Ver a aurora boreal é uma experiência que exige planejamento e preparo físico. Como o fenômeno só ocorre na parte Norte do planeta, em regiões extremamente frias, é necessário estar pronto para encarar temperaturas baixas e percorrer diferentes terrenos em caminhadas ao ar livre.

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Como se preparar fisicamente para ver a aurora boreal

Felipe Kutianski, professor de educação física especialista em fisiologia do exercício, preparou uma lista com dicas importantes para quem está planejando avistar as luzes do norte. Confira!

1. Prepare-se  para o frio

Durante os tours para avistar a aurora boreal, os viajantes passam longos períodos expostos ao frio. Mesmo com roupas adequadas, esse cenário pode ser bem desafiador para pessoas que estão habituadas a climas tropicais, como o do Brasil.

“Treinamentos de aclimatação ao frio, como caminhadas ao ar livre em temperaturas mais amenas ou até sessões curtas de imersão em água fria, ajudam o corpo a desenvolver maior tolerância térmica, o que pode tornar o turismo mais confortável para algumas pessoas”, explica Kutianski.

2. Força e condicionamento físico

As luzes das cidades dificultam a visualização da aurora boreal. Por isso, é preciso ir a lugares afastados (como áreas rurais e bosques) para contemplar o fenômeno natural.

Os terrenos dos locais de observação podem ser acidentados e inclinados, exigindo que o viajante tenha força muscular, equilíbrio e coordenação para evitar desconfortos ou até possíveis acidentes.

“Exercícios de força para membros inferiores, como agachamento e passadas, e para o core, como abdominal e levantamento terra, melhoram significativamente o equilíbrio e a coordenação motora, ajudando a evitar acidentes em terrenos irregulares e escorregadios”, destaca o especialista.

3. Respiração e treinamento cardiovascular

O frio intenso é capaz de afetar a respiração. Por conta disso, indica-se que os viajantes pratiquem treinamentos cardiovasculares com regularidade antes de embarcar na jornada para ver o espetáculo de luzes.

“Treinamento de resistência, como corridas, ciclismo, remo e HIITs, podem aumentar a capacidade pulmonar e a eficiência do uso de oxigênio, essenciais para quem pretende enfrentar temperaturas baixas e caminhadas nessas regiões”, complementa Kutianski.

4. Fortalecimento do sistema imunológico

O esforço e a exposição ao frio podem enfraquecer o sistema imunológico dos viajantes. Para minimizar esses impactos, o profissional recomenda a realização de treinamentos aeróbicos e de força com intensidade moderada a alta, independentemente da idade ou do nível de condicionamento físico.

“Inicie uma rotina com caminhadas rápidas, corridas curtas moderadas e exercícios em intensidade alta por pelo menos três vezes na semana por 10 ou 20 minutos. Calistenia e musculação também são ótimas opções para melhorar a circulação sanguínea e preparar o sistema imunológico”, finaliza.