Roteiro
O que fazer na Polinésia Francesa – Roteiro, ilhas e dicas
- Créditos/Foto:Shutterstock
- 06/Agosto/2024
- Paulo Basso Jr.
Se você procura o que fazer na Polinésia Francesa, um dos lugares mais espetaculares do mundo, chegou ao lugar certo.
Estive por duas vezes no arquipélago do Pacífico Sul e tive a oportunidade de visitar oito ilhas, indo das mais populares, como Taiti (que não é um país, e sim a ilha que abriga Papeete, a capital da Polinésia Francesa) e Bora Bora, até destinos mais afastados, a exemplo de Rangiroa e Tikehau.
Planejar uma viagem para a região requer alguns cuidados, como escolher bem as ilhas que irá visitar, os hotéis em que irá ficar (por sorte, a lista de opções é ampla e variada) e como fará os deslocamentos durante o roteiro.
Além disso, é importante entender um pouquinho o que é exatamente a Polinésia Francesa e como chegar lá. Mas pode ficar tranquilo que vou dar todas as dicas aqui, já adiantando que qualquer época do ano é boa para visitar este que é um dos destinos mais fascinantes do planeta.
Neste post você vai ler:
O que fazer na Polinésia Francesa
Muito frequentada por casais em lua de mel ou outras viagens românticas, a Polinésia Francesa tem como principais atrações as ilhas e atóis envolvidas ou recheadas por lagoas com águas azuis e cristalinas de encher os olhos (logo mais eu explico como funciona essa geografia).
Nelas, dá para nadar, mergulhar com snorkel ou cilindro e observar animais, como golfinhos e arraias. Ou, por que não, apenas curtir o bem-bom das praias, cujas areias são finas e brancas como talco.
Algumas ilhas também abrigam os famosos hotéis com bangalôs sobre as águas que tornaram o destino famoso, a exemplo de Bora Bora e Tahaa. Outras têm desde pousadas até cinco estrelas de frente para o mar, como o Taiti e Rangiroa.
Roteiro na Polinésia Francesa
Em geral, os brasileiros que vão até a Polinésia Francesa não costumam visitar mais do que três ilhas, voltando as atenções, principalmente, para o Taiti, que é a porta de entrada do país, a vizinha Moorea e a figurinha mais carimbada de todas, Bora Bora.
Para quem tiver tempo e condições, porém, vale a pena esticar o roteiro até outras porções de terras locais. Há muitas ilhas e muitos atóis que vale ser incluídos em um roteiro na Polinésia Francesa. Neste artigo, vou dar todos os detalhes de oito destinos dos sonhos na região. São eles:
- Taiti
- Moorea
- Bora Bora
- Tahaa
- Huahine
- Tetiaroa
- Rangiroa
- Tikehau
Recomendo como roteiro básico para quem vai até lá o seguinte:
- Um ou dois dias no Taiti (apenas o que chega, o que vai embora ou ambos, por conta da logística do aeroporto).
- Três dias em Moorea.
- Três dias em Bora Bora.
- Três dias em alguma outra região – para o meu gosto, ficaria com Rangiroa e/ou Tikehau.
- Dois dias em Tetiaroa – neste caso, se puder investir, porque é bem caro se hospedar por lá.
Para escolher o melhor roteiro para você, no entanto, é hora de começar a entender melhor o que é a Polinésia Francesa e como é possível se deslocar entre os destinos que deseja visitar.
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O que é a Polinésia Francesa
Território ultramarino da França, a Polinésia é composta por 118 ilhas e atóis espalhados por cinco arquipélagos – Sociedade, Marquesas, Tuamotu, Austrais e Gambier –, que ocupam um espaço no mapa semelhante ao da Europa (embora as porções de terra sejam mínimas).
Boa parte dessas ilhas, de formação vulcânica, é circundada por um anel de corais que buscam alimento no oceano e crescem milimetricamente ano após ano, avançando sobre as águas enquanto a ilha que os originou, no interior, submerge devagar ao longo do tempo.
Essa característica geográfica dá o tom (ou os tons) do visual local, que na prática compreende em ilhas montanhosas tomadas por verde e cercadas por lagoas de água salgada com diversas matizes de azul delimitadas pelas praias de um lado e do outro pela formação coralínea, quando são interrompidas até que, do lado oposto do anel, surja o azul profundo do mar.
É bem mais fácil ver do que ler, e a vista aérea de Bora Bora é o exemplo máximo do quanto essa geografia é fascinante.
Em alguns pontos da Polinésia, a ilha principal submergiu completamente e restou apenas a barreira de corais sobre as águas, formando uma espécie de círculo com uma lagoa do lado de dentro e o mar do lado de fora. Essa é a formação característica de um atol, que quase sempre naquelas paragens abrange alguns motus, pequenas ilhotas de areia.
Tetiaroa e Rangiroa estão entre os atóis mais clássicos da região. Rangiroa, inclusive, é o maior atol do mundo com fendas que permitem a entrada de água do mar, já que a faixa de corais ali não se fecha por completo.
Como chegar à Polinésia Francesa
As opções mais recorrentes aos brasileiros para chegar à Polinésia Francesa é voar desde o Brasil com paradas em Santiago e Auckland, na Nova Zelândia; via Los Angeles ou outro destino dos EUA; ou, ainda, fazendo conexão em Paris, na França, ou outro destino da Europa.
Isso significa sempre uma viagem longa, cansativa e repleta de conexões. Mas, acredite, vale a pena.
O melhor jeito de encontrar trajetos favoráveis e com os menores preços para a Polinésia Francesa é usar um metabuscador que vasculha as ofertas de diversas companhias ao mesmo tempo, como o da plataforma Vai de Promo.
Além de facilitar a busca, o site permite pagamentos em até 10 vezes sem juros e entrega o localizador na hora que você fecha a compra, com todas as datas definidas, tudo certinho. Eu gosto muito.
Seja lá qual for a rota escolhida, o fato é que você sempre chegará à Polinésia Francesa no aeroporto internacional de Papeete, no Taiti, a capital do país. E, de lá, poderá se locomover para outras ilhas da Polinésia Francesa.
Como ir de uma ilha para outra
Dominar o deslocamento entre os destinos que deseja conhecer é um dos pontos mais importantes na hora de planejar uma viagem para a Polinésia Francesa.A partir do Taiti, você pode chegar a Moorea em transporte público de balsa, já que essas ilhas são vizinhas. Para Tetiaroa, dá para fazer tours de catamarã. Já Bora Bora e as outras regiões citadas aqui, como Rangiroa e Tikehau, ficam bem mais afastadas.
Assim, você precisará pegar um avião para chegar a elas. A Air Tahiti é a companhia que realiza voos entre diversas ilhas polinésias, sempre partindo ou passando por Papeete, no Taiti.
É possível também se deslocar em embarcações entre destinos como Bora Bora e Tahaa e até mesmo explorar algumas ilhas polinésias com iates, catamarãs ou veleiros mas, de forma geral, para o viajante comum, é melhor ter em mente que as ilhas e os atóis ficam longe uns dos outros e você precisará voar para se deslocar internamente.
Há ainda diversos navios de cruzeiros na região, mas nesse caso você não precisa se preocupar com transporte, pois eles seguem um roteiro pré-definido e param em diversos lugares.
Assim, de forma resumida – e caso você não esteja em um cruzeiro –, vale dizer que, quanto menos pinga pinga fizer, menor será o gasto, já que o transporte na Polinésia Francesa é caríssimo.
Por outro lado, viajar tanto desde o Brasil para visitar menos que três ilhas é um baita desperdício, pois muitas delas têm características distintas. Por isso, não há muito o que fazer a não ser colocar a mão no bolso.
Passes multi-ilhas
Uma dica para economizar é comprar, na Air Tahiti, um dos passes multi-ilhas que permitem voar para duas ou mais regiões da Polinésia em um período pré-estabelecido, como 28 dias. O valor varia de acordo com o pacote escolhido, mas em geral é pouco superior ao que se gastaria para fazer apenas uma viagem de ida e volta entre duas ilhas.
A partir daí, os melhores sentidos começam a se despertar apenas de ouvir nomes como Taiti, Moorea, Bora Bora, Tahaa, Tikehau… Isso é o que existe de mais lindo no mundo tropical, com paisagens de propaganda de bronzeador e uma cultura contagiante.
E a boa notícia é que, seja qual for a sua escolha, tenha a certeza de que você ficará ou num lugar fascinante, ou num espetacular, ou num inesquecível. Ou, ainda, tudo isso ao mesmo tempo.
Seguro viagem Polinésia Francesa
Outro ponto fundamental que você deve considerar na hora de fazer uma viagem tão longa, como a da Polinésia Francesa, é contratar um seguro viagem. Afinal, os custos com saúde em um lugar tão remoto podem ser caríssimos e todos estão sujeitos a imprevistos.
Minha sugestão é entrar neste comparador online, que vasculha as principais seguradoras de viagem em busca dos melhores preços, sem que você precise ficar entrando no site de cada uma delas. É uma mão na roda, eu não viajo sem fazer isso.
O grande lance é que você economiza e ainda ganha um tempão na hora de fechar o seguro viagem. Depois de fazer sua escolha, use o cupom ROTADEFERIAS20 na caixa “Cupom de desconto” e ganhe 20% de desconto.
Chip viagem Polinésia Francesa
Confesso: não consigo viajar mais sem um chip viagem internacional. Ficar conectado é imprescindível por vários aspectos: comunicação, segurança e praticidade. Nunca se sabe quando você precisará falar com alguém, consultar algum endereço, resolver algum problema ou garantir alguma reserva.
Existem várias opções no mercado, mas os serviços que eu mais gosto são o da America Chip e o chip de viagem da Seguros Promo. Primeiro porque ambos funcionam bem na maioria dos lugares (em todo o mundo), até mesmo em algumas regiões da remota Polinésia Francesa, e segundo porque o atendimento é ótimo.
Eles têm até chips virtuais (eSim), o que facilita muito a vida na hora de instalar no telefone e usar. É realmente prático. Não se esqueça de consultar os preços e contratar seu pacote antes de viajar.
Gastronomia na Polinésia Francesa
A alimentação na Polinésia tem como base o peixe, sempre servido fresco e muitas vezes cru, como no prato típico poisson cru, que leva leite de coco. Atum e mahi mahi são os pescados mais usados, mas há outras opções e muitos frutos do mar.
Frutas exóticas também fazem parte do menu, como um abacaxi superdoce, a pomme etoile, com formato de estrela, e o corossol, cujo sabor lembra o da fruta do conde. Há ainda tubérculos como o taro, espécie de batata roxa usada inclusive em um delicioso sorvete.
De uma forma geral, quase todo mundo que vai à Polinésia Francesa come nos hotéis ou nos tours realizados durante o dia.
Polinésia Francesa x Seychelles x Maldivas x Maurício
O grande diferencial da Polinésia Francesa para outros paraísos propícios a viagens românticas, como Seychelles, Ilhas Maurício e Maldivas, é o impacto cultural provocado nos turistas.
Muito receptivos, os polinésios fazem questão de mostrar suas características, recebendo os hóspedes com colares e ao som do ukulele. Em todas as ilhas, você descobrirá a importância da tatuagem para os locais (dizem que ela nasceu por lá), bem como da produção da baunilha (uma das melhores do mundo) e de pérolas negras.
Nas Ilhas Maurício, por exemplo, você também se depara com aspectos culturais encantadores, mas diferentes e conectados, sobretudo, à Índia. Seychelles tem uma pegada mais europeia e Maldivas, a única que rivaliza para valer com a Polinésia Francesa quando o assunto é cor do mar, é um destino básico de hotéis, em que você não absorve tanto as característica da população local.
Estamos falando só de lugares lindos, mas do que eu conheci, ao menos, eu fico com a Polinésia Francesa. E a partir de agora você vai entender os motivos.
8 ilhas para visitar na Polinésia Francesa
Veja alguns dos principais destinos e pontos turísticos da Polinésia Francesa que podem entrar no seu roteiro:
1 – Taiti
O Taiti, que acabou se tornando sinônimo de toda essa maravilha chamada Polinésia Francesa, é apenas a ilha que abriga a capital, Papeete, onde chegam os aviões internacionais.
Curiosamente, ela nem passa perto de ser a mais bonita, embora venha atraindo cada vez mais brasileiros graças a um nome que faz mais sucesso por lá que Pelé: Gabriel Medina.
Teahupoo
O surfista é um dos maiores ídolos de Teahupoo, ou Cho-po, como é carinhosamente chamado um vilarejo com trecho de praia de pouca beleza, mas com ondas tão perfeitas entre junho e outubro que o transformaram em point turístico.
Como surfar não é minha praia, confesso que não sabia muito bem se iria curtir um passeio realizado por lá chamado Surfari e organizado pela agência Teahupoo Tahiti. Mas, quando vi, estava fazendo a todo instante o tradicional sinal com os dedos medianos fechados e o polegar e o mindinho abertos.
Primeiramente, ao visitar uma pensão familiar simples, onde Medina costuma ficar quando vai ao país e cujo proprietário é uma figura chamada Didier Park. Entre um grito entusiasmado e outro de “Go, Medina” (vai, Medina), o anfitrião deixa claro que acha o brasileiro superior ao norte-americano Kelly Slater, lenda viva do esporte.
“Mas é fato que ele só surfa bem no Taiti por conta da receita secreta que eu uso no peixe servido no almoço”, brinca o sorridente Didier.
Muitos brasileiros reservam quartos em pousadas como essa em circuitos de surf, com o intuito de ficar perto das ondas e também pelo preço, já que as diárias com pensão completa ali são bem mais baratas do que nos tradicionais resorts polinésios.
Para quem viaje em casal e busca mais privacidade, entretanto, há opções melhores por algumas dezenas de dólares a mais por pessoa, como a simpática Vanira Lodge, cujos detalhes eu conto já, já.
De volta ao Surfari, lá estava eu em um barco na marola de Cho-po, no exato lugar em que os fotógrafos se posicionam para registrar as imagens dos surfistas. Pegar onda ali não é para qualquer um, já que elas quebram próximas a um banco de corais, longe da praia, e ajudam a alimentar a alcunha de “Altar dos Crânios” dada à região – embora esse nome venha de um conflito histórico e nada tenha a ver com surfe.
Do barco, avistei apenas um surfista no mar. E advinha de onde ele era? “Já surfei na Indonésia e na Austrália, mas isso aqui é alucinante. É um sonho”, gritou o advogado Sandro Araújo, depois de fazer algumas manobras que arrancaram aplausos (e mãozinhas com os dedinhos) de todos que estavam no barco.
Cachoeiras, caverna e canoa polinésia
É por isso que o passeio é legal mesmo para quem não conhece o esporte. E também porque ele segue para pontos do Taiti inacessíveis por terra, como cachoeiras e uma caverna onde é possível mergulhar em águas cristalinas.
De quebra, por diversas vezes se cruza com nativos remando em suas va’a, canoas típicas polinésias que colorem ainda mais a região. Basta um aceno para ganhar um sorriso em troca.
Onde ficar no Taiti
Confira minhas dicas de hotéis em Papeete, no Taiti:
InterContinental Tahiti Resort & Spa
Quase todo mundo que chega nas ilhas da Polinésia passa pelo menos uma noite no Taiti, onde fica Papeete, a capital, a fim de descansar da longa viagem de avião que vem do Chile (com parada na Ilha de Páscoa) ou de Los Angeles. O melhor hotel local é o InterContinental Tahiti Resort & Spa, que prima principalmente pela alta gastronomia.
Experimente as vieiras, os filés de atum e mahi mahi (dourado) e o poisson cru (prático típico polinésio, com peixe cru, legumes e leite de coco, semelhante um ceviche) do elegante restaurante overwater (sobre as águas) Le Lotus.
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Tem chalés grandes, que parecem casas de árvore. Alguns contam com jacuzzi. O único inconveniente é que a maioria dos funcionários fala apenas francês, o que dificulta um pouco o serviço para quem não domina o idioma.
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2 – Moorea
“Para mim, Moorea é a mais bonita de todas”, me contou o piloto de avião francês Jean Stambier, que, há 30 anos trabalhando na Air Tahiti, já sobrevoou as 118 ilhas polinésias. De fato, o lugar é lindo, com escarpas verdes e praias circundadas por lagoas azuis protegidas por recifes, com o mar escuro de um lado e águas claras do outro.
Acessível em viagens de balsa a partir do Taiti, Moorea abriga um centrinho, pousadas bacanas e casas de aluguel que valem a pena para quem viaja em grupo.
Para explorar a ilha, o ideal é alugar um carro ou uma scooter. Ou então focar em tours privados apenas nos passeios no mar, que costumam incluir almoço em motus (pequenas ilhas) e pit stops para mergulhos com arraias e tubarões.
Mergulho com arraias e tubarões
Isso mesmo. Na Polinésia há diversos tubarões de recifes, que são mansinhos e parecem posar para fotos. As arraias vão além e deslizam feito esponjas pela galera em busca dos peixinhos oferecidos pelos guias.
Avistamento de baleias e golfinhos
Para quem viaja entre agosto e outubro há um plus: fazer uma excursão para ver baleias. Enormes jubartes migram da Antártica para as ilhas do Pacífico nessa época do ano e, de barco, é possível se aproximar delas.
Com snorkel e pé de pato dá para mergulhar e fotografá-las a cerca de dois metros de distância, num momento único que mistura medo e emoção. Tudo rola com o maior respeito aos animais, tanto que não é permitido bater as pernas na água ou soltar gritinhos entusiasmados. O silêncio deixa a aventura ainda mais impactante.
Já quando aparecem os golfinhos, a história é outra. Saltitantes, eles parecem gostar quando a galera vibra. É um tal de oooooh para cá e clique para lá que não é fácil se concentrar no movimento dos animais. Mas não tem problema, pois ali quem parece estar sendo vigiado são os humanos, “presos” no barco enquanto a natureza segue o seu curso dando piruetas.
Onde ficar em Moorea
Essas são minhas dicas de hotéis em Moorea:
Hilton Moorea Lagoon Resort & Spa
Fica em uma área privilegiada e tem lindos bangalôs sobre as águas. Por isso, é um os hotéis mais disputados de Moorea.
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Um achado para quem não quer gastar como nos concorrentes e, ainda assim, ficar bem instalado. Não tem bangalôs sobre as águas, mas quartos confortáveis à beira da praia.
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3 – Bora Bora
Bora Bora é o maior sonho de consumo de quem viaja à Polinésia Francesa. Pudera: o lugar simboliza o que a região tem de mais esplendoroso, com um pico de montanha verdejante que, por teimosia, sobrevive acima do mar envolvido por águas tão azuis que nem Photoshop consegue reproduzir.
Bangalôs sobre as águas
É ali que estão os bangalôs overwater mais desejados do planeta. Eles são caros, mas espetaculares. Caso não possa passar muitas noites em um deles, tente ao menos uma. É incrível.
Não à toa, quem vai a Bora Bora acaba passando a maior parte do tempo nos hotéis, já que, além dos bangalôs e spas, eles contemplam praias privadas e lagos repletos de peixes onde dá para fazer snorkeling numa boa, mas vale a pena mesclar essas experiências com passeios pela região.
Tours de barco
O principal tour de barco em Bora Bora segue de alguns resorts para aquários naturais, onde dá para mergulhar livremente em meio a centenas de peixes e tubarões galha-preta e limão (ambos bonzinhos). Em certo ponto da lagoa, é possível brincar na água rasinha com arraias-lixa, que aceitam até beijos.
Os programas de dia inteiro incluem paradas para almoço em motus, onde são servidos peixes saborosos e pratos típicos da Polinésia. Em alguns deles se encontram tikis, estátuas de pedra semelhantes aos moais, da Ilha de Páscoa.
Mas o melhor mesmo são as apresentações de cultura típica, com música e danças, e os momentos de relaxamento, perfeitos para contemplar a beleza estonteante da região.
Veja informações e valores do tour de barco com snorkel com tubarões e arraias em Bora Bora.
Onde ficar em Bora Bora
Veja minhas dicas de hotéis em Bora Bora:
Os casais em viagens românticas ou lua de mel para as ilhas da Polinésia costumam se deliciar no Four Seasons Resort, melhor hotel de Bora Bora e cujos bangalôs overwater se descortinam sobre a lagoa bem de frente para o Monte Otemanu, símbolo da ilha.
Dentro deles há pequenas faixas transparentes no piso, pelas quais é possível avistar, com alguma sorte, peixinhos coloridos. Mas melhor que isso é seguir até o terraço privativo (alguns deles com piscina), onde uma escada dá acesso direto às águas translúcidas.
Mimos não faltam ali. De amenities da L’Occitane substituídos diversas vezes por dia nas acomodações ao spa com lindas áreas de relaxamento. Até mesmo luaus são preparados ao som do ukulele, assim como jantares a dois em um pequeno motu. Não à toa, celebs como Justin Bieber já deram as caras por lá.
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The St. Regis Bora Bora Resort
No The St. Regis Bora Bora Resort, 77 das 90 acomodações ficam sobre as águas. Todas elas contam com mordomo privativo e circundam três motus (pequenas ilhas de areia), onde ficam as áreas comuns do hotel, incluindo uma praia onde é possível andar de caiaque e fazer stand up paddle em águas que parecem de vidro, de tão transparentes.
Dos bangalôs à piscina com vista para o Monte Otemanu, o resort mima o hóspede com carta de coquetéis assinados, uma butique Bridal e uma excelente praia.
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4 – Tahaa
De Bora Bora é fácil chegar à vizinha Tahaa, ilha que tem condições geográficas semelhantes e é abraçada por uma linda lagoa azul. De quebra, ela está ao lao da ilha de Raiatea, onde fica o aeroporto local e os altares de sacrifícios mais sagrados das antigas tribos polinésias, tombados como Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
Jardim de corais
É em Tahaa que fica o melhor jardim de corais para fazer snorkel da Polinésia. Há diversas espécies de peixes na área, de todas as cores, que por vezes chegam a envolver os mergulhadores. Tudo isso de graça. É só mergulhar no rasinho e pronto.
Para quem não quiser ir até lá, uma forma prática de ao menos observar a ilha de longe é fazer um passeio de catamarã ao pôr do sol que parte de Bora Bora e passa perto dela. O visual é inesquecível.
Onde ficar em Tahaa
A ilha conta com boas opções de hospedagem. As que conheci foram as seguintes:
Os chalés de madeira são bonitos e espaçosos e o lugar tem uma baita vibe, com um amplo espaço de confraternização voltado para a praia. O que faz falta é o ar-condicionado.
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O hotel mais luxuoso da ilha tem bangalôs sobre as águas e, de quebra, fica ao lado do jardim de corais que é o grande ponto turístico de Tahaa.
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5 – Huahine
Das ilhas que visitei, Huahine é a mais “comum”, se é que se pode dizer isso de qualquer porção de terra da Polinésia Francesa. O local oferece boas ondas para os fãs de surfe, sobretudo nas praias de Fitii e Fare, que são bem mais tranquilas do que as de Teahupo’o, no Taiti.
Cavalgadas
Ali também dá para visitar a La Petite Ferme, onde são organizadas cavalgadas para explorar a ilha. O trajeto passa pela lagoa, pela montanha e por belas praias locais.
Raiatea
O único problema é que Huahine não conta com grandes opções de hospedagem. A ilha, cercada por uma barreira de corais que forma uma linda lagoa azul e dá acesso de barco a Raiatea, local sagrado para os nativos por ser considerado o berço da civilização polinésia.
Eis aí mais um lugar perfeito para você imergir na cultura polinésia, sentir o perfume da tiaré, escutar o som do ukulele e desfrutar do destino mais espetacular do mundo com mimos capazes de deixar até o poderoso chefão com inveja.
Onde ficar em Huahine
Passei uma noite em Huahine e fiquei no seguinte hotel:
Tem quartos amplos e uma bela lagoa, onde é possível andar de caiaque. O serviço é apenas mediano, mas ainda assim é uma das melhores opções de hospedagem na ilha.
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6 – Tetiaroa
No aeroporto do Taiti há um hangar privativo para os hóspedes do The Brando, com um lounge repleto de sofás de couro branco para quem deseja tomar café com conforto e wi-fi de alta velocidade à disposição. O trajeto até Tetiaroa, a ilha em que ele fica e toma conta, é realizado em aviões para até oito pessoas, dura 20 minutos e não custa nada para quem se hospeda por pelo menos três noites no hotel.
Inaugurado em 2014, exatos dez anos após a morte de Marlon Brando, o primeiro dono da propriedade, o resort é uma síntese do que a Polinésia Francesa tem de mais esplendoroso.
Ao todo, são 35 villas com piscina espalhadas por praias privadas, com areias brancas e finas tal como talco, cercadas pelas águas cristalinas e pinceladas de azul da lagoa protegida pelos corais.
De algumas hospedagens é possível ver o nascer do sol, enquanto outras são voltadas para o poente do astro-rei. Um lado tem águas mais tranquilas, estilo piscininha, perfeitas para quem viaja em família ou só quer saber de relaxar. No outro, a presença de corais é mais próxima da praia, o que atrai peixinhos coloridos.
Esse ambiente de exclusividade – afastado de qualquer paparazzo – atrai famosos do mundo todo, como o tenista Rafael Nadal e o ator Leonardo DiCaprio, que já esteve diversas vezes em Tetiaroa.
Resort all inclusive
Independentemente da fama e da villa escolhida, todos os hóspedes do The Brando usufruem de um sistema all-inclusive de rara qualidade. Isso significa ir além dos pratos e vinhos selecionados (apenas os premium são cobrados à parte, sendo que a maioria dos inclusos são da região espanhola de Rueda) servidos nos restaurantes com cardápio assinado por Guy Martin, um estrelado chef francês.
O pacote inclui ainda uma massagem diária por acomodação no belíssimo Varua Te Ora Polynesian Spa, incrustado entre plantas tropicais e com estruturas que remetem a grandes ninhos de pássaros.
Isso sem contar bicicletas em todas as villas, atividades aquáticas como canoagem e stand up paddle e um tour por dia pelos arredores, onde é possível fazer snorkeling e mergulho com cilindro em meio a peixes, tartarugas, golfinhos, baleias, cavalos-marinhos, arraias e inofensivos tubarões.
Sustentabilidade
Também é possível agendar passeios com biólogos para conhecer o ecossistema de Tetiaroa, já que o The Brando é um dos hotéis mais sustentáveis do planeta. Atender a essa condição foi uma exigência imposta pelos familiares de Marlon Brando ao autorizar a construção do lodge.
Ocorre que o ator era apaixonado pela natureza local e muitos dos conceitos aplicados no hotel partiram de suas ideias. O sistema que bombeia a água gelada do fundo do mar para o ar-condicionado funcionar, por exemplo, nasceu a partir de um projeto de Brando.
7 – Rangiroa
Taiti, Moorea, Bora Bora, Tahaa, Huahine e Tetiaroa ficam no arquipélago da Sociedade, o mais turístico da Polinésia Francesa, mas vale a pena visitar ao menos outro conjunto de ilhas polinésias durante uma viagem pela região: Tuamotu.
É lá que ficam Rangiroa e Tikehau, dos lugares dos sonhos, além de Fakarava, como patrimônio mundial da Unesco pela farta vida marinha que eu, infelizmente, não consegui visitar.
De qualquer forma, valeu cada segundo esticar uma das minha viagens na região para o atol de Rangiroa, que está a apenas uma hora de voo do Taiti. Nele, os hotéis e pequenas comunidades locais se espalham pelos motus da barreira coralínea que circunda uma lagoa com quase 80 km de largura, formando um visual único.
Mergulho
Algumas fendas que permitem o encontro da água do mar com a lagoa fazem da região um dos pontos de mergulho mais desejados do planeta. A passagem mais famosa é a de Tiputa, onde quem tem certificado de scuba dive é arrastado pela correnteza por cerca de 1 km em meio a uma rica fauna marinha.
Em novembro e dezembro, golfinhos surgem por lá e acompanham os mergulhadores, permitindo até que se passe a mão neles, como cãezinhos domesticados.
Passeios de barco
O bom é que quem não mergulha também aproveita bem a viagem para Rangiroa. Isso porque é possível observar o balé dos golfinhos em passeios de barco e, próximo a Tiputa, fazer snorkeling em um aquário natural com milhares de peixes.
Os cardumes são tão fartos que, ao saltar do barco, você terá a sensação de pular numa piscina de peixinhos coloridos. Os corais coloridos enfeitam as águas azuis e fazem a festa do visitante, que ainda tem o prazer, ao retornar à embarcação, de ouvir o guia tocar ukulele e contar boas histórias sobre a região.
Onde ficar em Rangiroa
Vou deixar aqui duas dicas de hotéis em Rangiroa:
Quem opta por ficar no principal resort de Rangiroa, o Kia Ora, usufrui de bangalôs com piscina (alguns deles com praias privativas ou overwater) e passeios em canoas típicas polinésias, as va’a.
Além disso, promove tours pela lagoa, que também tem uma área chamada Blue Lagoon, onde é possível fazer snorkeling em meio a peixes e tartarugas entremeados por uma refeição típica preparada e servida em um motu.
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Durante a temporada de golfinhos, quem se hospeda próximo a Tiputa, como no hotel-butique Les Relais de Joséphine, pode ver os mamíferos saltando da sacada do quarto. O local oferece ainda uma das gastronomias mais refinadas do atol.
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8 – Tikehau
De volta à aula de geografia, um atol é uma espécie de anel formado por corais que podem ser largos o suficiente para abrigar vilarejos. Do lado de fora está o mar azul-escuro. Dentro, águas represadas que formam lagoas cristalinas pontuadas por motus. Do alto, não há nada mais bonito no Pacífico Sul. Isso compensa até o preço salgado da passagem, já que o voo acaba se tornando uma atração.
Foi assim que, de boca aberta, desembarquei em Tikehau, onde fui recebido por locais tocando ukulele, mulheres de pele morena com tiarés nas orelhas e a turma do transfer que me levaria à pousada distribuindo colares de conchas. Como já tinha passado por Taiti, Moorea, Bora Bora e Tahaa, entre outras ilhas, não imaginei que poderia me surpreender. Ledo engano.
Tikehau é um daqueles lugares que faz você ter vontade de largar tudo e viver ali, dormindo na rede e pescando o próprio peixe. Não consegui contar os tons de azul no passeio de barco, mas vi o suficiente para me encantar para sempre.
Tour pela lagoa
O tour pela lagoa é o passeio mais tradicional de Tikehau e pode ser contratado em agências locais ou no próprio hotel.
Inclui cinco paradas: mergulho com arraias manta, as maiores do mundo; na cênica Ilha dos Pássaros, com quatro espécies de aves que pouco se importam com a presença dos visitantes; no Éden, como eles chamam um pequeno motu em que desenvolveram estufas para cultivar uma horta orgânica; numa praia de areia rosa que, na verdade, é branca como qualquer outra; e finalmente numa ilhota onde é servido o almoço.
É nessa última que rola o momento mais especial, já que o barco fica atracado por cerca de três horas. Tempo suficiente para mergulhar, boiar, fazer fotos e, por que não, contar os tons de azul que se multiplicam feito grãos de areia.
Aqui e ali, peixinhos aparecem em busca de alimentos, bem como pequenos tubarões. Há quem vá caminhar, aprender a abrir cocos ou nadar até o motu em frente para se estender na areia.
Não lembro quanto tempo fiquei ali quieto, sentado, apenas observando aquele lugar maravilhoso. Definitivamente a Polinésia Francesa é um sonho que todo mundo deveria realizar um dia na vida.
Onde ficar em Tikehau
Veja detalhes do hotel em que fiquei em Tikehau (aqui, há outras opções):
Tem oito bangalôs amplos com vista para o mar e uma hospedagem acolhedora do ex-surfista profissional Chris O’Callaghan.
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O que você precisa saber antes de ir à Polinésia Francesa
Quando planejo minhas viagens para destinos remotos, como a Polinésia Francesa, recorro a uma série de ferramentas de auxílio antes mesmo de fazer as malas. Assim, consigo comprar passagens aéreas mais baratas, alugar carros e reservar hotéis, bem como passeios, transfers e ingressos para atrações, com mais segurança e pagando menos.
É imprescindível também fazer um seguro viagem e comprar um chip de internet. Assim, você evita os gastos absurdos cobrados com saúde no país, caso algo fuja do previsto, e consegue usar internet ou telefone para se comunicar com quem está no Brasil, checar e-mails, postar fotos no Instagram, usar o WhatsApp e tudo mais.
De quebra, vale a pena comprar um pouco de dinheiro do país que você visitará. Pode ser em espécie ou em cartão, mas não viaje sem nada.
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Já fez a reserva da passagem aérea?
Para não ficar perdendo tempo entrando em um monte de site de companhia aérea, uso a plataforma Vai de Promo na hora de comprar passagens. Gosto dela pelo fato de indicar as principais rotas disponíveis e listar, de forma automática, os melhores preços.
Onde ver preços: Vai de Promo
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Sabe onde ficará hospedado?
Uma boa dica para encontrar hotéis e consultar avaliações de quem já foi é usar o Booking.com. O site tem sempre boas ofertas e permite fazer reservas de forma prática e rápida. Eu indico, sobretudo, hotéis, pousadas e casas de aluguel que permitem pagamento apenas na chegada ao destino.
Onde ver preços e avaliações: Booking.com
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Já garantiu o seguro viagem?
Indico de longe a plataforma da Seguros Promo, um metabuscador que vasculha as principais seguradoras de viagem do Brasil em busca dos melhores preços, sem que você precise ficar entrando no site de cada uma delas. Assim, dá para economizar e ainda ganhar um tempão. Use o cupom abaixo para garantir descontos.
Onde consultar: Seguros Promo (cupom ROTADEFERIAS15 para 15% de desconto)
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Pediu o eSim ou chip viagem para usar internet ilimitada?
Jamais deixo de adquirir um eSim ou chip viagem internacional, que permite acesso à internet durante o passeio. O custo proporcional à viagem é superbaixo, e o serviço, ótimo. Testei várias opções e costumo usar os chips da Seguros Promo, que têm ótimo atendimento e nunca me deixam na mão. Vale a pena consultar também as ofertas da America Chip. Ambos, inclusive, têm planos de eSim.
Onde pedir: Seguros Promo (cupom ROTADEFERIAS15 para 15% de desconto) e America Chip (cupom ROTADEFERIAS para 10% de desconto)
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Vai alugar carro? Reserve com antecedência
Uma das escolhas mais difíceis na hora de viajar é identificar o meio de transporte que usará no destino. Se a ideia é alugar carro, a dica é sempre fazer reserva com antecedência. Sugiro o comparador online da Mobility que, com uma única pesquisa, exibe os melhores valores de locadoras confiáveis. Vale a pena.
Onde reservar: Mobility
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Precisa comprar dólar, euro ou outra moeda? Cote aqui
Nunca viajo sem ao menos um pouco de dinheiro do país para o qual estou indo, seja em espécie, seja em cartão. Minha dica para comprar moeda estrangeira é a Confidence, pois eles são uma das casas de câmbio mais respeitadas do mercado. Eu gosto muito do fato de eles fazerem delivery e entregarem tudo em casa, mas também dá para ir buscar nas lojas físicas. Tem várias disponíveis no Brasil.
Onde cotar: Confidence
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Reservou os ingressos das atrações?
Não tem nada mais frustrante do que viajar e não conseguir entrar numa atração por falta de reserva. Por isso, ao definir meus roteiros, garanto tudo com antecedência. Existem ótimos serviços, como GetYourGuide e Civitatis, que oferecem não apenas tíquetes de pontos turísticos, mas também de eventos, parques temáticos e até mesmo transfers.
Onde reservar: GetYourGuide e Civitatis
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