Notícias

Onde tomar a melhor ginjinha de Lisboa

Quem viaja a Lisboa costuma voltar com um bocado de boas recordações para casa, entre as quais duas se destacam: a primeira é que poucos lugares do mundo recebem com tanta simpatia os turistas. E a segunda é que não dá para passar pela capital portuguesa sem provar ao menos um gole de ginjinha, uma das bebidas típicas mais populares do país.

LEIA MAIS: O QUE FAZER EM CASCAIS E ESTORIL
O QUE FAZER EM SINTRA

Tudo isso se misturou quando lá estive recentemente e, descendo uma escadaria que liga o Chiado à região da Baixa, atrás do Museu Arqueológico do Carmo, entrei em uma portinha despretensiosa, sobre a qual uma placa indicava o nome do local: Ginjinha do Carmo. Faltava pouco para o almoço e, sabe como é, para abrir o apetite, achei que valia a pena tomar uma dose da bebida feita a partir da ginja, frutinha semelhante à cereja, e que leva ainda aguardente (muitas vezes caseira), açúcar e pau de canela.

A funcionária, simpática que só ela, completou com um líquido vermelho-escuro um daqueles copos pequenos, muito usados no Brasil para servir pinga. A dose também podia vir no copinho de chocolate, que dispensei.

Dei um pequeno gole para sentir o sabor e, hmm, que delícia. Docinho, mas com o teor de álcool (geralmente em torno de 23%) pronunciado. Foi o bastante para virar o shot de uma vez e querer mais.

Daniela Piffer
Ginjinha do Carmo, em uma das escadarias que liga o Chiado à Baixa, em Lisboa

Estava pronto para partir para a segunda rodada quando comecei a bater papo com a moça. Sorridente, ela me explicou que muito se lê sobre a ginjinha de Óbidos, pois a bebida seria originária dessa linda cidade portuguesa, mas que as melhores versões estão hoje nas pequenas tascas de Lisboa.

“E não falo apenas sobre a que sirvo. Depois da Ginjinha do Carmo, tem pelo menos mais duas que você precisa experimentar: A Ginjinha, a mais antiga da cidade, e a Sem Igual, a segunda melhor. A primeira é a minha, claro”, riu como quem sabe o que está falando.

Vendo meu interesse, ela tomou um guardanapo nas mãos e começou a desenhar o “mapa das melhores ginjinhas de Lisboa“. Todas ficavam próximas dali e daria para visitá-las em uma caminhada de menos de 10 minutos. Eba.

LEIA MAIS AS MELHORES COMIDAS E BEBIDAS PARA PROVAR EM OUTROS PAÍSES
CURTA A NEVE NA ÚNICA ESTAÇÃO DE ESQUI DE PORTUGAL

Almoço às favas, lá fui eu fazer o tour das ginjinhas. A primeira parada se deu na famosa Praça do Rossio, mais precisamente no Largo São Domingos, pertinho da igreja homônima, também chamada de Igreja Queimada (um templo com história e visual espetacular, por sinal).

Ali encontrei A Ginjinha, um lugar simples e acanhado. Trata-se de um simples balcão, na verdade, com uma placa em frente à porta que conta a história de Espinheira, o galego que, em 1840, fundou o primeiro estabelecimento que começou a vender a bebida em Lisboa. Mais convidativo que isso, impossível.

A Ginjinha, primeiro estabelecimento a vender a bebida em Lisboa

Cotovelo devidamente apoiado no balcão, pedi ao atendente – um senhor magro e de bigode – uma dose, prontamente servida a partir de uma garrafa repleta das frutinhas. Dessa vez, quis experimentá-las. Tirei uma do copo e mordi um pedaço. Argh! Não gostei.

A bebida, felizmente, é bem melhor que a fruta. E assim provei o líquido hoje batizado de “Espinheira”, ligeiramente mais adocicado que o da Ginjinha do Carmo. Gostoso, mas um pouco inferior ao concorrente, na opinião absolutamente leiga deste jornalista viajante.

Era hora então de ir para a Sem Igual conferir se o nome fazia jus à fama. Dei de frente com mais um lugar pequeno na Rua das Portas de Santo Antão, nº 7, a cerca de dois minutos da A Ginjinha, se tanto. Tradicional, o local funciona, pelo menos, desde 1890, conforme algumas fotos comprovam.

Paulo Basso Jr.
A fachada puída da Sem Igual, que serve uma das melhores ginjinhas de Lisboa

Ali, há duas bebidas muito desejadas: a ginjinha Sem Igual e o licor Eduardino, feito em homenagem a um famoso palhaço de Lisboa, que em outros tempos misturava ginjinha a anis antes de entrar no palco. A pouco singela decoração destaca garrafas e notas de dinheiro do mundo inteiro, inclusive do Brasil, espalhadas nas paredes que envolvem o balcão e em armários de vidro e madeira escura ou pintada de verde-bandeira.

O que me interessava, porém, era a ginjinha, ora pois, e assim tratei logo de pedir uma. Já mais “experiente”, sorvi com cuidado a bebida servida no copinho. Considerei-a equilibrada em relação às concorrentes, não tão doce, não tão amarga. Vale a visita, sem dúvida.

LEIA MAIS O QUE FAZER NO PORTO: ROTEIRO DE 3 DIAS
O QUE FAZER NO VALE DO DOURO: ROTEIRO DE 3 DIAS

Três copinhos depois das melhores ginjinhas de Lisboa, finalmente me rendi ao almoço, pois o apetite estava mais que aberto. Bacalhau, sardinha, leitão, pastel de nata, aquela coisa toda…

No dia seguinte, a programação era longa, mas espremi o tempo para voltar a ao menos um dos estabelecimentos e tomar uma última dose antes de me despedir da cidade. E assim fui à Ginjinha do Carmo. Afinal, eles tinham me comprado não só pelo sabor, mas também pela simpatia, essa marca tão característica da capital portuguesa, com certeza.


planeje sua viagem


Chip viagem

Reserva de hotéis

Encontre a melhor opção de hospedagem para você

RESERVE AQUI

BOOKING

Chip viagem

Passagens aéreas

Os melhores preços para viajar no Brasil e no mundo

COMPRE AQUI

VAI DE PROMO

Chip viagem

Seguro viagem

Pesquise várias seguradoras e ganhe 15% de desconto

CONTRATE AQUI

SEGUROS PROMO

Chip viagem

Chip viagem

Acesse internet e telefone de qualquer lugar do mundo

CONFIRA AQUI

AMERICA CHIP