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Lua de Mel

Os luxos de Seychelles, o quintal de Adão e Eva

Os luxos de Seychelles, o quintal de Adão e Eva

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Chamar algum lugar de paraíso é algo tão batido no universo do turismo que o ideal é deixar a expressão de lado. Toda regra, porém, tem uma exceção. E, nesse caso, ela atende pelo nome de Seychelles, arquipélago africano situado no Oceano Índico. Afinal, é lá que fica o Vallée de Mai, um enorme jardim com árvores endêmicas (originárias e que só se desenvolvem por lá) que, segundo os nativos, teria sido o palco do lendário Jardim do Éden.

Para fazer jus à fama, Seychelles concentra também algumas das praias mais fascinantes do mundo, todas elas banhadas por águas azuis de tons proeminentes que podem ser admiradas a partir das varandas com jacuzzis e piscinas de borda infinita de alguns dos resorts mais exclusivos do planeta. Por ser um lugar extremamente caro e pouco conhecido – você já tinha ouvido falar? –, o arquipélago se transformou em uma espécie de oásis para as celebridades. Ali, no meio do nada – e bem longe dos paparazzi –, atores, modelos, cantores, atletas e políticos encontram um refúgio de paz absoluta, onde é possível relaxar afastado dos holofotes e ser mimado com regalias que poucos hotéis no mundo são capazes de oferecer.

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O ator George Clooney e a advogada britânica Amal Alamuddin, por exemplo, ficaram noivos em Seychelles em abril de 2014. Antes de viajar para lá, provavelmente fizeram como eu e digitaram o nome do país no Google Maps. Após um senhor zoom, uma ilha surgiu na tela. Trata-se de Mahé, a maior e principal entre as 115 pequenas porções de terra cercadas por mar de todos os lados que compõe o arquipélago. Ao reduzir o zoom, eu, Clooney e sua noiva nos vimos ao norte da ilha de Madagascar, próximo ao continente africano, na imensidão do Oceano Índico.

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As águas azuis do Índico envolvem o arquipélago de Seychelles

Mahé, a tal ilha que agora virou apenas um pontinho minúsculo no mapa, abriga a simplória capital seychellois (pronuncia-se seicheloá), Victoria. É lá que fica o aeroporto que tanto eu quanto o príncipe britânico William e sua esposa Kate Midlleton pousaram ao chegar à região. Com todos os lugares do mundo aos seus pés, Kate e William, feito Adão e Eva, escolheram Seychelles para passar a lua de mel em 2011, e para lá rumaram a bordo do avião real. Eu, pobre plebeu, fui em um avião mais simples, com um grupo de jornalistas. Mas aproveitei como nunca meus dias de príncipe.

A suíte dos príncipes

Tenha você sangue azul ou não, saia de casa com uma certeza: para curtir Seychelles para valer é preciso ter muita din din no bolso. Por isso, o destino pode funcionar bem como a cereja do bolo de uma viagem para outro país, como Abu Dhabi, Dubai ou África do Sul. Três dias por lá são suficientes para tornar sua viagem inesquecível, acredite.

Uma vez no arquipélago, faça como Fernando Collor, que vivia por lá quando ainda era presidente do Brasil: escolha um hotel luxuoso para ficar e limite-se a curtir as atividades que rolam lá dentro, bem como os tours para as ilhas de Praslin (pronuncia-se Prála) e La Digue oferecidos pelo próprio complexo. Você não irá se arrepender, tampouco ficar entediado, já que os grandes resorts seychellois são figurinhas carimbadas nas listas das melhores hospedagens do mundo.

Paulo Basso Jr.
Seychelles é famosa pelas tartarugas gigantes, que pesam até 250 kg

Contratar uma agência e perambular de barco entre as ilhas do arquipélago pode ser um erro. Isso porque, a não ser que você seja um marinheiro experiente, provavelmente irá passar mal com o balanço das águas. Em terra, no máximo faça um tour até Victoria, a capital do país, que pode ser visitada rapidamente. Afinal, não há muito que encontrar por lá a não ser um mercado simples de temperos e artesanatos, uma réplica baixinha e prateada do Big Ben (símbolo da colonização britânica do país), um jardim botânico sem graça e uma vistosa igreja hindu.

Vale bem mais a pena aproveitar o tempo nas praias, mesmo porque não faltam boas opções no pedaço. Para quem não tem dó do bolso e pretende se isolar do resto do mundo, o esquema é seguir de helicóptero para uma das ilhas-resorts do país. Foi isso o que fizeram Kate e William quando chegaram a Seychelles, assim como Ivete Sangalo. A cantora brasileira se hospedou na badalada Fregate, enquanto os príncipes seguiram para North Island.

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Villa da luxuosa North Island, em Seychelles

Esta última abriga 11 villas na beira da praia, cada uma delas devidamente escondidas por palmeiras e muitas outras árvores que garantem a total privacidade. Construídas com materiais locais, reaproveitados durante um processo de revitalização da ilha para proteger a flora da região, as acomodações têm 450 metros quadrados. Três diárias, o tempo de permanência mínimo, não custam menos de € 7.500. Uma pechincha.

Dentro delas, uma área central, com sofás brancos, mesas e cadeiras, separa duas suítes com ambientação rústica – tão grandes que, durante a noite, juro que me perdi no caminho entre o quarto e o banheiro. Os chuveiros ao ar livre com a água escorrendo de canaletas de madeira, a jacuzzi, a cozinha superequipada e os futons espalhados pelo jardim são apresentados pelo mordomo particular assim que você acessa a villa – mas não antes de tomar uma taça de champanhe Ruinart e provar queijos finos ou espetinhos de frutas frescas.

Você é quem manda

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Vista aérea da ilha-hotel North Island, em Seychelles

Cerca de 120 funcionários tomam conta da North Island, que recebe no máximo 44 hóspedes (quatro por villa) por vez. A estes é oferecido… tudo. Isso mesmo: o intuito do resort é que, uma vez hospedado ali, você pode ter o que quiser. Basta chamar o mordomo, o chef ou qualquer membro do staff e dizer o vinho que pretende tomar, como deseja que suas roupas sejam arrumadas, o lugar onde gostaria de jantar (pode ser em qualquer parte da ilha) e por aí vai. Caso algum produto solicitado não esteja no menu, eles darão um jeito de ir buscar. Na hora – e cobrando horrores à parte, é claro!

Com todas essas mordomias à disposição, os bacanas que vão à ilha-resort pode fazer trilhas, mergulhar no mar azul, avistar pássaros (como os enormes morcegos típicos do arquipélago – não se preocupe, eles só comem frutas e não estão nem aí para o seu sangue), caminhar na praia, andar de caiaque, se lançar em cruzeiros ao pôr do sol e o que mais sentir vontade. Tudo isso sem sequer encontrar ninguém pela frente, já que é muito terreno selvagem para pouca gente.

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Piquenique romântico em North Island, Seychelles

Por isso, talvez, o lugar seja um dos mais requisitados em Seychelles por quem deseja investir todas as economias na hora de escolher o destino da lua de mel ou pedir a mão da cara-metade em casamento. Para os pombinhos, ou mesmo quem viaja em família, bicicletas e carrinhos de golfe são oferecidas na hora de perambular de um canto para o outro do resort.

Foi a bordo de um desses carrinhos, inclusive, que eu saí à caça das tartarugas gigantes que vivem por lá. Apontados como os seres vivos mais antigos do mundo, capazes de atingir cerca de 200 anos, os “bichinhos” de até 250 quilos podem ser vistos em muitos pontos de Seychelles, geralmente em cativeiros. Em North Island, porém, eles ficam soltos. Afinal, como hóspedes da ilha, eles também tiveram os seus desejos atendidos.

O aroma do spa

Para quem pretende ficar mais perto da civilização, Mahé também abriga hotéis que são puro charme. É o caso do Four Seasons, encarapitado em uma baía com praia particular vigiada de perto por um pequeno morro no qual se projetam villas e residências privativas.

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Piscina de uma das villas do Four Seasons de Seychelles

As acomodações mais desejadas (com diárias acima de € 1.000) são as que dão vista para a faixa de areias finas e brancas banhada pelo mar pontuado de corais – os grandes responsáveis por aquele azul que nem Photoshop consegue imitar. É difícil deixar para trás a banheira com vista panorâmica, o chuveiro ao ar livre com amenities da L’Occitane e a piscina de borda infinita que se debruça sobre a varanda do quarto, mas o fato é que há muito o que fazer no hotel. E quase tudo, claro, gira em torno das desejadas águas do Índico.

Na praia, espreguiçadeiras se esparramam até o canto direito do resort, onde se encontra uma base náutica. Ali, dá para apanhar caiaques ou paddles e se lançar no mar. Tudo isso incluso no preço da diária.

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Ioga na praia particular do Four Seasons

Eu preferi mergulhar de snorkel, ao lado de uma instrutora, próximo às pedras que delimitam a baía. Foi então que descobri um santuário de peixes coloridos com os mais variados tamanhos vivendo naquele mar cristalino – de bobos eles não têm nada. Com sorte, enguias, tartarugas-marinhas e até mesmo inofensivos tubarões-baleia podem passar bem pertinho de você. Por isso, se tiver uma máquina fotográfica aquática, não hesite em levá-la.

Entre uma atividade e outra, os hóspedes do Four Seasons podem provar delícias gourmet, como os frutos do mar com temperos creóles e orientais servidos nos dois restaurantes do hotel, o ZEZ e o Kannel. Ou então arriscar passos de danças típicas africanas no lounge com música ao vivo que fica ao lado da praia e pega fogo à noite – principalmente depois do incentivo de algumas doses do rum Takanaka, a bebida mais popular de Seychelles.

Essa jornada “exaustiva” leva muita gente a relaxar por algumas horas no spa do resort, composto por salas envidraçadas e individuais dispostas na montanha. Aulas de ioga e tratamentos inspirados em técnicas orientais são aplicados enquanto você observa o mar e sente o aroma de óleos escolhidos a dedos, quase implorando para que aquele momento não acabe nunca.

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Spa do Banyan Tree, em Seychelles

A sorte é que, para quem viaja com grana para Seychelles, lampejos de vitalidade como esse podem se repetir a qualquer instante. Vizinho do Four Seasons, o Banyan Tree, outro resort luxuoso de Mahé, por exemplo, também tem no spa o seu grande trunfo. Lá, as terapias são aplicadas em quiosques com as laterais abertas, situados no morro de frente para a praia. Uma vez ali, deitado na cama, com o som do mar ao fundo, os lençóis finos movendo-se ao vento e o aroma suave de laranja exalado pela toalha que repousa delicadamente sobre os olhos, fica fácil entender o quanto é bom viver a vida para quem tem e sabe gastar bem o seu dinheiro.

A praia mais bonita do mundo

Primeiro cinco estrelas com villas construído em Mahé, o Banyan Tree tem massagistas treinadas na Indonésia e chefs com especialização na Tailândia. Por isso, faz todo sentido os pratos servidos no restaurante oriental Chez Lamar serem divinos – quando estiver lá, peça o sorvete de coco de sobremesa e me agradeça para o resto da vida pela dica.

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Piscina com borda infinita do Banyan Tree, em Seychelles

Debruçadas sobre uma praia linda (eu sei, mais uma, mas é que todas as faixas de areia em Seychelles são assim), as villas do hotel contam com piscina privativa, saída exclusiva para a praia – onde repousam duas espreguiçadeiras – e uma série de outras particularidades que fazem delas um cantinho perfeito para quem viaja a dois.

É fato, porém, que, embora a piscina de borda infinita do hotel seja deslumbrante e alguns golfinhos possam dar o ar da graça a qualquer momento nas águas que banham a praia particular do Banyan Tree, uma hora você irá querer sair de lá para respirar outros ares. Aí, a dica é seguir para a marina da ilha artificial Eden Island, onde é possível fazer passeios de barco a vela, ou requisitar o tour de helicóptero ou iate que parte para a ilha de La Digue, a cerca de 15 minutos de voo (45 minutos de barco) de Mahé.

La Digue é o palco da Anse Source d’Argent, praia que já foi eleita pela National Geographic como a mais bonita do mundo. Para chegar até ela, é preciso subir a bordo de jardineiras e rodar por cerca de 10 minutos por um trajeto simples, no qual é possível avistar – e sentir o aroma de – algumas plantações de baunilha.

Paulo Basso Jr.
La Digue, em Seychelles, é uma das praias mais bonitas do mundo

Depois, é hora de caminhar por uma trilha levinha tomada por pedras enormes e com formatos proibitivos que revelam, aqui e ali, pequenos trechos de areia e árvores com troncos retorcidos praticamente na horizontal em direção ao oceano. Elas parecem ter sido desenhadas à mão para desviar os olhos do visitante para o que Anse Source d’Argent tem de melhor: as águas azuis claras, mornas e translúcidas que a banham, onde você encontra peixinhos coloridos a dois metros da faixa de areia, tomada por conchinhas.

O Jardim do Éden

La Digue fica a 15 minutos de barco de Praslin, outra ilha que não pode faltar no roteiro por Seychelles. Bem maior que a vizinha, Praslin é dona de um lindo litoral, onde se destaca a Anse Lazio, praia margeada por árvores com troncos inclinados, algumas pedras na extremidade e um mar que, sob o sol, revela tons de azul que você provavelmente nem sonhava existir. A estrutura do pedaço também é um pouco melhor, o que o torna mais frequentado que as faixas de areias vizinhas.

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Vallée de Mai, o Jardim do Éden de Seychelles

Uma vez lá, você pode até achar que está no céu, mas para chegar mais perto dele é preciso rodar até o Vallée de Mai, aquele que os nativos garantem ter sido o lugar bíblico retratado como o Jardim do Éden. No vale, árvores com troncos enormes guardam o coco-de-mer, fruto típico de Seychelles e que tem como característica uma casca interna que lembra uma nádega.

O Vallée de Mai é um dos dois points de Seichelles considerados como Patrimônio da Humanidade pela Unesco – o outro é o atol de Aldabra, santuário de tartarugas gigantes localizado a cerca de 1.000 km ao sudoeste de Mahé. Quando caminhava em meio a suas árvores exuberantes, resolvi fazer uma foto abraçado à casca do coco com cara de bundinha e postá-la no Facebook, daquelas só para provocar os amigos, sabe? E foi assim, com um pecadinho de leve, que eu me despedi do paraíso.

Esta reportagem foi originalmente publicada na revista Viaje Mais, da Editora Europa, parceira do Rota de Férias.





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