motorhome, você não terá mais despesas para visitar as atrações (apenas com hospedagem, alimentação, combustível e compras). Quem não dirige ou deseja fazer excursões privadas, porém, encontra boas opções à disposição. Aqui, você confere os melhores passeios guiados a partir das principais cidades usadas como base nos arredores de Yellowstone.
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Como chegar a Yellowstone
Para os brasileiros, o jeito mais rápido de chegar a Yellowstone é voando até:
- Jackson Hole (Wyoming), que fica a cerca de uma hora de carro da entrada sul do parque e se avizinha de outro destino natural fantástico, o Grand Teton.
- Bozeman (Montana), que fica a 1h25min da entrada norte do parque nacional.
Em ambos os casos é preciso fazer ao menos uma conexão em outra cidade americana, como Chicago, Nova York, Atlanta ou Dallas.
Vale dizer ainda que o aeroporto mais próximo do parque nacional é o de West Yellowstone, que fica a apenas 20 minutos de carro da entrada oeste. Chegar até lá partindo do Brasil, porém, não é muito prático, uma vez que ele funciona apenas entre maio e setembro e exige, no mínimo, duas conexões (a segunda delas em Salt Lake City, capital de Utah).
Uma opção neste caso é eliminar o último voo e dirigir por cerca de 4h45min entre Salt Lake City e West Yellowstone. Isso pode ser interessante para quem pretende conhecer outros destinos nos arredores.
Seja qual for sua escolha, minha dica é consultar as melhores rotas e os valores em um desses metabuscadores que fazem pesquisas em diversas companhias aéreas de uma vez, já que as possibilidades de trajetos são bem variadas. Eu costumo usar o da Vai de Promo, pois acho o site confiável e sempre encontro boas ofertas por lá.
Aluguel de carro
É fundamental alugar um carro ou motorhome na hora de visitar Yellowstone. Em todos os aeroportos nos arredores, como os de Jackson Hole, Bozeman, West Yellowstone e Salt Lake City, há diversas locadoras disponíveis.
Eu cheguei por Bozeman e aluguei, no buscador da Mobility (onde encontrei os melhores preços e excelentes condições de seguro e motorista adicional), um sedã na Alamo. Foi muito prático. Fiz todo o check in no dia anterior pela internet e, uma vez na loja do aeroporto, tive apenas que assinar rapidamente alguns documentos eletrônicos, sem que eles tentassem me vender mais nada. Recomendo bastante.
Caso encare a viagem de motorhome, o que também deve ser o máximo, minha dica é falar com o pessoal da Motorhome Trips. Eles organizam todo o roteiro antes mesmo de você no Brasil e ainda dão suporte durante a viagem. Entre em contato e mencione o cupom ROTADEFERIAS para garantir descontos.
Quando ir a Yellowstone
Os melhores períodos para visitar o Yellowstone National Park são as primeiras quinzenas de junho e setembro, quando a temperatura costuma ser agradável, as principais estradas estão abertas, os preços não ficam tão proibitivos e, acima de tudo, não é época de férias escolares, o que significa menos gente nos pontos turísticos.
Eu fui no meio de junho e adorei. Estava começando a encher de gente, mas o clima permaneceu ameno, com bastante sol e média de 17ºC. As paisagens, por sua vez, saltavam aos olhos com a presença de neve no pico das montanhas em meio ao céu azul e os vales verdejantes.
Por conta de tudo isso, ao planejar sua viagem para lá, vale a pena ter em conta o quanto Yellowstone se transforma ao longo das estações. Confira:
- Primavera (março a maio) – Na primavera, Yellowstone começa a descongelar, com temperaturas variando de -5°C a 15°C. A vida selvagem é abundante, com muitos animais saindo da hibernação e aves migratórias retornando. As trilhas ainda podem estar cobertas de neve, e alguns serviços e estradas permanecem fechados até o final da estação. O lado bom é que o parque fica menos movimentado.
- Verão (junho a agosto) – O verão é a alta temporada em Yellowstone, com temperaturas que variam de 5°C a 27°C. Todas as estradas e serviços estão abertos, facilitando o acesso às principais atrações. No entanto, este também é o período mais movimentado, com multidões nos pontos turísticos mais populares. Sério, é difícil até estacionar. Além de tudo, é recomendável fazer reservas com antecedência nos hotéis e visitar as atrações cedinho ou bem tarde, para evitar aglomerações.
- Outono (setembro a novembro) – O outono traz cores vibrantes ao parque, com temperaturas que variam de -5°C a 20°C. É uma ótima época para observar a vida selvagem, especialmente durante o acasalamento dos alces. A quantidade de visitantes diminui significativamente após o Dia do Trabalho (primeira segunda-feira de setembro nos EUA), mas é preciso ficar esperto, pois algumas estradas e instalações começam a fechar em outubro.
- Inverno (dezembro a fevereiro) – Com temperaturas que variam de -20°C a 5°C, o inverno é bastante frio em Yellowstone. A maioria das estradas permanece fechada para veículos regulares, mas a entrada norte, próxima a Bozeman e Gardiner, fica aberta o ano todo. O parque é muito menos visitado neste período, mesmo porque as condições rigorosas do inverno exigem preparação adequada.
Onde ficar em Yellowstone
Escolher bem onde se hospedar é o grande desafio na hora de montar um roteiro em Yellowstone. Isso porque você pode estabelecer uma única base, o que te obrigará a ir e voltar todos os dias para o mesmo hotel, perdendo assim um tempo precioso, ou ficar em dois ou mais hotéis ao longo do trajeto, o que dá um trabalhinho, mas faz mais sentido. Eu optei por essa segunda estratégia e achei perfeito.
Antes de dar dicas de hotéis e do roteiro propriamente dito, porém, é válido saber que existem opções de hospedagem dentro e fora dos parques. Veja como funciona e as diferenças.
Hotéis dentro do parque
Dentro do parque, existem diversas opções de lodges, que oferecem desde cabines até quartos simples e luxuosos. Eles ficam espalhados por cinco bases:
- Old Faithful (Inn, Lodge e Snow Lodge) – no sudoeste do “8”
- Lake Yellowstone (Hotel e Lake Lodge Cabins) – no sudeste do “8”
- Canyon Village (Grant Village e Canyon Lodge & Cabins) – no leste do “8”
- Roosevelt Lodge Cabins – no nordeste do “8”
- Mammoth Hot Springs Hotel & Cabins – no noroeste do “8”
As acomodações de todos esses hotéis, sejam quartos, sejam cabines, são caras e precisam ser reservadas com antecedência de meses no site oficial, sobretudo no verão americano. Em compensação, oferecem contato direto com a natureza e grandes comodidades. O Old Faithful Inn, por exemplo, fica tão grudado em uma das maiores atrações de Yellowstone, o gêiser Old Faithful, que alguns de seus quartos oferecem vista para a maravilha natural.
Eu passei uma noite no Canyon Lodge & Cabins e gostei. O quarto era simples, mas confortável. Fiquei lá porque fazia sentido no meu roteiro, uma vez que chegaria muito tarde no lado leste do parque e as opções fora do parque, ali perto, são escassas. Além disso, foi onde encontrei melhores preços entre os lodges que ficam do lado de dentro.
Aqui, vale dizer que, invariavelmente, você passará por um ou mais desses hotéis ao longo do roteiro em Yellowstone, mesmo que não se hospede neles. Isso porque é nas cinco bases onde estão os lodges que ficam, também, todos os restaurantes dentro do parque, bem como as lojinhas, os postos de combustível e os centros de visitantes, onde há banheiros, mapas e orientações gerais.
Acabei visitando todos esses complexos, para te orientar da melhor forma possível. O Old Faithful Inn vale a parada porque é praticamente um ponto turístico, com um lobby fantástico construído em madeira e que destaca um grande relógio em uma colunata de pedra. De seu pátio, basta caminhar por cerca de 100 metros para avistar o gêiser Old Faithful.
O Lake Yellowstone Hotel também é bacana. É dele, inclusive, que se tem as melhores vistas do Yellowstone Lake, um dos pontos turísticos do parque.
O Mammoth Hot Springs Hotel & Cabins, por sua vez, fica ao lado do melhor Visitor Center (Centro de Visitantes) de Yellowstone. Uma dica aqui é usar o banheiro do lobby, limpo e quase sempre vazio. Além disso, essa é a única área em todo o parque com acesso liberado à internet (desde que você tenha um eSim ou chip de viagem).
Vale dizer ainda que há muitos campings dentro de Yellowstone. Assim como os hotéis, é mais do que indicado reservá-los com antecedência de meses no site oficial.
Hotéis fora do parque
Ficar nos hotéis fora do parque é uma boa alternativa para economizar alguns dólares, embora você perca um pouco mais de tempo com deslocamentos e não vive a experiência de dormir em meio à natureza. O bom é que não faltam opções próximas a diversas entradas de Yellowstone, o que facilita bastante o planejamento do roteiro.
Veja alguns hotéis interessantes que servem de base para quem visita Yellowstone.
Entrada Sul
- Headwaters Lodge & Cabins at Flagg Ranch – Localizado a cinco minutos de carro da entrada sul de Yellowstone, em Moran, tem ambiente de montanha e quartos simples, porém confortáveis.
- Parkway Inn of Jackson Hole – Fica no centrinho de Jackson Hole, a cerca de uma hora de carro da entrada sul de Yellowstone. Tem quartos aconchegantes e é uma boa dica para quem deseja se hospedar na cidade.
Entrada Norte
- The Ridgeline Hotel at Yellowstone – Situado em Gardiner, bem pertinho do parque, este hotel tem quartos amplos e confortáveis.
- Sapphire Motel – Passei uma noite neste hotel em Bozeman, a 20 minutos do aeroporto e a 1h25min de carro de Yellowstone, e adorei. Os quartos são modernos, com banheiros lindos, e o serviço é atencioso. O dono fala português perfeitamente, pois morou no Brasil. Voltaria para lá facilmente.
Entrada Oeste
- Stage Coach Inn – Localizado em West Yellowstone, cidade que fica grudada no parque, este hotel tem piscina coberta e café da manhã gratuito. Achei o quarto bom, mas o banheiro um pouco pequeno. O atendimento foi bastante atencioso. Um ponto positivo é que ele fica perto dos bons restaurantes da cidade.
- ClubHouse Inn – Outra opção em West Yellowstone. Tem quartos confortáveis e fica a uma curta distância das atrações e dos restaurantes locais.
Seguro viagem EUA
Ao viajar para destinos como Yellowstone ou outros pontos turísticos dos EUA, não deixe de fazer um seguro viagem. Afinal, os custos com saúde fora do Brasil costumam ser caríssimos e todos estão sujeitos a imprevistos. Isso sem contar problemas como extravio de bagagem e voos cancelados.
Mais para baixo, vou deixar outras dicas de procedimentos de segurança, também, caso queira entrar em trilhas. É altamente recomendável estar acompanhado e carregar um spray de pimenta para ursos, por exemplo.
Minha sugestão é, ainda no Brasil, entrar no comparador online da Seguros Promo, que vasculha as principais seguradoras de viagem em busca dos melhores preços, sem que você precise ficar entrando no site de cada uma delas. É uma mão na roda, eu não viajo sem fazer isso.
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Chip de Internet EUA
Dentro do Yellowstone National Park praticamente não funciona internet, a não ser nos hotéis (com senha para os hóspedes) e no Visit Center do Mammoth Hot Springs Hotel & Cabins, onde é livre.
Para acessar ali e nas cidades dos arredores, entretanto, você precisará de um eSim ou um chip de internet. Ficar conectado é imprescindível por vários aspectos: comunicação, segurança e praticidade. Nunca se sabe quando você precisará falar com alguém, consultar algum endereço, resolver algum problema ou garantir alguma reserva.
Existem várias opções no mercado, mas o serviço que eu mais gosto é o chip de viagem da America Chip. Primeiro porque funciona bem na maioria dos lugares (em todo o mundo), e segundo porque o atendimento é ótimo. Eles têm até chips virtuais (eSim), o que facilita muito a vida na hora de instalar no telefone e usar. É realmente prático.
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Roteiro em Yellowstone
Três dias é o mínimo que indico para montar um bom roteiro em Yellowstone. Se puder ficar mais, melhor. Menos, já acho corrido. Até rola, mas não dá para curtir o parque em sua plenitude.
Como mencionei acima, há quem prefira ficar em um único hotel e, todos os dias, ir e voltar para a mesma base. Até dá para fazer isso, mas considere que você perderá um bocado de tempo e passará muitas vezes no mesmo lugar, de forma desnecessária. Por isso, minha recomendação é ficar em dois ou três hotéis ao longo do trajeto, fazendo um circuito lógico pelo tal do “8”, que é percorrido pela estrada Grand Loop Rd.
Para quem vai de motorhome, a lógica é mesma e até mais óbvia. Há muitos campings dentro e fora do parque ao longo do trajeto.
O que fazer em Yellowstone em três dias
Vou detalhar cada atração de Yellowstone mais abaixo, mas antes vou indicar, em um sentido lógico, a ordem dos pontos turísticos que você deve priorizar a partir das entradas do parque mais usadas como base pelos brasileiros. Bora lá!
Início do roteiro pela entrada Sul (Jackson Hole e Moran)
- Dia 1 – West Thumb Geyser Basin, Yellowstone Lake, Sulphur Caldron, Hayden Valley, Grand Canyon of the Yellowstone (Lower e Upper Falls) e Tower Fall. Sugestão para pernoite: Canyon Village ou Roosevelt Lodge Cabins, dentro do parque.
- Dia 2 – Lamar Valley, Blacktail Plateau, Mammoth Hot Springs, Norris Geyser Basin (Steamboat Geyser) e Gibbon Falls. Sugestão para pernoite: Mammoth Hot Springs Hotel & Cabins, dentro do parque, ou West Yellowstone, fora do parque.
- Dia 3 – Lower Geyser Basin (Fountain Paint Pot), Grand Prismatic Spring, Excelsior Geyser, Biscuit Basin (Sapphire Pool), Upper Geyser Basin (Morning Glory Pool), Old Faithful e Kepler Cascades. Sugestão de pernoite: Old Faithful e Lake Yellowstone, dentro do parque, ou Moran ou Jackson Hole, fora do parque.
Início do roteiro pela entrada Norte (Bozeman e Gardiner)
Obs: foi este que eu fiz.
- Dia 1 – Mammoth Hot Springs, Blacktail Plateau, Lamar Valley e Tower Fall. Sugestão para pernoite: Canyon Village e Roosevelt Lodge Cabins, dentro do parque.
- Dia 2 – Grand Canyon of the Yellowstone (Lower e Upper Falls), Hayden Valley, Sulphur Caldron, Yellowstone Lake e West Thumb Geyser Basin. Sugestão para pernoite: Lake Yellowstone, dentro do parque, ou Moran, Jackson Hole e West Yellowstone, fora do parque (neste último caso, percorrendo as atrações do dia seguinte ao contrário do sugerido abaixo).
- Dia 3 – Kepler Cascades, Old Faithful, Upper Geyser Basin (Morning Glory Pool), Biscuit Basin (Sapphire Pool), Grand Prismatic Spring, Excelsior Geyser, Lower Geyser Basin (Fountain Paint Pot), Gibbon Falls e Norris Geyser Basin (Steamboat Geyser). Sugestão para pernoite: Mammoth Hot Springs Hotel & Cabins, dentro do parque, ou West Yellowstone e Gardiner, fora do parque.
Início do roteiro pela entrada Oeste (West Yellowstone)
- Dia 1 – Lower Geyser Basin (Fountain Paint Pot), Grand Prismatic Spring, Excelsior Geyser, Biscuit Basin (Sapphire Pool), Upper Geyser Basin (Morning Glory Pool), Old Faithful e Kepler Cascades. Sugestão de pernoite: Old Faithful e Lake Yellowstone, dentro do parque, ou West Yellowstone, fora do parque (neste último caso, voltando todo o trajeto).
- Dia 2 – West Thumb Geyser Basin, Yellowstone Lake, Sulphur Caldron, Hayden Valley, Tower Fall e Grand Canyon of the Yellowstone (Lower e Upper Falls). Sugestão para pernoite: Canyon Village e Roosevelt Lodge Cabins, dentro do parque.
- Dia 3 – Lamar Valley, Blacktail Plateau, Mammoth Hot Springs, Norris Geyser Basin (Steamboat Geyser) e Gibbon Falls. Sugestão para pernoite: Mammoth Hot Springs Hotel & Cabins, dentro do parque, ou West Yellowstone, fora do parque.
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18 atrações em Yellowstone
Confira em detalhes como são as principais atrações de Yellowstone. Elas não estão listadas por ordem de grandeza, mas num sentido lógico conforme surgem caso você percorra a Grand Loop Rd no sentido horário a partir do Old Faithful.
Como explicado acima, você pode começar em qualquer outro ponto e até rodar pelo sentido inverso, não tem problema. O que importa é planejar o roteiro para conhecer todos esses pontos turísticos.
1 – Old Faithful
Uma das atrações mais populares de Yellowstone, embora não a minha preferida, o Old Faithful é um dos gêiseres mais famosos e previsíveis do mundo, com erupções a cada 90 minutos, mais ou menos. O grande barato é que elas chegam a alcançar até 56 metros e duram entre dois e cinco minutos.
O nome Old Faithful (Velho Fiel) vem, justamente, de sua regularidade nas erupções. Nos arredores dele, começa a trilha que serpenteiam o Upper Geyser Basin, onde fica outro ponto turístico imperdível: a Morning Glory Pool.
- Dica: No site oficial de Yellowstone, dá para verificar a previsão diária de erupções não apenas do Old Faithful, mas também de outros gêiseres ativos da região. Vale a pena consultar no hotel, logo pela manhã, para programar melhor a visita. Como a internet não funciona bem no parque, outra opção é checar os horários na recepção do hotel Old Faithful Inn.
- Informação prática: O estacionamento ao redor do Old Faithful é grande, mas costuma encher na alta temporada, sobretudo nos horários previstos de erupção. Chegue cedo, pelo menos 30 minutos antes, já que os jatos d’água podem rolar 10 minutos antes ou depois da previsão. Dá para entrar pelo lobby do Old Faithful Inn, sair no pátio e caminhar por um minuto até a plataforma de onde se observa o gêiser. Quem chega cedo consegue sentar em um banco enorme fixado no local.
2 – Upper Geyser Basin (Morning Glory Pool)
A Upper Geyser Basin está conectada ao Old Faithful e consiste em uma área que concentra 25% dos gêiseres de todo o mundo – são mais de 100. Ao caminhar por uma plataforma de madeira, num trajeto plano, dá para observar de perto todos eles.
O Beehive Geyser, um dos mais próximos ao Old Faithful, estava ativo quando eu passei por lá. O espetáculo é fantástico, com jatos d’água sendo cuspidos com muita força. Depois dele, vale a pena observar com atenção o Castle Geyser, o Daisy Geyser e, principalmente, o Grotto Geyser, que não para de soltar vapor.
O grande destaque da Upper Geyser Basin, no entanto, é a Morning Glory Pool, que está bem no fim da trilha. De um verde espetacular circundada por uma borda amarela, esta piscina termal pode ser vista bem de perto, a partir de uma plataforma que permite ótima observação do alto.
Curiosamente, as lindas cores da piscina, formadas pela presença de bactérias termofílicas, eclodiram para valer a partir da década de 1950 graças a um fato triste. Ao longo do tempo, visitantes jogaram uma série de itens dentro da Morning Glory Pool, como toalhas, lençóis, meias e, principalmente, toalhas.
Hoje, o vandalismo é expressamente proibido em todas as atrações de Yellowstone. Respeite, pois não são poucos os casos de quem tenta burlar as regras e sai preso de lá.
- Dica: Dedique tempo para caminhar pelas passarelas e explorar a variedade de gêiseres e fontes termais na área. Recomendo entre duas e três horas caso queira assistir à erupção do Old Faithful e percorrer a trilha toda.
- Informação prática: As trilhas do Upper Geyser Basin são planas e tranquilas para caminhar, mas vale saber que o trajeto todo de ida e volta tem 7,2 km. Caso não posso ou não queira caminhar tanto, dá para sair do Old Faithful e ir de carro diretamente até o estacionamento que fica nas proximidades da Morning Glory Pool. Neste caso, porém, você avistará rapidamente a piscina termal mais famosa da área, mas não verá os diversos gêiseres espalhados pela região.
3 – Biscuit Basin (Sapphire Pool)
A região da Biscuit Basin fica bem pertinho da Upper Geyser Basin. O grande destaque da área é a Sapphire Pool, piscina termal com um azul bem intenso.
Ao lado da Sapphire Pool está o Jewel Geyser, com erupções rotineiras a cada nove minutos ou até menos. O grande barato é que dá para fotografar ou filmar bem de pertinho.
- Dica: Reserve pelo menos 30 minutos para a visita e repare nas placas informativas (em inglês) da área. Elas explicam, por exemplo, que quanto mais azul é a água das piscinas termais, mais quentes elas são. As temperaturas podem chegar perto dos 100ºC.
- Informação prática: A trilha na Biscuit Basin a partir do estacionamento é curta e plana. Acessível, é formada por uma passarela de madeira.
4 – Grand Prismatic Spring
Esta é, para mim, a atração mais sensacional de Yellowstone. A Grand Prismatic Spring é a maior piscina termal dos Estados Unidos, com aproximadamente 112 metros de diâmetro e uma profundidade de 37 metros.
As cores vibrantes, que variam do azul profundo ao centro ao vermelho nas bordas, são provocadas por diferentes espécies de bactérias, que prosperam em várias temperaturas – as águas ali podem chegar a 70°C.
Na hora de planejar o roteiro, saiba que dá para ver a Grand Prismatic Spring de diversos ângulos, sendo que dois deles são “obrigatórios”. Eles ficam em pontos diferentes, embora próximos, e você terá que ir de carro de um para o outro.
O primeiro é a partir da entrada oficial da Midway Geyser Basin, a área em que ela fica e que concentra, também, o Excelsior Geyser. Ali, você caminha por uma trilha curta e plana até avistar a piscina termal bem pertinho, mas com uma visão baixa e limitada, em meio a muito vapor e a vermelhidão intensa provocada pelos microorganismos em sua borda.
A melhor forma de observar a Grand Prismatic Spring, porém, é do alto, a partir de uma plataforma situada no meio de uma trilha que leva, também, às quedas d’água Fairy Falls. Logo no começo da caminhada, dá para ver, de longe, as fumaças com reflexo colorido formadas pela alta intensidade do vapor.
É ao alcançar a plataforma de observação, porém, que você tem a noção completa de toda a magnitude da Grand Prismatic Spring. É incrível, não dá vontade de ir embora.
- Dica: Reserve de duas a três horas para ver a atração de perto e por cima. A Fairy Falls Trail tem cerca de 1,3 km de extensão (só de ida) e é moderada, com uma leve subida que termina em uma pequena escadaria. Quem quiser pode seguir em frente por mais alguns quilômetros para ir até as Fairy Falls. Eu acabei pulando.
- Informação prática: O estacionamento da Midway Geyser Basin, de onde se vê a Grand Prismatic Spring de perto, costuma ficar cheio na alta temporada. Vá com paciência e, de preferência, bem cedo ou já no fim do dia. Muita gente acaba estacionando no acostamento da estrada e caminhando até lá. Para ver a piscina termal do alto, marque a Fairy Falls Trail no mapa. No início da trilha, há um estacionamento, bem como uma pequena, porém bela piscina termal. A partir daí, basta caminhar pelo chão de areia com pedrinhas até a plataforma de observação.
5 – Excelsior Geyser
Se você for ver de perto a Grand Prismatic Spring, na Midway Geyser Basin, fatalmente passará pelo Excelsior Geyser. Ele fica no começo da trilha, que é bem levinha.
Trata-se de uma piscina termal impressionante que, há muito tempo, formava um dos gêiseres mais poderosos de Yellowstone. Suas erupções no final do século 19 transformaram o local em uma piscina fervente, que lança mais de 15 mil litros de água quente por minuto no Rio Firehole. Dá para ver o vapor de longe, desde a estrada, e em alta intensidade. A paisagem é surreal
De um azul cintilante, o Excelsior Geyser pode atingir temperaturas de até 93°C. Ele está há muito tempo adormecido, mas é imprevisível e pode, sim, entrar em erupção a qualquer momento.
- Dica: Como a área em que ele fica, a Midway Geyser Basin, abriga também a Grand Prismatic Spring, o estacionamento vive cheio. Portanto, vá cedo para evitar aglomerações.
- Informação prática: O Excelsior Geyser está bem do ladinho da Grand Prismatic Spring. Para observar ambas as maravilhas naturais, basta caminhar por uma plataforma de madeira plana facilmente alcançável a partir de um estacionamento.
6 – Lower Geyser Basin (Fountain Paint Pot)
A Lower Geyser Basin é o maior barato. Nesta área, que fica perto da Grand Prismatic Spring, basta caminhar por uma passarela plana para avistar de perto diversas piscinas termais e gêiseres. Fica tão perto da estrada que, ao passar por lá de carro, já dá para avistar algumas maravilhas ideais. Mas vale a pena estacionar, claro, e ver tudo de pertinho.
As principais atrações da área são a Celestine Pool, de um azul inacreditável, a Silex Springs, outra piscina termal azulzinha, que rende lindas fotos, e o Fountain Paint Pot, um gêiser com lama clara que borbulha sem parar, feito um caldeirão com água fervendo.
Estique o passeio para avistar de perto alguns outros gêiseres locais, que vivem ativos. Um dos que mais curti foi o Clepsydra Geyser, situado ao lado de vários outros menores e bem “nervosinho”.
- Dica: Por conta das características geotérmicas, o o Fountain Paint Pot muda de cor de acordo com a estação do ano. Por isso, se for mais de uma vez a Yellowstone, não deixe de passar por lá novamente. Reserve ao menos uma hora para o passeio.
- Informação prática: A trilha na Lower Geyser Basin é curta, plana e fácil. Ao andar pouco mais de 1 km você passa por todos os pontos de interesse. Há um bom estacionamento na entrada, com banheiro.
7 – Gibbon Falls
Esta não é uma atração obrigatória de Yellowstone, digamos assim, mas é tão fácil de ver, que vale a pena. Localizadas no Rio Gibbon, as Gibbon Falls caem de uma altura de cerca de 25 metros. A plataforma de observação da cachoeira fica grudada na estrada e oferece uma vista panorâmica deslumbrante das águas, que despencam sobre um penhasco íngreme.
- Dica: Uma vez na plataforma, olhe também para o lado contrário da cachoeira, por onde corre o rio. A vista é belíssima. Em 15 minutos, a diversão é garantida.
- Informação prática: Ao ver a placa da atração, estacione bem ao lado da estrada, em uma área própria, e caminhe por um ou dois minutos. Pronto, você já estará no mirante.
8 – Norris Geyser Basin (Steamboat Geyser)
Longas filas se formam no estacionamento da Norris Geyser Basin na alta temporada, mas confesso que não colocaria a atração entre minhas prioridades. Vale incluir no roteiro? Sem dúvida. Mas depois de garantir que terá tempo de ir a outros pontos turísticos nos arredores.
A área é dividida em duas: a Porcelain Basin, que tem uma trilha de 1,7 km e conta com algumas piscinas termais, e a Back Basin, repleta de gêiseres, com destaque para o Steamboat Geyser. Este último eu curti visitar, pelo fato de que ele vive fumegando e, quando entra em erupção, é atualmente o mais alto do mundo, com jatos que podem alcançar até 91 metros. Incrível.
Infelizmente, o Steamboat Geyser é imprevisível. Quando fui lá, ele tinha entrado em erupção numa madrugada, um mês antes. Mas uma placa na região informa que o fenômeno pode acontecer a qualquer momento ou demorar décadas. Não dá para saber.
- Dica: Reserve alguns minutos para observar com calma o Steamboat Geyser, pois suas erupções menores são divertidas e ocorrem com mais frequência. O passeio todo na região deve ocupar ao menos uma hora de seu roteiro, caso você não seja tão detalhista e não faça a trilha completa do Black Basin.
- Informação prática: Depois de estacionar, entre na trilha da Porcelain Basin, que inclui algumas subidas e descidas ao longo de seus 1,7 km, mas é tranquila. Em seguida, dá para fazer a trilha da Back Basin, que tem 2,8 km no total. Eu optei, porém, por ir apenas até o Steamboat Geyser, que fica relativamente no começo, e voltar.
9 – Mammoth Hot Springs
Primeira atração para quem chega pela entrada Norte de Yellowstone, as Mammoth Hot Springs são conhecidas por suas formações de travertino, criadas ao longo de milhares de anos pela deposição de carbonato de cálcio. As fontes termais formam terraços brancos deslumbrantes ao longo de um monte, com águas quentes e minerais que esculpem camadas delicadas e belíssimas nas rochas.
A área é dividida em Lower Terraces e Upper Terraces, que se conectam por trilhas que formam uma longa escadaria.
Lower Terraces
As Lower Terraces ficam na parte inferior, ao lado do Visitor Center e do Mammoth Hot Springs Hotel & Cabins. Em meio a extensa teia de plataformas monte acima, a região que eu mais gostei foi a Pallete Spring, situada pouco acima do Minerva Terrace.
Caso continue subindo, você chegará ao Overlook dos Upper Terraces, de onde se tem uma linda vista da região.
Upper Terraces
Se não quiser encarar tantas escadas, volte para o carro após passar pelo Pallete Spring e dirija até o estacionamento das Upper Terraces, que fica ali pertinho. Ali, dá para descer até as plataformas (como a do Overlook) e, também, circular de carro por uma área com lindas formações geográficas.
Achei curioso o fato de que, no mapa do GPS, esta região é retratada como água, como se fosse um grande lago, mas não se avista uma gota pela frente. Imagino que esteja tudo por debaixo dos terraços esculpidos.
- Dica: Reserve uma ou duas horas para explorar ambas as áreas de terraços. Assim, você terá uma compreensão completa das formações geotérmicas.
- Informação prática: As trilhas na Mammoth Hot Springs são bem mantidas e acessíveis, com várias escadas e rampas para facilitar o acesso. Há estacionamento disponível próximo aos terraços inferior e superior. Mas prepare-se para caminhar bastante.
10 – Blacktail Plateau
Foi no Blacktail Plateau que avistei o único urso preto que vi de pertinho em Yellowstone. A região é apinhada de árvores e ele estava em uma delas, bem ao lado da estrada. Tinha uma galera estacionada e fotografando, com um ranger orientando tudo e garantido a segurança geral.
Na prática, você passará pelo Blacktail Plateau simplesmente ao dirigir na parte norte da Grand Loop Rd (o “8”). Fique de olho na paisagem e nas movimentações, pois é comum avistar animais selvagens por lá.
Caso tenha tempo, dá para encarar a Blacktail Plateau Drive, estrada secundária de 16 km, que oferece uma experiência mais tranquila e isolada em Yellowstone. Como ela serpenteia o bosque, a chance de avistar bisões e alces por lá, por exemplo, é boa.
- Dica: Em cerca de 15 minutos dá para cruzar a região de carro caso se mantenha na estrada principal. Mas vá com mais tempo, dirija devagar e mantenha os olhos abertos para avistar animais selvagens ao longo da estrada. Caso veja alguns carros estacionados, já vá parando. É bem provável que haja algo por lá.
- Informação prática: A Blacktail Plateau Drive é uma estrada de mão única, que pode estar fechada nos meses mais frios do ano. O trajeto é acessível para a maioria dos veículos, mas recomenda-se um carro com tração nas quatro rodas caso seja época de chuvas e o solo esteja muito úmido.
11 – Lamar Valley
O Lamar Valley é o lugar em que você, provavelmente, mais verá animais em Yellowstone. Ele é o único ponto turístico da minha seleção de atrações que fica fora do “8”, mas o acesso é simples, por uma estrada secundária que parte dos arredores do Roosevelt Lodge Cabins e segue para a região nordeste do parque.
Ao dirigir por lá, você cruzará um vale verdejante maravilhoso, com muitas áreas alagadas e diversos morros nos arredores. Eu fui duas vezes até lá em quatro dias, de tanto que gostei.
Logo na primeira vi um alce e diversos bisões (eles surgem aos montes, inclusive na estrada), veados e cervos, sem contar raposas, cabras e diversos pássaros. A todo momento, havia aglomerações de carros nas laterais da estrada. Em uma delas, um turista solícito me emprestou um binóculo poderoso, com o qual pude avistar, bem de longe, uma mamãe urso com dois filhotes. Eram grizzlies. Foram os primeiros que vi no parque, muito emocionante.
Conhecida como o “Serengeti da América”, o Lamar Valley tem vários pontos com maior incidência de animais, embora eles possam aparecer a qualquer momento. Indico ao menos passar por Lamar River, Soda Butte, Soda Butte Creek e Slough Creek (esta última é uma estradinha que sai da principal e leva a um camping e diversas trilhas.
- Dica: Separe no mínimo duas horas para percorrer o Lamar Valley. Leve binóculos e uma câmera com lente de longo alcance, caso queira fotografar. Há muitas trilhas para caminhar na região. Caso encare alguma delas, esteja preparado com spray de pimenta e jamais se aproxime de qualquer animal.
- Informação prática: A melhor hora para avistar animais é ao amanhecer ou ao entardecer. Há várias áreas de estacionamento ao longo da estrada para paradas seguras. As trilhas na Lamar Valley, em geral, são planas e acessíveis, mas não fiz nenhuma a pé. Fiquei quase o tempo todo na estrada principal e vi muitos animais.
12 – Tower Fall
Com uma queda de 40 metros, a Tower Fall é uma das cachoeiras mais populares de Yellowstone. Ela fica pertinho da Tower-Roosevelt Junction, no nordeste do parque, e o principal mirante tem acesso fácil a partir da Grand Loop Rd.
Uma vez na plataforma de observação, repare que as rochas ao redor da queda d’água lembram torres. É daí que vem o nome Tower Fall.
- Dica: Em cerca de 15 minutos você consegue ver esta maravilha da natureza de perto. No começo ou no fim do dia, o mirante costuma ficar mais tranquila.
- Informação prática: A trilha até o mirante principal é bem tranquila. Bastam 5 minutos de caminhada em um trajeto plano e pavimentado. Antigamente, dava para seguir até a base da cachoeira, mas o local está fechado atualmente, por conta do processo de erosão.
13 – Grand Canyon de Yellowstone (Lower e Upper Falls)
O Grand Canyon de Yellowstone é uma baita atração, que não pode ficar de fora do seu roteiro. Marcado por rochas amareladas, o cânion tem mais de 39 km de extensão, até 1,2 km de largura e, em algumas partes, chega a 365 m de profundidade.
Ao longo dele, há muitas trilhas e mirantes, dos quais dá para avistar cachoeiras.
A melhor plataforma de observação é a Artist Point, no South Rim, que oferece uma vista excepcional do cânion e das famosas Lower Falls. Dá para passar horas por lá, olhando para todos os lados.
Outros pontos de interesse acessíveis de carro são o Inspiration Point e o Brink of the Upper Falls. Eu fui neste último e recomendo bastante. Você chega bem perto de outras quedas d’água, as Upper Falls, e as avista do alto, após atravessar uma ponte sobre um pequeno rio.
- Dica: Chegue cedo ao Artist Point, se puder. Caso esteja sol, os paredões em torno das Lower Falls estarão iluminados, o que deixa a paisagem ainda mais bonita.
- Informação prática: Em cerca de duas horas você consegue estacionar no Artist Point, curtir a paisagem e, depois, dirigir até o Brink of the Upper Falls, que também conta com uma trilha curta ao lado de um estacionamento. Uma antiga trilha, chamada Uncle Tom’s Trail, permitia chegar à base das Lower Falls, mas ela está fechada há alguns anos.
14 – Hayden Valley
Situada na região centro-leste do parque, o Hayden Valley é mais um local privilegiado para observar a vida selvagem, especialmente os bisões que frequentemente e pastam nas planícies. Ali também é possível avistar ursos, alces e uma grande variedade de aves aquáticas, pois há muitas áreas verdes alagadas.
A vista panorâmica do vale, com o Rio Yellowstone o serpenteando, é de tirar o fôlego. Fique atento à movimentação e esteja sempre alerta com a presença de animais.
- Dica: Visite o vale ao amanhecer para uma experiência mais tranquila e uma maior chance de avistar animais em atividade. Você o cruzará de carro em cerca de 15 minutos, sem contar as paradas para admirar a vida selvagem.
- Informação prática: Basta dirigir pela Grand Loop Rd para cruzar o Hayden Valley. Há vários pontos de parada ao longo do caminho, dos quais se pode observar animais.
15 – Sulphur Caldron
Se você pular o Sulphur Caldron, não tem problema, mas como é muito rápido passar por lá, ele entrou nesta lista. Trata-se de uma das áreas mais ácidas e ferventes de Yellowstone, com piscinas de lama e fontes termais borbulhantes que emitem gases de enxofre.
A paisagem parece de outro planeta, com vapores sulfúricos e formações de lama em constante mudança. Eu não dava nada, mas me diverti.
- Dica: Não deixe de estacionar ao lado do mirante para observar de perto a atividade geotérmica e sentir o cheiro característico de enxofre. Isso vai tomar apenas 5 minutos do seu roteiro
- Informação prática: O Sulphur Caldron está localizado próximo ao Hayden Valley, com um pequeno estacionamento disponível.
16 – Yellowstone Lake
Com 352 km², o Yellowstone Lake é o maior lago de água doce acima de 2.100 metros da América do Norte. Rodeado por montanhas (que ficam cobertas de neve até o início do verão) e florestas, o lago oferece uma paisagem serena e é popular para atividades como pesca, caiaque e passeios de barco.
Uma das melhores bases para observá-lo é o lodge Lake Yellowstone. Eu gostei de ir até lá, porque o local é bem bonito e conta com restaurante, lojinha e posto de gasolina.
- Dica: Reserve 15 minutos para conhecer o Yellowstone Lake. Na área atrás do lodge, há um pequeno deque, ótimo para fotos. Quem quiser também pode tomar café da manhã ou almoçar na região. É ótimo para curtir um pouco mais a vista.
- Informação prática: Basta estacionar o carro no lodge, atravessar o lobby e entrar na área de onde se pode avistar o lago. Ali, você terá uma linda vista do lago. Mas não vai acabar aí, pois também dá para observá-lo no West Thumb Geyser Basin.
17 – West Thumb Geyser Basin
A West Thumb Geyser Basin é uma área localizada na margem oeste do Yellowstone Lake. O local é dono de um cenário lindíssimo, marcado por gêiseres e piscinas de águas termais ferventes, que se descortinam ao lado das águas frias do lago (algumas chegam a se misturar).
As principais atrações locais são a Abyss Pool, a Black Pool e o Fishing Cone. Ao fazer as trilhas, você passará por cada uma delas e ficará de queixo caído.
- Dica: Visite a região no final da tarde para fazer fotos incríveis das fontes termais com o lago ao fundo, especialmente ao pôr do sol. Dedique ao menos uma hora para o passeio.
- Informação prática: O estacionamento fica do lado do acesso às trilhas. Há uma mais curta e uma maior, que margeia o lago. Ambas são fáceis e planas. Faça as duas. É rápido e você não irá se arrepender.
18 – Kepler Cascades
Esta é mais uma atração que dá para passar, caso não dê tempo, mas achei bem legal. As Kepler Cascades são uma série de quedas d’água situadas no Rio Firehole, com um total de 45 metros de cursos que passam por vários níveis.
Dizem que a vista das cascatas é especialmente bonita durante o outono, quando as folhas das árvores ao redor mudam de cor. Fiquei com vontade de voltar.
- Dica: Aproveite o mirante construído ao longo da estrada para capturar fotos incríveis das cascatas. Em 10 minutos você consegue observar todo o cenário.
- Informação prática: As Kepler Cascades ficam a apenas alguns metros da estrada. Há um estacionamento pequeno próximo ao mirante.
Onde comer em Yellowstone
O Yellowstone National Park não é o melhor lugar do mundo para comer. Nas cinco bases do parque onde ficam os lodges, há restaurantes, lanchonetes e cafés. Alguns são mais chiques, mas não empolgam muito. Vivem cheios, com longo tempo de espera no verão, e os preços são altos, de forma geral.
As refeições mais típicas são sanduíches, como hambúrgueres e hot-dogs, e pratos mais elaborados preparados com carne de bisão e trutas. Aqui ou ali, quebram o galho, mas uma boa dica é levar lances prontos para o parque, com produtos adquiridos nas cidades nos arredores,. Assim, você pode coemr no carro e ganhar tempo.
É preciso tomar cuidado apenas com o lixo, que deve permanecer sempre dentro do veículo fechado quando estiver parado, para não atrair animais. Sempre que der, dispense-o nas lixeiras adequadas espalhadas pela região.
West Yellowstone
Fora de Yellowstone, eu jantei em dois restaurantes de West Yellowstone, o Madison Crossing Lounge, mais chique, onde provei uma truta gostosinha, e o italiano Petes Rocky Mountain Pizza, que serviu um espaguete à bolonhesa nota 6.
Bozeman
Bozeman, por sua vez, tem uma oferta gastronômica melhor – mesmo porque a cidade é universitária e o centrinho é muito charmoso. Fui à noite a um bar de cervejas bem legal, o Shine Beers. que tem uma baita atmosfera e um restaurante anexo que serve bowls e pratos mexicanos.
No dia seguinte, saboreei um café da manhã bem americanão no divertido Western Cafe, restaurante com decoração tradicional e que remete ao Velho Oeste. Fui muito bem atendido por lá.
Acabou não dando tempo de conferir, mas a galera de Bozeman me indicou outros locais: os restaurantes chiques est.1864 Noir Bar & Restaurant e Brigade, e o restô-bar cervejeiro Montana Ale Works. Se você for a algum deles, me conte se é bom.
O que você precisa saber antes de ir a Yellowstone
Separei aqui algumas dicas essenciais na hora de visitar Yellowstone. Todas são importantes para valer e fazem diferença durante o roteiro. Confira:
- Planeje seu roteiro com antecedência. O parque é enorme e ter um plano ajuda a otimizar o tempo e ver as principais atrações. Saber onde irá se hospedar e quais cidades usará como base, por exemplo, é essencial.
- Fazer reservas nos lodges, hotéis e campings com antecedência é fundamental. A demanda é alta e garantir hospedagem pode ser difícil em cima da hora, sobretudo dentro dos parques.
- Alugue um carro (muita gente pega jipe, mas você dificilmente vai precisar de um 4×4, a não ser em caso de neve) ou motorhome é essencial para visitar Yellowstone. Caso não haja possibilidade, contrate passeios guiados.
- Baixe todos os mapas no Google Maps, para acessá-los offline durante o roteiro em Yellowstone. No parque, não pega internet, a não ser no lobby do Mammoth Hot Springs Hotel & Cabins e no Visitor Center ao lado dele.
- Use roupas e calçados adequados para caminhadas. O terreno pode ser acidentado, e as condições climáticas podem mudar rapidamente. Leve capa de chuva e jaquetas para se proteger do vento. Caso não seja verão, esteja sempre bem agasalhado, inclusive com gorros e luvas. E mesmo nos meses mais quentes, tenha sempre uma blusa por perto.
- Evite usar perfumes ou produtos de higiene com aroma forte caso vá fazer trilhas. O cheiro pode atrair animais.
- Leve protetores solar e labial. A região é seca e, embora não seja quente, o sol pode ser intenso.
- Levar lanches para comer no carro é prático e economiza tempo. As distâncias dentro do parque são longas e nem sempre há restaurantes por perto.
- Tenha sempre água suficiente com você. A hidratação é importante, especialmente se for fazer trilhas. Em alguns lugares do parque há bebedouros.
- Não mantenha comida no carro aberto parado. Isso pode atrair animais, especialmente ursos, e gerar problemas, inclusive para os animais.
- Cuide do lixo. Não deixe nada para trás e use recipientes apropriados. Isso ajuda a proteger o meio ambiente e evita atrair animais.
- Programe-se para ir nos banheiros nas bases dos lodges, seja nos hotéis, seja nos Visitor Centers. Há opções com foça no acesso de várias atrações, nem sempre bem higienizadas. Aqui, fica uma dica: o banheiro no no lobby do Mammoth Hot Springs Hotel & Cabins é limpo e está sempre vazio.
- Siga as orientações dos guardas e placas informativas. Eles conhecem bem o parque e trabalham para a segurança de todos.
- Respeite os animais e mantenha distância SEMPRE. Lembre-se de que você é um visitante no habitat deles.
- Levar spray de pimenta para ursos é essencial. Pode ser a diferença caso encontre com um animal nas trilhas. Mantenha-o sempre acessível. Vale saber que eles custam caro. Uma opção é alugar por diária nas diversas estações espalhadas pelas cidades nos arredores ou nas lojas de alguns Visitor Centers dentro do parque.
- Nunca entre nas trilhas em grupos pequenos. Quanto maior o grupo, menor a chance de encontros inesperados com animais selvagens. É recomendado o mínimo de três pessoas.
- Contar com um binóculo é uma ótima ideia. Você poderá observar a fauna de longe, sem perturbar os animais e ampliando a segurança de todos.
- Jamais descarte qualquer tipo de objeto no parque, a não ser em lixeiras adequadas, e ande apenas nas trilhas demarcadas, sem se aproximar de piscinas termais ou gêiseres.
O que fazer caso um urso se aproxime
Caso um urso se aproxime de você em uma trilha ou mesmo em um local imprevisto, adote os seguintes procedimentos:
- Fique calmo e não corra: Manter a calma é essencial. Não corra, pois isso pode estimular o instinto de caça do urso. Em vez disso, recue lentamente enquanto mantém o urso à vista.
- Faça barulho: Levante os braços, abra o casaco e fique de pé. Fale com o urso em um tom firme e claro, e faça barulho batendo palmas com força.
- Não se aproxime e não alimente: Nunca se aproxime de um urso, especialmente se ele estiver com filhotes. Não tente alimentá-lo ou deixar comida acessível, pois isso pode aumentar a chance de um ataque.
- Use spray de pimenta se necessário: Se o urso se aproximar demais e parecer agressivo, use spray de pimenta específico para ursos. Certifique-se de saber como usar o spray antes de entrar em áreas onde ursos são comuns. E não use a solução à toa, caso não se sinta realmente ameaçado.
- Não para para cima: caso nada disso dê certo e o urso se aproxime demais, deite-se e permaneça imóvel. Jamais tente agredir o urso.
Dicas pra planejar a viagem para Yellowstone
Quando planejo minhas viagens para os EUA, sobretudo para parque nacionais, como Yellowstone, recorro a uma série de ferramentas de auxílio antes mesmo de fazer as malas. Assim, consigo comprar passagens aéreas mais baratas, alugar carros e reservar hotéis, bem como passeios, transfers e ingressos para atrações, com mais segurança e pagando menos.
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De quebra, vale a pena comprar um pouco de dinheiro do país que você visitará. Pode ser em espécie ou em cartão, mas não viaje sem nada.
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