Roteiro
Roteiro de 15 dias na Itália: Roma, Veneza, Toscana e mais
- Créditos/Foto:Paulo Basso Jr.
- 10/Janeiro/2024
- Paulo Basso Jr.
Conhecer alguns dos destinos italianos mais exuberantes, como Veneza, Roma e Toscana, é o sonho de muita gente. Era, também, o de minha sogra. E foi por isso que preparei um roteiro de 15 dias na Itália com a ilustre presença de Dona Maria Luisa, uma figura.
Em quatro pessoas (meu sogro e minha esposa completavam o time), passamos por mais de 15 lugares inesquecíveis. E para facilitar a mobilidade da família e economizar uns bons euros, estabeleci algumas cidades como base de hospedagem.
Assim, ficamos quatro noites em Veneza, quatro em Florença, uma em Montepulciano, uma em Assis e cinco em Roma. No caminho, passamos ainda por San Candido, diversos lagos das Dolomitas, Cortina d’Ampezzo, San Stino di Livenza, Pádua, Verona, San Gimignano, Siena, Arezzo e Montalcino.
Abaixo, vou detalhar o roteiro direitinho e mostrar todas as atrações de cada um desses lugares para ajudá-lo a montar seu roteiro na Itália. Vale a pena, pois o itinerário é maravilhoso.
Além disso, optei por alugar um carro, já que saia mais barato do que viajar internamente de trem ou avião – sem contar a possibilidade de parar onde quiser, na hora que quiser. Encontrei o melhor custo-benefício na Mobility, plataforma que compara diversas locadoras do país da bota ao mesmo tempo e lista as que oferecem melhores preços e condições.
Das opções selecionadas, resolvi fechar com a Europcar e peguei um Passat Variant Station Wagon novinho, que por sorte tinha um porta-malas bem amplo. Como já imaginava, eu precisaria dele.
Antes de viajar, falei para minha sogra maneirar e expliquei que não precisaria levar muita coisa do Brasil, mas só de bijuteria ela despachou uns 5 kg, sério. E, claro, passou a viagem toda com os mesmos brincos. Sogra, né?
Neste post você vai ler:
Roteiro de 15 dias na Itália
Nosso roteiro de 15 dias pela Itália começou em Veneza e nas Dolomitas, no norte do país e, dali, seguimos para o sul, cruzando cidades emblemáticas do Vêneto, da Toscana e da Úmbria até chegar a Roma, no centro do território italiano.
Como eu já conhecia a maioria desses destinos, tudo foi pensado para atender aos desejos da minha sogra, cujo sonho era ver a paisagem montanhosa na fronteira com o Tirol, na Áustria (a família dela veio de lá), e lugares essencialmente cristãos, como Pádua, Assis e, claro, o Vaticano.
Assim, com a prévia anuência da Dona Maria Luisa (que, obviamente, no fim da viagem perguntou por que não fomos a outros lugares que a turma da hidroginástica havia indicado, mas não tinham nada a ver com onde estávamos), fizemos o seguinte roteiro de 15 dias na Itália:
O que fazer na Itália | Roteiro de 15 dias |
Dia 1 | Veneza (Marghera) |
Dia 2 | Veneza – Dolomitas (Cortina d’Ampezzo, San Candido e lagos) – San Stino di Livenza – Veneza |
Dia 3 | Veneza |
Dia 4 | Veneza – Pádua – Verona – Florença |
Dias 5 e 6 | Florença |
Dia 7 | Florença – San Gimignano – Siena – Florença |
Dia 8 | Florença – Arezzo – Montalcino – Montepulciano |
Dia 9 | Montepulciano – Assis |
Dia 10 | Assis – Roma |
Dias 11 a 15 | Roma |
Em todos esses destinos, o que não faltam são atrações imperdíveis. Muitas delas, como vou detalhar abaixo, precisam ser reservadas com antecedência.
Minha sugestão é usar sites de ingressos de confiança na Europa, como o Civitatis. Isso é fundamental para quem viaja para a Itália – sobretudo nas cidades mais turísticas, como Roma e Florença, que estão sempre cheias.
Seguro viagem Itália
Outro ponto importante que deve ser considerado ainda no Brasil é o fato de que a Itália é um dos países da Europa que exigem seguro viagem. Pelo Tratado de Schengen, você precisa ter uma cobertura mínima de 30 mil euros para viajar.
Eu sempre faço para mim, mesmo porque o seguro viagem não traz proteção apenas em relação aos gastos com saúde, mas também com extravios de mala, cancelamentos de voo e problemas do gênero que, infelizmente, podem acontecer com qualquer um.
Achei que, por terem mais de 65 anos, meus sogros pagariam caro demais, mas que nada. Fiz a pesquisa na Vai de Promo e achei ótimos planos para eles, com proteção contra covid-19 e tudo, num valor muito baixo em comparação ao montante da viagem.
Assim, todos saíram de casa devidamente assegurados e sem essa preocupação, já que cuidados com saúde fora do Brasil costumam ser caríssimos. Felizmente, tudo deu certo durante nosso roteiro na Itália.
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Chip de internet Itália
Confesso: não consigo viajar mais sem um eSim ou chip de internet. Ficar conectado é imprescindível por vários aspectos: comunicação, segurança e praticidade. Nunca se sabe quando você precisará falar com alguém, consultar algum endereço, resolver algum problema ou garantir alguma reserva.
Existem várias opções no mercado, mas o serviço que eu mais gosto é o chip de viagem da America Chip. Primeiro porque funciona bem na maioria dos lugares (em todo o mundo), e segundo porque o atendimento é ótimo. Eles têm até chips virtuais (eSim), o que facilita muito a vida na hora de instalar no telefone e usar. É realmente prático.
Não se esqueça de consultar os preços e contratar seu pacote antes de viajar. Negociei com eles, inclusive, um desconto de 10%. Basta usar o cupom ROTADEFERIAS para garantir o seu.
Roteiro Itália dia a dia
Chegou a hora de conferir as atrações deste roteiro belíssimo na Itália, que eu indico de boca cheia. Vou destacar dicas especiais em todos os lugares visitados para ajudar a planejar sua viagem.
Bora começar?
Dias 1 e 2 – Dolomitas e arredores
Hospedar-se em Veneza é mais caro que nos arredores. De quebra, dependendo onde o hotel fica, você terá de arrastar as malas por um bom tempo, uma vez que não entram carros na cidade. E isso não é nada legal, sobretudo para quem viaja com idosos.
Por outro lado, acordar na Sereníssima e passar a noite por lá depois que os turistas vão embora é algo essencial para curtir o lugar. Muita gente não gosta de Veneza porque seus pontos turísticos vivem lotados (o que é verdade). Por isso, minha dica é: se puder, durma ao menos uma noite por lá. A experiência será outra.
Como minha ideia era explorar não apenas a Sereníssima, mas também os arredores, juntei todas as questões acima e decidi passar duas noites em Marghera, situada no continente e a apenas dois pontos de ônibus de Veneza (outra boa opção, ainda mais próxima, é Mestre), e outras duas em terras venezianas propriamente ditas.
Marghera tem boas opções de hotéis e apartamentos, que chegam a custar menos da metade em relação às acomodações de mesmo nível em Veneza. Muitos deles, como este, ficam a apenas 15 minutos de ônibus da estação principal da Sereníssima, na Piazzale Roma. Algumas linhas têm saídas entre 5h da manhã e meia-noite, então dá para aproveitar bem a vizinha famosa, até mesmo em horários alternativos.
Como chegamos de noite, deu tempo apenas de jantar e se preparar para o dia seguinte, quando exploraríamos as Dolomitas. E esse foi, acredite, um dos pontos altos da viagem.
DOLOMITAS
Cerca de 2h40min de carro separam Veneza de San Candido, já praticamente na fronteira com a Áustria, rumo ao Tirol. No meio do caminho estão as Dolomitas, uma das cadeias de montanhas mais espetaculares do mundo.
Ali, estar com um carro alugado faz toda a diferença, pois você tem a oportunidade de explorar pequenas cidades e, acima de tudo, os lindos lagos que banham a região.
Lagos imperdíveis
O Lago di Braies é um dos mais fotogênicos do pedaço, mas vale a pena também programar paradas no Lago di Santa Caterina, de um verde cintilante impressionante, situado em Auronzo di Cadore, e também no Lago di Misurina, que espelha picos vertiginosos na água.
Spoiler: esses lugares, que minha sogra nunca tinha ouvido falar (tampouco eu), foram os que mais a encantaram em todo o roteiro na Itália, para você ter uma ideia. Vá com tempo e passeie pelas pequenas cidades. Nós pegamos até um desfile folclórico em uma delas, muito bonito.
Cortina d’Ampezzo
O Lago di Misurina fica pertinho de Cortina d’Ampezzo, a cidade mais famosa das Dolomitas, que foi sede de Olimpíadas de Inverno em 1956 e será novamente em 2026, ao lado de Milão. Não à toa, o local costuma receber celebridades ávidas por esquiar durante o inverno.
Com um lindo centrinho, por onde se estende um longo calçadão no qual não entram carros, Cortina tem lojinhas, bons restaurantes e cervejarias, como a alemã Hacker Pschorr Haus. Outros bons locais para comer são a Prosciutteria Dok Dall’Ava e a Villa Oretta, que também funciona como pensão.
Reserve um tempo para passear à toa pela cidade, admirando a paisagem e as ruas que, nos meses mais quentes do ano, ficam floridas. Por isso, vale a pena ir até lá em qualquer época. Eu já estive em Cortina no verão e no outono, e ambas as estações são belíssimas na região.
San Candido
Acabamos não almoçando em Cortina porque a fome apertou apenas quando estávamos mais ao norte, em San Candido, que também é puro charme.
Entre as maiores atrações locais estão esquiar e, nos meses mais quentes do ano, descer a montanha de fun bob, espécie de trenó que desliza sobre trilhos, como se você estivesse em uma montanha-russa. Não é radical e é o maior barato. Pode levar a sogra numa boa.
No charmoso centro da cidade também há bons restaurantes. Escolhemos o Gasthof Wiesthaler, de comida típica austríaca. Afinal, dali até a fronteira com a Áustria são apenas 15 minutos de carro.
Claro que fomos até lá tirar foto na placa de divisa dos países e espiar a paisagem. Ainda mais porque minha sogra estava buzinando no ouvido e dizendo que não adiantava ter ido a Viena (em outra oportunidade) ou ter visto as (mesmas) montanhas do lado italiano. A gente tinha que efetivamente pisar no Tirol, terra de seu avô.
E assim foi cumprido o primeiro desejo da Dona Maria Luisa, que obviamente foi doer no meu bolso. Tive que pagar 10 euros para comprar um selinho e colar no para-brisa do carro, uma exigência da Áustria na hora que você cruza a fronteira dirigindo em autoestrada. Mas, sabe como é: sogra feliz é garantia de tranquilidade. Ao menos por alguns minutos.
SAN STINO DE LIVENZA
Na volta para Marghera, foi minha vez de visitar a terra de antepassados. Ao deixar as Dolomitas para trás, desviei o caminho rapidamente para passar por San Stino de Livenza, cidadezinha do Vêneto em que, em 1885, nasceu meu bisavô, Giuseppe Basso, já nos arredores de Veneza.
Confesso que não há muito que fazer por lá, mas a pracinha central é bem charmosa e, sem querer, provamos um dos melhores gelatos (sorvetes) de toda a viagem ali, numa pequena sorveteria com balcão voltado para a rua chamada Fresco Gelato. O de pistache é tão bom que vale a viagem, pode apostar. Mio bisnonno agradece.
Dia 3 – Veneza
Na manha seguinte, mudamos para Veneza. Escolhemos um apartamento na Fondamenta delle Zattere, de frente para o mar, uma delícia. Aqui, dá para ver algumas opções disponíveis por lá.
Dava até para pegar um táxi boat (táxi aquático) e chegar pertinho da acomodação com as malas, a fim de os sogros fazerem menos esforço. Optamos, no entanto, por deixar as bagagens grandes no carro, que ficou em um estacionamento coberto na Piazzale Roma (o valor da diária é salgadinho, mas não tem jeito, em Veneza, não entra carro – felizmente), e seguimos a pé, apenas com mochilas, para explorar a Sereníssima e pernoitar por lá.
Principais atrações
Foi perfeito. Antes das 10h e depois das 20h, quando há menos turistas, deu para curtir com calma as principais atrações da cidade, como a Ponte Rialto, a Piazza San Marco (com o campanário e a basílica), o Palazzo Ducale, a Ponte dos Suspiros, o Grande Canal.
Minha sogra queria muito ver uma missa na Itália (acabou vendo umas 83, pois entrava em todas as igrejas que passava em frente – imagina a quantidade – e assistia às celebrações em qualquer idioma, estando elas no meio, no começo ou no fim) e, dessa maneira, conseguimos entrar na Basílica di San Marco no fim da tarde, belíssima.
Essa, no fim das contas, é uma boa dica. Nem sempre a igreja principal de Veneza está aberta para turistas. No horário da missa, entretanto, todos podem entrar. Só precisa participar da celebração para valer e não rola tirar fotos. Valeu, sogrinha!
Tour de gôndola
Para quem vai pela primeira vez a Veneza, também vale a pena, e muito, reservar 30 minutos para passear de gôndola. Eu tinha expectativa baixa, confesso, mas adorei.
O valor na hora é tabelado (tem um preço de dia e outro de noite) e único para até seis pessoas no mesmo barco, sempre conduzidas pelos indeléveis gondoleiros com camisas listradas em preto e branco e lenços vermelhos. Eles não cantam, viu, a não ser que você combine antes e pague mais.
Uma boa dica é reservar o tour de gôndola com antecedência e pagar por pessoa. Se estiver sozinho, por exemplo, vale muito a pena, pois fica mais barato. Em dois, dá no mesmo, mas você sai do Brasil com o passeio garantido e na hora que desejar, mesmo que esteja lotado. Já se estiver em mais gente, é melhor contratar na hora, porque sai mais em conta. Foi o nosso caso.
Quase todo mundo faz o tour de gôndola em casal, abraçadinho. Tem coisa mais romântica? Mas aí sua sogra resolve ir junto, fazer o quê? Pelo menos deu para dividir o valor.
Outros pontos turísticos
Ao longo do dia, nos horários de maior movimento, aproveitamos para nos perder por Veneza, e essa é a melhor dica que alguém pode dar na cidade. Esqueça o Google Maps e fuja das “vias principais”, sempre lotadas. Apenas ande sem rumo, atravessando pontes, vendo paisagens. É lindo demais circular por lá sem muvuca. E é fácil, porque a cidade é relativamente pequena.
Coloque também na lista visitas a outros pontos turísticos, como a Basílica di Santa Maria della Salute e a Basílica Santa Maria Gloriosa dei Frari. Isso sem contar as diversas praças e lojas de grife da Calle Vallaresso.
Caso fique no mínimo dois dias em Veneza, dá também para seguir de vaporetto (espécie de ônibus aquáticos) para as vizinhas Murano e Burano, famosas pelos vidros – a primeira, mais nobre, conta até com um museu dedicado ao tema.
Neste caso, recomendo reservar com antecedência este tour, que inclui traslado de barco, acompanhante em espanhol e inglês e visitas a uma fábrica de vidro de Murano e a um ateliê de rendas em Burano. É bem mais tranquilo do que contratar algum tour na hora, em Veneza.
Taxa para entrar em Veneza
É bom saber que, em algumas datas em que a cidade costuma ficar mais lotada, é preciso pagar uma taxa de 5 euros para entrar em Veneza, caso decida não pernoitar por lá.
Essa é mais uma tentativa do governo local de diminuir o volume de pessoas na região. Navios de cruzeiros, por exemplo, já estão proibidos de navegar no Grande Canal.
Mas mesmo que tenha que pagar a taxa, vá. Tem quem ame e quem odeie a Sereníssima. Eu amo. E mesmo que você odeie, pode acreditar, não há lugar igual no mundo.
Veneza foi construída sobre mais de cem pequenas ilhas, separadas pelos lindos canais e interligadas por pontes. Isso faz com que a mobilidade por lá não seja simples, mas também empresta o charme especial que a torna única.
Onde comer em Veneza
Vou deixar aqui minhas dicas (e também as de alguns amigos) de restaurantes em Veneza. Pense num lugar bom para comer, sobretudo massas com frutos do mar. É de dar água na boca.
- Trattoria ai Cugnai dal 1911 (Calle Nuova Sant’Agnese, 857) – Excelente para comer peixes frescos e massas com frutos do mar. É muito frequentada por locais, já que está mais afastada de pontos turísticos. Tem preços mais acessíveis que outras casas com a mesma qualidade.
- Osteria da Carla (Corte Contarina, 1535) – Aqui, você encontra um ambiente bem charmoso para provar pratos típicos venezianos.
- Bacaro Quebrado (Calle Larga dei Bari, 1107/A) – Boa opção para comer massas de boa qualidade e com bom custo-benefício.
- Al Covo (Campiello de la Pescaria, 3968) – O chefe Anthony Bourdain frequentava este restaurante quando ia a Veneza. Tem ótimos pratos com frutos do mar. Os valores são mais altos.
- Osteria Al Squero (Dorsoduro, 943) – Aqui, você prova petiscos com pastas típicas venezianas, frutos do mar, queijos, embutidos e legumes. Peça um vinho e aproveite.
- Cantine del Vino Già Schiavi (Fondamenta Nani, 992) – Mais um lugar para comer petiscos de alto nível em Veneza.
- Suso Gelatoteca (Sotoportego de la Bissa, 5453) – Esta é uma das sorveterias mais famosas da cidade. Vive com grandes filas na porta. É bom e vale a visita, mas não achei, assim, imperdível.
Onde ficar em Veneza
Como mencionei acima, ficamos em um apartamento na Fondamenta delle Zattere, no distrito de Dorsoduro, e gostamos muito. Há diversas opções por lá.
De qualquer forma, todas as áreas nos arredores da Piazza San Marco indicam que você está bem localizado em Veneza. Afinal, você terá que fazer tudo a pé e é ali que se concentram os principais pontos turísticos. Os distritos de Castello e Cannaregio também são boas pedidas.
Confira algumas opções de hotéis com bom custo-benefício em Veneza:
- Abbazia De Luxe – Quartos amplos e inclui café da manhã.
- Hotel Bernardi Semenzato – Simples, mas charmoso e econômico.
- Hotel Castello – Tem ótima localização e bons preços.
- Hotel At Leonard – Fica em uma rua tranquila e tem quartos aconchegantes.
Para quem busca opções mais luxuosas, destacam-se:
- Cipriani, a Belmond Hotel – Está para Veneza como o Copacabana Palace para o Rio de Janeiro.
- The Gritti Palace – Localização excepcional e muito estilo.
- Hotel Danieli – Quartos palacianos e muito mimo para os hóspedes.
Dia 4 – Pádua e Verona
A partir de Veneza dá para explorar lindas cidades na província do Vêneto. Entre elas, destacam-se Pádua e Verona.
Quem puder passar uma ou duas noites por lá, no mínimo, pode esticar o passeio para o Lago de Garda, já na divisa com a Lombardia e Trentino-Alto Adige. Ele margeia diversas cidadezinhas, uma mais bonita que a outra.
Como nossa ideia era seguir rumo a Florença, no entanto, desviamos pouco o caminho e optamos por parar apenas em Pádua e Verona. E valeu muito a pena.
PÁDUA
Situada a cerca de 50 minutos de carro de Veneza, Pádua tem como grande destaque a Basílica de Santo Antonio. Turistas não podem chegar lá de carro, uma vez que ela fica em uma zona de tráfego limitado (o acesso é liberado apenas para quem mora ou trabalha ali, algo muito comum nas cidades italianas), então a dica é parar no estacionamento da Via 58° Reggimento Fanteria, 1.
Dali, são cerca de 10 minutos a pé até a basílica. No meio do caminho, está a Piazza Prato della Valle, espécie de parque com lago que é um dos cartões-postais de Pádua.
Já na Basílica de Santo Antonio estão o túmulo e algumas relíquias do santo, como a língua incorrupta e parte da queixada. Ali também dá para ver um de seus hábitos, entre outros detalhes.
Com diversas cúpulas e capelas, a basílica é muito bonita e conta com afrescos e vitrais impressionantes. Não apenas minha sogra saiu emocionada de lá, como todos do grupo. Independentemente da espiritualidade, recomendo muito passar por Pádua. Eu já fui duas vezes e, em ambas, gostei bastante.
VERONA
A pouco mais de uma hora de carro de Pádua, Verona já implica em um desvio maior da rota Veneza-Florença, mas vale muito a pena incluir a cidade no roteiro pela Itália.
Deixamos o carro na Piazza Cittadella e, dali, caminhamos para as principais atrações locais, como a Piazza Bra, repleta de restaurantes e palco da Arena de Verona, um dos anfiteatros romanos mais conservados do mundo, construído (provavelmente) no século 1º. Até hoje rolam shows por lá. Vale muito a pena fazer o tour guiado para conferir os detalhes.
Dali, é fácil seguir a pé para a Piazza Delle Erbe, que tem uma bela fonte e uma torre com relógio, além de abrigar feiras de comidas e artesanatos. O lugar vive cheio de turistas ávidos por chegar à vizinha Casa de Giulietta, o principal ponto turístico de Verona.
Ocorre que a famosa tragédia de Romeu e Julieta, escrita por William Shakespeare, se passa em Verona. Não há indícios de que o casal tenha existido de verdade, mas a Casa de Giulietta, certamente fictícia, ganhou apelo turístico e muita gente vai até lá para apalpar o seio direito da estátua de bronze da personagem, já que a lenda diz que traz sorte. Ela fica no pátio da residência, cuja entrada é gratuita.
Há também um museu e a possibilidade de ir à varanda de Julieta, ressaltada na passagem em que o casal professa seu amor e decide se casar. Para isso, porém, é preciso pagar.
Onde comer em Verona
Resolvemos pular a parte paga da atração, mesmo porque tinha tanta gente por lá, mas tanta, que não valia a pena perder tempo. Em vez disso, passeamos por algumas ruas estreitas com casinhas coloridas de Verona até encontrar o Ristorante Torcolo, eleito pela minha sogra como o melhor de toda a viagem. Olha só a responsa, hein. E ela cozinha superbem.
Dona Maria Luisa queria muito provar um macarrão com tartufo e repetiu isso por semanas antes de viajar. Chegando lá, o garçom caprichou tanto no tal do tartufo, mas tanto que quase a cobriu por trás do prato. E, realmente, estava sensacional. Meu sogro pediu um risoto de frutos do mar igualmente divino.
O Torcolo tem um ambiente mais chique e preços um pouco mais salgados, mas vale a pena. Caso prefira outra opção, porém, amigos indicaram a Osteria il Ciottolo, que eu não tive tempo de ir.
EMÍLIA-ROMANHA
Entre Verona e Florença, há pelo menos duas cidades que eu adoraria ter visitado, mas não deu tempo. Uma é Bolonha, que tem como destaque a Piazza Maggiore, repleta de edificações históricas e restaurantes. A outra é Modena, onde fica a fábrica e os museus da Ferrari. Ambas estão na região da Emília-Romanha.
Como já era um pouco tarde e o trajeto de carro de Verona a Florença leva quase três horas, seguimos diretamente para a capital da Toscana. Ali, começou outro lindo capítulo deste roteiro pela Itália.
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Dias 5 e 6 – Florença
Florença, o berço do Renascimento, é a capital da Toscana e uma das cidades com maior influência cultural no mundo. Dois dias é o mínimo para explorar as principais atrações turísticas, sobretudo se você for aos dois principais museus locais, o Uffizi e a Galleria dell’Accademia.
O primeiro é um dos melhores do mundo, com muitas obras renascentistas, enquanto o segundo abriga o Davi original de Michelangelo – e só isso já vale a visita, pode acreditar. Mesmo que não seja tão ligado a artes, vá e veja de perto. É impactante.
Dica: reserve os ingressos nos sites oficiais dos museus com antecedência. Você precisa, inclusive, marcar horário. Do contrário, corre o risco de chegar lá e não conseguir entrar. As filas costumam ser enormes.
Principais atrações
Florença tem ainda muitas outras atrações. Em meio a suas ruas medievais está a Cattedrale de Santa Maria del Fiore, ou Duomo, que considero mais bonita por fora do que por dentro (embora o interior seja muito interessante). O acesso é gratuito, mas é preciso comprar ingresso para ir à cúpula, ao Campanário de Giotto ou ao vizinho Batistério de São João.
Outro ponto turístico imperdível é a Piazza della Signora, palco do Palazzo Vecchio, atual sede da prefeitura de Florença e que se destaca pelo formato de castelo com uma longa torre. É em frente a ele que ficava o Davi original de Michelangelo, hoje na Galleria dell’Accademia. Uma réplica é exibida em seu lugar.
Em volta da Piazza della Signora há muitas atrações, como lojas de grife, o Palazzo Strozzino (ou Odeon Cinema), onde funciona uma linda livraria, o calçadão repleto de vitrines da Via dei Calzaiuoli e a Ponte Vecchio, a mais original e fotogênica de Florença. Erguida sobre o Rio Arno, ela já foi ocupada por açougueiros e, hoje, abriga pequenas joalherias.
Uma boa maneira de descobrir todas essas histórias é fazer este tour gratuito oferecido pela Civitatis. Dura pouco mais de duas horas e é bem informativo. E o melhor de tudo: de graça.
Uma vez na capital da Toscana, você também precisa reservar ao menos um fim de tarde para ir à Piazzale Michelangelo. A subida é puxada, então vá de carro, de táxi, com motorista de aplicativo ou de transporte público.
É de lá que se tem a melhor vista do skyline de Florença, tido por muitos como o mais bonito do mundo. Não à toa, foi neste lugar que registrei a foto que abre este post, com o Duomo em destaque, a torre do Palazzo Vecchio ao centro e a Ponte Vecchio à esquerda. Fantástico.
Dica: se não quiser ficar exprimido, não siga os conselhos de sua (ou da minha) sogra caso ela insista em ficar no platô superior da praça, onde se concentra mais gente. Chegue ao menos 30 minutos antes do pôr do sol e vá direto para a parte mais baixa, à esquerda, perto de onde começa a descida. Ali, você terá a melhor vista e um pouco mais de sossego. Viu, Dona Maria Luisa!
Outros pontos turísticos
Caso tenha tempo, vale a pena explorar os palácios e jardins de Florença. O mais bonito de todos é o Palazzo Pitti, onde ficam os esplendorosos Jardins de Boboli.
A lista de grandes atrações da capital da Florença inclui ainda a Basilica di Santa Maria Novella e a Basílica de S. Lourenço.
Além disso, vale dizer que a noite local é bem agitada. Sempre há muitos jovens nos bares próximos ao Duomo, onde as festas invadem a madrugada. Não é um bom lugar para comer, já que tem muito restaurante pega-turista, mas para curtir a balada é divertido. Pena que estava viajando com a sogracom as galinhas.
Onde comer em Florença
Comer bem na Itália é o padrão, e Florença não foge à regra. Como tem restaurante bom por lá. Confira algumas sugestões:
- All’Antico Vinaio (Via dei Neri, 65r) – Este lugar é famoso por servir o melhor panini do mundo. Ele vem num pão quentinho e crocante e tem várias opções de recheios, com embutidos, queijos e cremes. Tem opção vegana, também. É maravilhoso. Não à toa, ganhou filiais em Roma, Nova York e Los Angeles, entre outras cidades.
- ‘O Munaciello (Via Maffia, 31r) – Esta é uma das melhores pizzas de estilo napolitano de Florença. Fica um pouco mais afastada do Centro Histórico, mas é frequentada (e indicada) por locais. Vale muito ir até lá.
- Obicà – (Via de’ Tornabuoni, 16) – Este é um bar que tem a muçarela como estrela. Ela vem em saladas, tábuas, pratos e muito mais. Delicioso.
- Trattoria Zà Zà (Piazza del Mercato Centrale, 26r) – Talvez o restaurante mais famoso de Florença e, por isso mesmo, é caro e vive lotado. Mas minha sogra quis muito ir. E ela tinha razão. A bisteca alla fiorentina, carro-chefe da casa, é uma delícia. Gostei também do nhoque com gorgonzola.
- Trattoria L’Oriuolo (Via Dell’Oriuolo 58/R) – Perto do Duomo, é um dos poucos locais que ainda serve comida típica fiorentina.
- Antica Porchetteria Granieri 1916 (Piazza della Stazione, 24) – Pão com porchetta é uma instituição na Itália, e este é um dos lugares que serve a iguaria de forma sublime.
- Cinto Cucina in Torre (Via Matteo Palmieri, 31-35) – Aqui, você tem a oportunidade de comer pratos autênticos da Toscana. São um pouco caros, mas generosos.
- Trattoria Marione (Via della Spada, 27/Rosso) – Serve pratos típicos da Toscana, como bisteca alla fiorentina e sopa ribollita.
- Osteria del Porcellino (Via Val di Lamona, 7r) – Mais um lugar bacana para provar a famosa bisteca alla fiorentina, que é enorme e vem com batatas.
- Gelateria La Carraia (Via de’ Tornabuoni, 16) – Ouso dizer que esta é uma das melhores sorveterias não apenas de Florença, mas de toda a Itália. E olha que a competição é brava, hein. Extremamente cremoso, barato perto dos concorrentes e com sabores de dar água na boca. Pistache, chocolate amargo e bacio (chocolate com nozes) são meus favoritos.
- Perché no! (Via dei Tavolini, 19r) – Mais uma sorveteria que vale a passagem na cidade. Arrisque o de uva ou o de morango, que são bem saborosos.
Onde ficar em Florença
Reservei no Booking.com este apartamento fantástico em Florença. Ele fica tão bem localizado que, da sacada, dá para ver o Duomo. É moderno, bonito, com piso de madeira, cozinha completa. O máximo.
E o melhor de tudo é que há um estacionamento lá perto, que permite entrar e sair da zona limitada de tráfego de carros. Trata-se do Parking Duomo. na Via dell’ Oriuolo, 14. Tudo bem que as ruas do pedaço são estreitas e é chatinho dirigir no Centro Histórico de Florença, mas nossa ideia era sair de carro apenas para visitar as cidades nos arredores. Então, foi perfeito.
Há também muitas opções de hotéis em Florença, A maioria das pessoas se hospeda no Centro Histórico, nas imediações do Duomo ou da Piazza della Signora, já que é nessas áreas que se concentra o burburinho. Fora dali, as melhores pedidas são os distritos de Oltrarno e Lungarno.
Para quem procura bom custo-benefício, aqui vão algumas dicas de hotéis em Florença:
- Hotel Calzaiuoli – Testado por nós e aprovado. Bem localizado e com ótimos quartos.
- Hotel Camilla Firenze – Tem café da manhã e fica muito bem localizado.
- Brunelleschi Hotel – Quartos amplos com bela vista chamam atenção.
- Tornabuoni Place – Fica na cara do gol e tem quartos modernizados, com piso de madeira.
- BB Hotels Smarthotel Derose – Muito bem localizado e com ótimo preços
Se a ideia é ficar em hotéis luxuosos, considere os seguintes:
- Hotel La Gemma – Fica no Centro Histórico e tem café da manhã incluído.
- Relais Santa Croce – Quartos com varandas e vistas fantásticas.
- Rocco Forte Hotel Savoy – Rede de luxo com serviços exclusivos para os hóspedes.
Dia 7 – San Gimignano e Siena
Mantendo Florença como base, começamos a explorar a Toscana, que é apinhada de cidades medievais, vinícolas e paisagens de cinema, com estradas vigiadas por ciprestes e lindas montanhas verdejantes.
Poucos lugares no mundo são mais especiais para fazer um roteiro de carro. Eu já tinha viajado por lá em outras oportunidades de trem e até mesmo em excursões de ônibus, mas foi muito melhor dirigir e parar onde eu queria para fazer fotos, já que há muitos mirantes pelo caminho. Inesquecível
SAN GIMIGNANO
Em uma hora de carro partindo de Florença chega-se a San Gimignano, a mais fotogênica das cidades da Toscana, com ruas e casas de pedra, bem como torres e muros que se mantêm intactos há séculos.
A conservação da cidade amuralhada é impressionante e transformou o local em um centro turístico de massa nos últimos anos, o que não é tão legal, porque muita gente vai até lá. Mesmo assim, vale muito a pena o passeio. Uma boa dica é chegar de manhã cedo, antes das excursões vindas de Florença.
Como não dá para entrar na cidade de carro, estacionamos no Parcheggio 2 Montemaggio (Piazzale Martiri di Montemaggio), bem perto da entrada principal. A partir daí, você cruza um enorme portão e encara as ladeiras de pedra circundadas por restaurantes e lojinhas.
Minha sogra, inclusive, entrou em TODAS atrás de um Pinóquio mais barato para o netinho, sendo que a diferença era de, no máximo, 1 euro.
Principais atrações
O ponto de convergência das ruazinhas é a Piazza della Cisterna, onde estão o Poço Medieval, o Palazzo Razzi, a Casa Salvestrini e as torres dei Becci, dei Cugnanesi e del Diavolo.
Como se pode notar, o que não faltam são torres em San Gimignano. Há 14 ainda em pé (das 72 originais), que espetam o céu e emprestam à cidadezinha o apelido de Manhattan da Toscana.
O local também é famoso pelas sorveterias, como a Gelateria Dondoli, que já foi eleita a melhor do mundo duas vezes por júris especializados e tem como destaque o gelato de gorgonzola. Isso mesmo. Parece estranho, mas é uma delícia.
O duro é que tem sempre muita fila por lá, então talvez você tenha de recorrer à vizinha Gelateria Dell’Olmo. Não se preocupe caso isso ocorra. Ela é igualmente deliciosa.
Depois, visite também a Piazza del Duomo, a Collegiata di Santa Maria Assunta e, principalmente, a Rocca di Montestaffoli. É preciso subir um pouco mais para chegar lá, mas o caminho é tranquilo, De uma das torres locais, você tem uma linda vista da região. É imperdível.
Melhor que isso é só ver o skyline de San Gimignano com as torres exuberantes e parte da muralha cercada por vinícolas a partir da Fattoria Poggio Alloro, que fica a 10 minutos de carro da entrada da cidade (está aí mais uma vantagem de ir dirigindo até lá). Ali, dá para almoçar, provar vinhos locais e até mesmo participar de degustações, desde que reservado com antecedência.
Vá nem que for para comprar um vinho e apreciar a vista. Você não se arrependerá. Só não faça como minha sogra e roube uma romã da árvore no estacionamento (brincadeira, ela pediu para a proprietária, que disse que ia fingir não ter visto o “furto”).
SIENA
San Gimignano, Siena e Florença formam um triângulo geográfico, com uma cidade a cerca de uma hora de carro da outra. Por isso, quem usa a capital da Toscana como base pode fazer um bate-volta para os outros dois destinos no mesmo dia.
Siena é mais um lugar com zonas limitadas para tráfego de carros. Por isso, estacionamos no Parcheggio Stadio (Viale dei Mille, 3) e, de lá, partimos para conhecer os principais pontos turísticos da cidade.
Principais atrações
É uma delícia caminhar em Siena. Tudo bem que há muitas subidas e descidas, mas as ruas estreitas medievais são espetaculares, muitas delas com restaurantes e lojinhas.
Em relação às atrações, um dos maiores destaques é o Duomo de Siena. É preciso pagar para entrar na catedral, mas vale cada centavo. É belíssima, com diversos mosaicos no piso, muitos deles cercados, para que as pessoas não pisem. Mas dá para fotografar e tudo mais. Não deixe de passar pela capela que guarda bíblias antigas enormes, à esquerda da igreja.
O outro ponto turístico mais visitado de Siena é a Piazza del Campo, onde fica o Palazzo Publico e a Torre del Mangia. A praça em formato oval é palco, em julho e agosto, do Palio, uma disputa de cavalos com representantes de 17 bairros locais. A festa é enorme e reúne uma multidão para ver a corrida dos cavaleiros com trajes típicos e bandeiras.
Aproveite o tempo em Siena para relaxar, fazer comprinhas e passar uma tarde agradável. Caso a fome aperte, um bom lugar para comer é a Antica Trattoria Papei, que fica na Piazza Mercato.
A turma gostou tanto de Siena que lamento não ter programado um pernoite por lá. Tudo indica que vale a pena, sobretudo nos meses mais quentes do ano, uma vez que a atmosfera da cidade é ótima. Caso opte por isso, consulte aqui as melhores opções de hotéis e, depois, me conte o que achou.
PISA e LUCCA
Desta vez não rolou, mas quando estive na Toscana em outra oportunidade, estava sem carro e, em Florença, contratei um tour de um dia que passava por San Gimignano, Siena e Pisa.
Como já mencionei acima, preferi mil vezes dirigir por lá, mas caso você não tenha alugado um carro ou não possa dirigir, esta é uma boa oportunidade de explorar a região a partir da capital e, ainda, ver de perto a famosa Torre de Pisa. A excursão dura o dia inteiro e tem um bom custo-benefício. Aqui, você confere informações e valores.
Para quem preferir, também dá para ir à Pisa dirigindo. Como já tinha visto a torre e minha sogra não fazia questão, pulamos. Mas se optar por isso, considere também esticar até Lucca, outra joia da Toscana que merece a visita.
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Dia 7 – Arezzo, Montalcino e Montepulciano
Chegou a hora de fazer o check out de Florença, mas não da Toscana. Acordamos cedo e seguimos para Arezzo, mais uma das famosas cidades amuralhadas da província italiana. Dali, seguimos para a fantástica Montalcino e passamos a noite na igualmente espetacular Montepulciano.
Vou contar aqui o que fazer em cada um desses lugares.
AREZZO
Como Arezzo também é murada e limita o acesso a carros, estacionamos no Parcheggio Pietri (Via Giuseppe Pietri). Ali, encontramos uma excelente estrutura com escadas rolantes que facilitam o acesso morro acima, onde fica o Centro Histórico.
Principais atrações
Demos de cara com o Passegio del Prato, parque que oferece uma bela vista da região, e com a vizinha Fortezza Medicea, com ruínas que podem ser visitadas.
Dali, é fácil caminhar até outras atrações locais, como a Cattedrale dei Santi Pietro e Donato (Duomo), o Palazzo del Priori e o Palazzo Pretorio,
Dá também para ir à Chiesa di Santa Maria della Pieve e à Piazza Grande, mas é preciso encarar uma ladeira íngreme. Claro que a Dona Maria Luisa, que queria ver todas as igrejas possíveis, me fez ir até lá, mas não aconselho. É muito rolê e não acrescenta tanto às outras atrações da cidade.
Aqui, devo confessar, inclusive, que Arezzo não ganhou meu coração. Sei que muita gente ama a cidade, mas eu achei ok, sobretudo diante dos outros destinos que visitamos neste dia, muito mais esplendorosos.
Prova disso é que nosso plano era almoçar por lá, em um dos dois restaurantes que me indicaram: o Teorema Del Gusto e o Il Cantuccio. Optamos, no entanto, por seguir mais cedo para Montalcino. E não nos arrependemos.
MONTALCINO
O trecho de estrada entre Arezzo e Montalcino (mais especificamente entre Montepulciano e Montalcino) é tudo que você sonhou na vida e viu em filmes e revistas sobre a Toscana. A cada curva cercada por ciprestes é possível avistar colinas verdejantes, parreiras e vilas de pedra, formando um cenário que se custa a acreditar que é real.
Assim, o trajeto de pouco mais de uma hora pode durar muito mais, uma vez que você vai querer parar e fazer fotos a todo o momento. Realmente é digno de registro.
Esta é mais uma cidade que você precisa estacionar do lado de fora. Tentamos parar na Piazzale Fortezza, 5, que estava lotada, então seguimos para o Parcheggio Valle Strozzi (Via Pietro Strozzi, 1).
Principais atrações
Dali, você já dá de cara com a Fortezza de Montalcino e pode até entrar nela, para conferir as ruínas e alguns dos visuais da antiga fortaleza. Ficamos um pouco por lá e, então, seguimos para o Centro Histórico, que é repleto de atrações. A lista inclui a Piazza de Papollo, a Torre dell’Orologio, o Palazzo de Priori, a Cattedrale del Santissimo Salvatore (Duomo) e a Chiesa Madonna del Soccorso.
Tudo isso é maravilhoso, já que a cidade tem a vibe da Toscana que você almeja encontrar em toda a viagem. O que quase todo mundo faz por lá, porém, é provar bons vinhos, especialmente o Brunello de Montalcino, um dos mais nobres do mundo e exclusivo da região.
Peguei leve porque estava dirigindo, mas fiquei tentado a fazer uma degustação por lá. Esta no Castelo Tricerchi, por exemplo, parece ótima. Quem sabe da próxima vez, né? Porque eu voltarei, pode ter certeza.
Há muitas lojinhas, adegas e restaurantes em Montalcino. Uma boa dica para almoçar ou jantar é a Osteria Enoteca Osticcio que, além de servir bons pratos e vinhos, oferece uma linda vista da região.
Passe o máximo de tempo que puder em Montalcino. Você amará cada minuto.
MONTEPULCIANO
Nosso pernoite se deu em Montepulciano, ali nos arredores. E aí está mais uma cidade exuberante da Itália, com edificações medievais, fontes, palácios antigos e ruas estreitas charmosas. É uma delícia passear no Centro Histórico e visitar lojinhas, sorveterias, restaurantes e tudo mais.
Principais atrações
Entre as principais atrações estão a Fortezza di Montepulciano, o Pozzo dei Griffi e dei Leoni, a Porta delle Farine, a Rua Corso e a Porta Al Prato. Não deixe de curtir o pôr do sol na Piazza Grande. As edificações no entorno, como o lindo Palazzo Comunale, ficam alaranjadas, criando um ambiente fantástico.
Onde comer em Montepulciano
Alguns restaurantes de Montepulciano têm, ao fundo, amplas sacadas, de onde é possível observar toda a exuberância da Toscana. Fiz questão de levar minha sogra em um deles, o Caffè Poliziano, que serve massas razoáveis e tem até uma seleção de grappa (além de bons vinhos, é claro).
Naquela atmosfera contagiante, no meio de uma típica trattoria secular da Toscana, eis que pego Dona Maria Luisa consultado no celular as ofertas de um mercadinho de bairro perto da casa dela, em São Bernardo do Campo, no Grande ABC paulista. Juro. Sogra é uma coisa, mesmo.
Bom, mas pelo menos valeu a pena investir no chip de internet. Garanto que pega bem até nas cidades mais remotas da Toscana. Minha sogra, então, nem se fala.
Não tive tempo de comer neles e reparei que alguns exigiam reserva, mas me indicaram outros restaurantes em Montepulciano. São eles: La Pentolaccia, Rosso Rubino Trattoria e Osteria del Borgo.
Onde ficar em Montepulciano
Escolhi mais um apartamento no Booking para dormimos. Neste caso, foi a Residenza San Donato. Mais um acerto. Situado no Centro Histórico, o local foi modernizado e é aconchegante. Dele, dá para fazer tudo a pé. Uma baita dica para quem pretende pernoitar em Montepulciano.
Para quem preferir, há também bons hotéis na região, inclusive que incluem café da manhã na diária. Entre eles, destacam-se:
- La Terrazza Di Montepulciano – Pertinho da Piazza Grande, tem ótimas instalações.
- Albergo Il Marzocco – Dentro da cidade amuralhada, tem quartos amplos e completos.
- Il Rondò Boutique Hotel – Fica um pouco mais afastado do centro, em uma linda e romântica villa de pedra.
Dias 9 e 10 – Assis
O pernoite em Montepulciano foi estratégico para a parada seguinte do roteiro na Itália: Assis, a cidade de São Francisco, já na região da Úmbria.
Muita gente tinha me falado bem de lá, e não demorou muito para entender o motivo. A cidade de pedra preserva ares medievais, é limpíssima e conta com uma infraestrutura turística intensa, repleta de lojas e restaurantes de bom nível.
Principais atrações
Ainda no caminho, a pedido de Dona Maria Luisa, paramos no Convento Porciúncula, local em que São Francisco morreu. Ele fica no bairro de Santa Maria degli Angeli, fora da cidade murada, que se posiciona acima do morro.
Dentro da estrutura maior há uma capela menor, restaurada pelo santo depois que ele, em sonho, teria ouvido um chamado de Deus para reconstruir sua igreja. Além disso, dá para ver um cordão preservado que teria sido usado por ele e há muitos presépios, uma vez que esse tipo de representação teria sido popularizado justamente por São Francisco, como meio de catequização.
Basílica de São Francisco
O Convento Porciúncula só não atrai mais peregrinos que a Basílica de São Francisco, já dentro da cidade murada de Assis. Ali está seu túmulo, que pode ser visitado, mas não fotografado. Trata-se de um complexo com, na verdade, duas basílicas, uma superior e outra inferior (elas realmente ficam uma sobre a outra), além da cripta, de um convento e de uma loja.
Minha sogra, inclusive, foi muito gentil e comprou uma imagem pequenininha de São Francisco para me dar de presente. Logo depois, descobri que foi com meu cartão. Caso abafado, vimos também uma missa por lá. As basílicas são lindas e contam com diversas obras de arte.
Outras atrações
No dia seguinte, pudemos explorar outros pontos turísticos de Assis. Entre eles, a Basílica de Santa Clara, onde é possível ver a cripta em que está a santa (inclusive com sua imagem representada) e alguns de seus vestidos, além de hábitos de São Francisco.
Ali pertinho está o Duomo di San Rufino, que abriga a pia batismal de São Francisco e Santa Clara. Outro ponto de parada obrigatória para os fiéis é a Chiesa Nuova, igreja erguida onde ficava a casa dos pais de São Francisco. Ali, dá para ver um de seus presépios e o claustro em que ele foi mantido preso pelo pai.
Assis reúne ainda muitas outras atrações, a maioria delas em volta da Piazza del Comune, onde fica o Templo di Minerva.
Reserve um tempo para caminhar pelas ruas e ver as fachadas das casas de pedra, as fontes, as enormes prensas de azeitona expostas diante de algumas casas e os montes verdejantes a perder de vista.
Santo da Internet
É em Assis também que fica a Basílica de Santa Maria Maggiore, onde é possível ver, em um túmulo de vidro, o corpo de Carlo Acutis, conhecido como o “Santo da Internet”. Trata-se de um jovem nascido em Londres (Inglaterra) e criado em Milão (Itália) que, durante sua curta vida, desenvolveu um site dedicado a catalogar milagres eucarísticos em todo o mundo.
Tragicamente, Carlo morreu vítima de leucemia e faleceu aos 15 anos. Seu corpo, então, foi preservado com técnicas de conservação e, hoje, centenas de pessoas vão até lá para vê-lo e registrar o fato de o menino estar vestido com calça jeans, tênis Nike e um moletom azul.
Carlo foi beatificado após o reconhecimento de um milagre que teria ocorrido no Brasil. Uma criança que sofria de uma grave doença foi inexplicavelmente curada após orações a ele dirigidas. Mas para ser declarado santo, de acordo com as normas da igreja católica, um segundo milagre precisa ser atribuído a ele.
Onde comer em Assis
Como não poderia deixar de ser, Assis é mais um bom lugar para comer na Itália.
Fui a dois restaurantes e gostei de ambos: a Trattoria Da Erminio, onde provei um ótimo ragu de carne de porco e vinho com polenta frita (a lasanha com alcachofra, que Dona Maria Luisa pediu, também é deliciosa), e o Nonna Nini, um pouquinho mais chique, com boas massas.
Onde ficar em Assis
Você pode ficar em qualquer lugar da cidade murada que se dará bem. Pode ser nos arredores das basílicas de Santa Clara ou de São Francisco de Assis. Apesar de haver muitas ladeiras, devagarzinho dá para fazer tudo a pé por lá.
Vou deixar aqui algumas dicas de hotéis em Assis, todos eles com bom custo-benefício:
- Hotel Sorella Luna –Fica em uma edificação de pedra pertinho da Basílica de São Francisco de Assis.
- Hotel Il Palazzo – Elegante, bem localizado e com quartos modernizados.
- Hotel Lieto Soggiorno – Quartos com piso de madeira e ares românticos. Inclui café da manhã.
Dias 11 a 15 – Roma
Devo dizer aqui que amo Roma. Por isso, dedico sempre o máximo de tempo possível para curtir a cidade. Afinal, em meio ao delicioso caos da capital italiana, não faltam boas atrações para visitar, ótimas massas para comer e excelentes vinhos para beber. Isso sem contar os gelatos…
De quebra, quem vai a Roma também pode explorar os arredores e fazer excursões para Nápoles e Pompeia, por exemplo. Desta vez não fiz esse tour, mas trata-se de um passeio de bate-volta muito recomendado.
Só não indico usar carro por lá. O trânsito da capital italiana é complicado e há muitas ruas estreitas e zonas restritas a quem mora ou trabalha na região. Por isso, devolvi o que tinha alugado na Mobility assim que cheguei à cidade.
A partir daí, optamos por caminhar, andar de metrô e até mesmo de ônibus. Deu para fazer tudo numa boa.
Principais atrações
Como a lista de atrações em Roma é grande, uma boa tática é agrupá-las por proximidade. Assim, você ganha tempo.
Dessa maneira, na manhã do primeiro dia, fomos ao Coliseu. Optamos por fazer este tour guiado em português. Que sábia decisão.
Já tinha visitado a arena por conta e nem se compara a experiência. Com o guia, você efetivamente entende a história desta que é uma das sete maravilhas do mundo. Como foi construído (e parcialmente destruído), como era efetivamente a vida dos gladiadores, quais eram os jogos ali realizados… Vale muito a pena.
De quebra, o passeio, que pula todas as filas e permite pisar na arena propriamente dita (a maioria dos ingressos dá direito a acessar apenas alguns dos anéis superiores), termina no vizinho Fórum Romano, o centro político do antigo império, e no famoso morro do Palatino. Quem anda por lá sozinho tem muito mais dificuldade de entender o que se passou por lá, mas com guia é outra coisa. Foi bom demais.
Dali, seguimos para o vizinho Circo Máximo, que foi a maior arena do Império Romano, onde rolavam corridas de bigas, e para as Termas de Caracalla, que muita gente pula, mas a Dona Maria Luisa descobriu com um professor de italiano nas redes sociais e fez questão de ir.
E, devo confessar, que maravilha de lugar. Ali funcionavam banhos termais, e as ruínas, com parte dos pisos originais de mosaicos preservada, são belíssimas. Curti muito. E você aí falando mal da sogra, está vendo?
Ainda perto do Coliseu estão a Igreja San Pietro in Vincoli, palco do maravilhoso Moisés de Michelangelo e de correntes que supostamente serviram para aprisionar São Pedro, e o Monumento a Vítor Emanuel II, do qual se tem uma belíssima vista de Roma (o acesso aos andares superiores é pago).
Separe outro dia para visitar a Fontana di Trevi. o Panthéon (que agora é pago, mas vale, porque é incrível), a Piazza Navona e o Campo di Fiori. Ali, no Centro Histórico de Roma, também se encontra a Igreja de Santo Inácio de Loyola, que está na moda pelo teto instagramável. Uma galera faz fila lá para bater a foto em um espelho que reflete detalhes do maravilhoso afresco de Andrea del Pozzo.
Dá para fazer tudo isso a pé numa boa e ainda sobra tempo para curtir, do outro lado do Rio Tibre, o boêmio bairro de Trastevere, repleto de bares e restaurantes – para mim, o melhor lugar para comer e passear à noite em Roma. Eu gosto tanto que me hospedei por lá, mas falo disso logo mais. O bairro concentra ainda a linda Basílica de Santa Maria em Trastevere.
Para não cansar a turma, deixamos para ir à Piazza del Popolo e à Piazza di Spagna (a mais linda de todas) no dia seguinte. Esta última, além da fonte e da escadaria famosas, fica perto do Pompi, que serve um dos melhores tiramisù de Roma. Passe lá, pegue um e coma na praça mesmo. Só não sente nos degraus, porque não pode.
Outras atrações
Minha sogra quis ainda ir a outras atrações de Roma ao longo de nossa estada na cidade, como a Escada Santa que, segundo a tradição católica, teria sido desmontada e levada de Jerusalém para a capital italiana a mando de Santa Helena, mãe do imperador Constantino, no século 4º.
Acredita-se que, originalmente, ela pertencia ao pretório de Pôncio Pilatos, e que Jesus teria subido seus degraus antes de ser julgado e crucificado. Hoje, a escada está protegida por uma moldura de madeira e só é permitido galgá-la de joelhos.
No entanto, também há escadarias laterais, nas quais é possível ir a pé. No topo delas está a primeira capela pessoal dos papas.
A Escada Santa fica ao lado da Basílica de São João de Latrão, a primeira igreja do Ocidente e um dos principais destinos de peregrinação do mundo.
Também fomos à Basílica de São Paulo Fora dos Muros, onde fica o túmulo de São Paulo. É um pouco mais afastada, mas belíssima.
Já perto do Vaticano está o Castelo Sant’Angelo, mais um marco arquitetônico de Roma. Acho a estrutura mais bacana por fora do que por dentro, mas para quem quiser visitar, vale dizer que ele foi construído originalmente como mausoléu do imperador Adriano.
Vaticano
Uma vez em Roma, é claro que também vimos o papa. Fizemos isso numa quarta pela manhã, quando ocorre a audiência papal, na Praça de São Pedro. Para isso, é preciso solicitar o convite com três ou quatro meses de antecedência baixando o formulário disponível nesta página.
Depois, você terá de enviá-lo para a Prefeitura do Vaticano por fax: (+39 06-6988-5863) – alguns sites facilitam esta tarefa – ou pelo e-mail [email protected], com dados como nome, quantidade de convites que deseja e data.
A resposta por correio eletrônico é mais rápida, mas geralmente ambas são positivas. E se o e-mail não vier em algumas semanas, apresse-se para mandar o fax.
Com tudo aprovado, basta ir ao Portão de Bronze, que fica localizado do lado direito da colunata da Praça de São Pedro (olhando para a basílica) no dia anterior ao evento, a partir das 15h. Dá para retirar no dia, também, uma hora antes da audiência papal começar, mas o perrengue pode ser um pouco maior.
É só dar um toque para os guardinhas na porta (não faça fotos deles, eles não curtem) de que irá pegar o convite e entrar no prédio, dobrando uma portinha à direita. Ao mostrar sua identificação com foto, você receberá um envelope com seu nome e os convites solicitados. É tudo gratuito.
A partir daí, no dia seguinte, chegamos cedo para garantir um lugar sentado. A audiência era 9h e estávamos lá às 7h, mas mesmo assim pegamos uma fila imensa. De qualquer forma, deu para ficar pertinho do altar e fazer fotos do Papa Francisco e tudo mais. O evento durou cerca de uma hora.
Museus do Vaticano
Separamos ainda outro dia para ir aos Museus do Vaticano e, como minha experiência anterior por lá não tinha sido boa (é extremamente cheio e você tem que fazer tudo correndo), comprei no site oficial um ingresso que permite entrar antes da abertura regular do público.
É o triplo do preço do acesso normal, mas inclui um bom café da manhã e um passeio guiado (em inglês) pelos apartamentos papais vazios, com a oportunidade de observar todas as obras e salões fantásticos com tranquilidade e explicações.
Entre os highlights estão a escadaria principal, a Escola de Atenas, de Raffaello, a Deposição de Cristo, de Caravaggio, e as esculturas Laocoonte e Apolo de Belvedere. Isso sem contar a Galeria dos Mapas e muitas outras.
De quebra, fomos os primeiros a entrar na Capela Sistina, a grande estrela do complexo, e pudemos ficar lá por quase meia hora. Deu para admirar cada detalhe da obra de Michelangelo e do restante da capela sem gritaria e aglomeração.
Quem já esteve lá com o acesso regular sabe o quanto parte do processo é tensa. Os seguranças ficam gritando “No photo”, uma galera insiste em clicar, enfim… É sempre incrível estar lá, mas o ambiente lotado não ajuda.
Por isso, se puder comprar o acesso para entrar antes, acorde cedo e não pense duas vezes. Vale cada centavo. Mas faça isso com antecedência, pois as vagas são limitadas.
Basílica de São Pedro
Depois que as portas abrem para o público regular, dava para ficar o quanto quiséssemos nos museus, mas lotou rapidamente e decidimos seguir para a Basílica de São Pedro. Ali, foram mais 40 minutos de fila antes de passar pelas revistas de segurança, até que Dona Maria Luisa, enfim, pode realizar o sonho de sua vida.
Assim que passou pela enorme porta central da igreja, desabou. Chorou de emoção e nos emocionou, também. Foi muito marcante.
Sem pressa, fomos às várias capelas, vimos a Pietà de Michelangelo, a cripta e os túmulos de diversos papas. Além, é claro, do baldaquino sobre o túmulo de São Pedro.
Passamos horas na Basílica de São Pedro e são tantos detalhes que me arrependi por não ter contratado um passeio guiado, como este, que inclui acesso à cúpula.
Quem quiser também pode ir à cúpula, encarando um trecho de elevador e outro de escada (320 degraus) ou tudo de escada (551 degraus). Fiz isso em outra oportunidade e o caminho é puxado, estreito e cansativo. Se não tiver boas condições físicas, não arrisque, a despeito de as vistas lá de cima serem de arrepiar.
Saindo da Basílica de São Pedro, caminhe até a Gelateria Hedera, que serve o sorvete preferido do Papa Francisco. É bem gostoso e fica pertinho, mas demoramos quase uma hora para chegar, porque Dona Maria Luisa parou em dezenas de lojinhas pega-turista para comprar terços para as amigas. A diferença de uma para outra, novamente, não passava de 1 euro, mas enquanto ela não conferiu uma por uma, não teve jeito.
Por essas e outras, ao fim da viagem com a sogra, considerei que tinha pagado todos os meus pecados (brincadeira, ela que é uma santa de me aguentar). Ali, me despedi de Dona Maria Luisa com um abraço caloroso e a confidência mútua de que havíamos feito uma das viagens mais emocionantes e divertidas de nossas vidas.
Aproveitei para prometer, para mim mesmo, que voltarei muito em breve à Itália. De preferência, com a companhia de minha sogra. Mas não conte isso para ela, hein!
Onde comer em Roma
Preciso me segurar aqui, porque tem tanto restaurante bom em Roma que daria para fazer um artigo apenas sobre isso.
Vou me ater aos principais endereços e separá-los pela proximidade com pontos turísticos (mas não tanto, para evitar roubadas), a fim de facilitar a montagem de seu roteiro na Itália, ok?
Trastevere
- Trattoria da Enzo al 29 (Via dei Vascellari, 29) – Serve com maestria as típicas massas de Roma, como cacio e pepe, all’amatriciana e carbonara.
- Ivo a Trastevere (Via di S. Francesco a Ripa, 158) – Nas paredes desta cantina tradicional você verá fotos de clientes ilustres, como Pelé, Ronaldo e Sabrina Sato. O dono ama brasileiros, e as massas servidas por lá são ótimas.
- Seu Pizza Illuminati (Via Angelo Bargoni) – Já foi eleita por júris especializados como uma das melhores pizzas do mundo.
- Osteria Cacio e Pepe (Vicolo del Cinque, 15) – Um achado. Serve massas frescas e entradinhas típicas romanas, como supplì (bolinho frito com várias opções de recheios) e o carciofi alla romana (alcachofra deliciosamente preparada).
- Tonnarello (Piazza della Scala, 19 / 21) – Vive com filas na porta. As especialidades são as massas.
- Peppo al Cosimato (Via Natale del Grande, 9) – Entrei por acaso nesta pizzaria, comi bem e fui atendido com extrema gentileza. É boa e barata.
Nas imediações do Coliseu
- La Carbonara (Via Panisperna, 214) – O nome já diz tudo. Serve o autêntico carbonara romano. Fica, na verdade, a uma boa caminhada do Coliseu e também tem filiais perto da Fontana di Trevi
- Trattoria Luzzi (Via Celimontana, 1) – Boas opções de pizzas.
- Il Gelato di Santa Maria (Piazza di Santa Maria in Trastevere, 4) – Tem sabores um tanto quanto americanizados, mas os tradicionais gelatos são gostosos. Fica na praça principal de Trastevere.
Em Testaccio, que não fica tão longe do Coliseu (e tem restaurantes verdadeiramente típicos e mais baratos)
- Mercato di Testaccio (Via Aldo Manuzio, 66b) – Está na dúvida do que comer? Este mercado reúne diversas opções de comidinhas para você se lambuzar.
- Ristorante La Villetta dal 1940(Viale della Piramide Cestia, 53) – Pratos muito bem servidos e deliciosos, com destaque para o cacio e pepe e o carbonara. Não saia de lá sem comer o tiramisù, que é servido numa cafeteira italiana.
Nas imediações da Fontana di Trevi
- Pietro Valentini (Via dei Pianellari, 19) – Quem quiser provar um bom macarrão com tartufo pode passar por aqui.
- All’Antico Vinaio (Piazza della Maddalena) – Filial romana da casa de Florença famosa por servir um dos melhores panini do mundo.
Nas imediações da Pìazza di Spagna
- Il Vero Alfredo (Piazza Augusto Imperatore, 30) – O fettuccini alfredo é o carro-chefe da casa.
Nas imediações do Vaticano
- 200° Gradi (Piazza del Risorgimento, 3) – Boas opções de panini e saladas
- Tre Pupazzi (Borgo Pio, 183) – Para quem quiser comer massas pertinho do Vaticano, esta é uma boa dica
- Arlu (Borgo Pio, 135) – Restaurante elegante que serve releituras de pratos tradicionais romanos.
- Hedera (Borgo Pio, 179) – Reza a lenda que este é o gelato preferido do Papa Francisco. Se é verdade, não sei, mas que é bom, é.
Onde ficar em Roma
As opções de hotéis em Roma são amplas e variadas. Como mencionei acima, gosto muito de ficar em Trastevere. O bairro é bem localizado, divertido e tem ótimas opções de restaurantes, mercados e compras. O único defeito é não ter estação de metrô (esse é um problema típico na capital italiana, já que há muitas construções subterrâneas e não dá para escavar por lá.
No Centro Histórico, perto da Fontana di Trevi, do Panthéon, da Piazza Navona e do Campo di Fiori, também é ótimo se hospedar. Os preços, porém, podem ser um pouco mais salgados.
Outra opção é o bairro de Monti, nos arredores do Coliseu. Já próximo da estação Termini, que muita gente indica, eu não gosto. Acho a região um pouco confusa e longe do que realmente importa na cidade, sobretudo para quem viaja pela primeira vez.
Confira algumas sugestões de hotéis em Roma com bom custo-benefício:
- B&B Arco Del Lauro – Nós testamos e gostamos. Tem quartos aconchegantes e fica muito bem localizado em Trastevere.
Old Town Home Trastevere – Não espere luxo, mas boas doses de conforto. - Numa I Tullo – Tem quartos modernizados no coração de Trastevere.
- Trevi Palace Luxury Inn – Fica a apenas 50 metros de distância da famosa Fontana di Trevi. O hotel é indicado para quem procura uma acomodação autêntica, já que está instalado em uma tradicional vila do século 18.
- The Major Hotel – Instalado em um edifício histórico com vista para a Basílica de Santa Maria Maggiore, é uma boa opção de hospedagem em Monti. O local tem terraço panorâmico e decoração elegante.
Para quem procura acomodações em Roma mais sofisticadas, eis algumas recomendações:
- Portrait Roma – Lungarno Collection – É conhecido por oferecer experiências exclusivas, como tours particulares comandados por especialistas renomados. Fica no Centro Histórico.
- H10 Palazzo Galla – As acomodações deste hotel no Centro Histórico compartilham um charmoso lounge. Conta com bar, estacionamento privativo e terraço com bela vista.
- The Boutique Hotel – A 700 metros da icônica Basílica de São Pedro, é muito bem avaliado – principalmente por casais. O local se destaca pela infraestrutura e pela gentileza da equipe de funcionários.
O que você precisa saber antes de ir à Itália
Quando planejo meus roteiros de viagem para destinos como a Itália, recorro a uma série de ferramentas de auxílio antes mesmo de fazer as malas. Assim, consigo comprar passagens aéreas mais baratas, alugar carros e reservar hotéis, bem como passeios, transfers e ingressos para atrações, com mais segurança e pagando menos.
Como comentei acima, é imprescindível também fazer um seguro viagem e comprar um chip de internet. Assim, você evita os gastos absurdos cobrados com saúde no país, caso algo fuja do previsto, e consegue usar internet ou telefone para se comunicar com quem está no Brasil, checar e-mails, postar fotos no Instagram, usar o WhatsApp e tudo mais.
De quebra, vale a pena comprar um pouco de euro. Pode ser em espécie ou em cartão, mas não viaje sem nada.
Abaixo, vou deixar mais algumas dicas essenciais para montar seu roteiro na Itália.
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Qual é a melhor época de ir para a Itália
Eu já estive na Itália na primavera, no verão e, no roteiro que serviu de base para este artigo, no outono. Adorei viajar para lá em outubro. A temperatura estava amena e praticamente não choveu (rolou apenas em Roma durante uma tarde, mas de leve e não estragou o passeio).
Abril e maio também são ótimos meses. Já em junho e julho, verão no Hemisfério Norte, tem muitos eventos, mas a cidade fica cheia e os preços tendem a subir.
A Itália é linda o suficiente para ser atraente em qualquer época do ano. As Dolomitas, por exemplo, têm várias estações de esqui para curtir no inverno. Nunca estive lá nesta época, mas tenho vontade. Faria um roteiro diferente do proposto aqui, mas certamente lindo de morrer.
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Já fez a reserva da passagem aérea?
Para não ficar perdendo tempo entrando em um monte de site de companhia aérea, uso a plataforma Vai de Promo na hora de comprar passagens. Gosto dela pelo fato de indicar as principais rotas disponíveis e listar, de forma automática, os melhores preços.
Onde ver preços: Vai de Promo
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Sabe onde ficará hospedado?
Uma boa dica para encontrar hotéis na Itália e consultar avaliações de quem já foi é usar o Booking.com. O site tem sempre boas ofertas e permite fazer reservas de forma prática e rápida. Eu indico, sobretudo, hotéis, pousadas e casas de aluguel que permitem pagamento apenas na chegada ao destino.
Onde ver preços e avaliações: Booking.com
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Já garantiu o seguro viagem?
Indico de longe a plataforma da Seguros Promo, um metabuscador que vasculha as principais seguradoras de viagem do Brasil em busca dos melhores preços, sem que você precise ficar entrando no site de cada uma delas. Assim, dá para economizar e ainda ganhar um tempão. Use o cupom abaixo para garantir descontos.
Onde consultar: Seguros Promo (cupom ROTADEFERIAS15 para 15% de desconto)
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Pediu o eSim ou chip viagem para usar internet ilimitada?
Jamais deixo de adquirir um eSim ou chip viagem internacional, que permite acesso à internet durante o passeio. O custo proporcional à viagem é superbaixo, e o serviço, ótimo. Testei várias opções e costumo usar os chips da America Chip, que tem ótimo atendimento e nunca me deixou na mão. Um dos destaques é que eles contam com planos de eSim, sem a necessidade de chip físico.
Onde pedir: America Chip (cupom ROTADEFERIAS para 10% de desconto)
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Vai alugar carro? Reserve com antecedência
Uma das escolhas mais difíceis na hora de viajar é identificar o meio de transporte que usará no destino. Se a ideia é alugar carro e curtir um roteiro na Itália como o que detalho neste post, a dica é sempre fazer reserva com antecedência. Sugiro o comparador online da Mobility que, com uma única pesquisa, exibe os melhores valores de locadoras confiáveis. Vale a pena.
Onde reservar: Mobility
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Reservou os ingressos das atrações?
Não tem nada mais frustrante do que viajar e não conseguir entrar numa atração por falta de reserva. Por isso, ao definir nossos roteiros, garanto tudo com antecedência. Existem ótimos serviços na Itália, como o Civitatis, que oferecem não apenas tíquetes de pontos turísticos (o do Coliseu foi fundamental), mas também de eventos, parques temáticos e até mesmo transfers.
Onde reservar: Civitatis
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