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Concierge e personal shopper: profissionais que ajudam na viagem
- Créditos/Foto:Visualhunt
- 02/Abril/2018
- Redação
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Seja a trabalho ou a passeio, profissionais especializados em turismo, como personal shopper e concierge, podem fazer com que a viagem se torne uma experiência mais cômoda e agradável. Isso porque eles são capacitados pra facilitar o dia a dia no destino em diferentes assuntos de interesse do hóspede durante o roteiro – desde orientar em compras de roupas e acessórios até ajudar a conhecer o local da estadia. E não pense que apenas milionários podem contar com esse tipo de serviço.
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Concierge e personal shopper: o que eles fazem por você
O que é concierge?
O concierge é um profissional que fica em estabelecimentos de hospedagem – hotel, resort ou pousada. Quem está a procura das melhores ofertas e pontos turísticos em um local e não conhece bem o destino pode perder tempo e dinheiro durante a viagem. O serviço de concierge em hotel, por exemplo, facilita nesse sentido ao dar orientações sobre como visitar não só os locais mais desejados, mas também aqueles frequentados por locais, tornando a viagem bem mais original.
O que é personal shopper?
Já o personal shopper pode vir muito bem a calhar se você quer comprar itens com preço em conta ou que não são vendidos no país de origem. Esse tipo de profissional é especializado no comércio local e costuma fazer uma pesquisa com o cliente antes de sair a procura de itens de interesse, poupando assim tempo e, muitas vezes, dinheiro.
Personal shopper: a compra certa
Priscila Goldenberg é economista e trabalha com o serviço de personal shopper há quase 10 anos. Especializada no mercado de bebê e criança, ela aponta que as pessoas que pensam em fazer enxoval fora do Brasil costumam ficar perdidas com tantas opções, sobretudo nos Estados Unidos. “As mães não sabem onde e o que comprar, nem o que vale a pena. Meu trabalho é fazer uma pesquisa de mercado, de acordo com a necessidade da pessoa. E, a partir daí, ajudá-las a manter o foco e adquirir o que realmente vale a pena”
A profissional mora nos Estados Unidos e tem uma equipe de assessoras em Miami, Orlando, Los Angeles, Nova York e também Paris, na França. Segundo ela, o serviço de uma personal shopper vai muito além de indicar boas lojas. Afinal, é preciso também pensar no planejamento de compras, de acordo com a realidade e orçamento da pessoa.
“Na internet, há várias listas de enxoval prontas, por exemplo. Entretanto, o personal shopper faz o trabalho de forma personalizada, identificando os itens que se encaixam no clima da cidade em que o bebê vai morar. Além disso, consideramos a época do ano que a pessoa pretende viajar. Se vier em busca de roupas de frio durante o verão, por exemplo, pode encontrar dificuldades.”
Quanto tempo duram as compras
De forma geral, Priscila oferece que uma assessoria completa implica em cinco horas de compras, durante dois dias. Ela trabalha com parcerias para garantir descontos em algumas lojas dos destinos de atendimento, concedidos aos compradores com a presença da assessora nos estabelecimentos, no comento da compra. “A demanda de pessoas que viajam para os Estados Unidos para fazer enxoval tem aumentado, pois é mais barato comprar tudo por lá mesmo com o dólar valendo três vezes mais que o real”, afirma.
No caso dos itens de criança, as peças que mais valem a pena, de acordo com a personal shopper, são: carrinho de bebê, eletrônicos (como babá digital), plásticos e brinquedos. Marcas como Tomy e Pollo, por exemplo, são bem mais baratas por lá do que no Brasil, segundo Priscila.
Na volta dos EUA, muita gente não sabe o que entra no limite de compras no exterior e acaba tendo problemas na alfândega. A personal shopper orienta que a melhor opção é fazer uma pesquisa prévia e sempre declarar os itens comprados. Quanto ao peso, Priscila orienta que, se a viagem for feita em duas pessoas, duas malas de 32 kg (liberadas para voos internacionais rumo aos Estados Unidos) atendem à demanda do enxoval.
Quanto custa um personal shopper
Priscila trabalha com três modalidades de serviços – planejamento e assessoria completa; roteiro de lojas com uma lista previamente montada e compras remotas. As diferenças entre eles concentram-se o no tipo de acompanhamento feito pela personal shopper.
A assessoria completa conta reuniões anteriores à data da viagem e compras, em que Priscila define com os clientes detalhes como orçamento, itens que desejam comprar e a reserva de algo específico, antes mesmo da chegada ao destino. É nessa modalidade que a assessoria acompanha as compras em dois períodos de cinco horas. Nesta modalidade, o serviço custa US$ 550.
Para as pessoas que desejam uma orientação quanto às lojas, mas preferem realizar as compras sozinhas, o valor do serviço cai pela metade – US$ 250. Priscila comenta que, neste caso, um roteiro é montado de acordo com as expectativas de compra e os clientes seguem a partir daí sem a assessoria.
Nas situação em que o pai ou mãe precisam viajar sozinhos, mas não tem tempo de fazer as compras de enxoval, é possível contar com assessorias com a de Priscila. A modalidade de compra remota é o serviço em que a profissional e sua equipe comprar os itens a pedido. Para decisão dos itens e lojas do roteiro, reuniões são feitas nos mesmos moldes que a assessoria completa.
Priscila comenta que a escolha por esse serviço também acontece em situações que alguém próximo do pai ou da mãe viaja para fora do país, e pode levar o itens comprados por meio do serviço. “Além das compras, nós fazemos a embalagem e montagem das malas. Entregamos a encomenda apenas nas mãos de pessoa de confiança de quem nos contratou.” Nessa situação, o serviço custa US$ 950.
Concierge: comodidade e parceria
Se o personal shopper ajuda com as compras, o concierge de um hotel pode contribuir para uma experiência mais completa em um destino quando o viajante não conhece o local. Quem trabalha no ramo define-se, também, como um especialista e facilitador de sonhos dos hóspedes, por ter conhecimentos culturais e históricos da região em que está inserido.
Sérgio Bezerra de Menezes é um desses especialistas. Trabalha no Hotel Unique, em São Paulo, e comenta a ligação entre hóspede, hotel e local. “Um concierge é a ponte entre a estadia e a cidade em que o visitante está. Orientamos os melhores lugares para a pessoa conhecer de acordo com o perfil e o que ela busca como ideal para curtir a viagem.”
Seja para auxiliar na troca de um salto de sapato ou na reserva de um jantar, o concierge tem a capacidade de enxergar dados que passam despercebidos até por outros profissionais do turismo. “Um guia, por exemplo, ajuda em coisas comuns. Entretanto, se for meia-noite e o hóspede quiser comer um bolinho de bacalhau, nós temos conhecimento suficiente para indicar um local bacana que atenda nesse horário”, afirma Sérgio.
Ajuda durante toda a viagem
O profissional comenta que a relação entre hóspede e concierge pode começar antes mesmo do início da estadia. Caso o cliente não tenha reservado carro para transfer, por exemplo, o profissional pode ir em busca de um motorista para trazer o visitante desde o aeroporto, levá-lo ao hotel e até mesmo ficar à disposição durante a estadia.
Em São Paulo, diversos hotéis oferecem serviço de concierge, como o Palácio Tangará. Ali, os principais pedidos feitos pelos hóspedes giram em torno de confirmações de reserva de restaurante e transporte.
Também se destaca a busca por informações exclusivas e novidades na cidade, já que esse tipo de profissional precisa firmar, o tempo todo, parcerias com outros estabelecimentos para se manter atualizado e abrir o leque de opções na hora de montar um roteiro. A maioria dos hotéis que conta com esse serviço o oferece gratuitamente. Basta recorrer a ele para viajar mais e melhor!