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O que fazer em Praga, na República Checa
- Créditos/Foto:Divulgação
- 17/Agosto/2017
- Paulo Basso Jr.
Ah, Praga! A Paris do Leste. A Cidade das Cem Torres. O lugar que qualquer revista de turismo indica para que todo mundo conheça um dia na vida, tal como Veneza, Londres, Atenas… É por isso que quem viaja à capital da República Checa leva sempre na mala um caminhão de expectativas positivas. Porém, é difícil explicar é que, mesmo assim, dez entre cada dez turistas que desembarcam por lá se sentem surpreendidos. Acham a cidade ainda melhor do que esperavam.
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A resposta mais provável para isso é que a essência de Praga não está nas frases de efeito ou nas imagens fascinantes que a retratam, mas sim nas pessoas que lá vivem e que a visitam. Ou então no clima proporcionado pela mescla única no mundo de estilos arquitetônicos das mais variadas épocas que a história fez questão de desviar das bombas das guerras e do esconderijo da Cortina de Ferro.
Tudo isso parece romântico demais para ser verdade, mas só quem conhece a capital checa sabe o quanto ela é… romântica para valer. Não só para os casais, que, diga-se de passagem, fazem questão de se beijar na Ponte Carlos (Karlúv Most), o maior cartão-postal da região, mas também para os adolescentes, que dão à cidade fundada no século 10ª um delicioso e contrastante ar jovem. Isso sem falar nas famílias, nas crianças, nos idosos… Não importa a idade: todos se apaixonam por Praga.
Nem mesmo a língua impronunciável e as ruelas medievais assustam os visitantes. Entre acentos circunflexos ao contrário e com mapas abertos nos smartphones – que logo se mostram dispensáveis, já que quase todos os caminhos levam ao Rio Moldávia (Vltava para eles) –, todo mundo curte a região ao “se perder” com o maior prazer de um lado ou do outro da Ponte Carlos. É nessa área que estão os principais monumentos históricos da cidade, sempre lotados de turistas e também de nativos.
Uma boa dica é começar a visita pelo bairro Hradčany, que envolve o famoso Castelo de Praga. Há diversos lugares que se destacam por lá, como o Mosteiro Strahov, fundado em 1140 e que abriga duas impecáveis salas da Teologia e da Filosofia (esta última com afrescos impressionantes); o Palácio das Relações Exteriores, a maior construção barroca da região (e de onde políticos já foram atirados pela janela, prática chamada de defenestração e que, estranhamente, aconteceu por diversas vezes em Praga); e o Palácio Schwarzenberg, cuja fachada renascentista pintada com uma série de pequenas pirâmides transmite um incrível efeito tridimensional.
Outra construção interessante de Hradčany é o Loreto. Trata-se de um mosteiro com fachada barroca construído em torno da réplica mais famosa da casa em que o arcanjo Gabriel teria anunciado à Maria o nascimento de Jesus – a construção original teria sido levada pela família Angel (por isso muitos falam que foi pelos anjos) de Nazaré para a cidade de Loreto, na Itália, em 1278. No alto do prédio, há um campanário com 30 sinos supostamente doados por uma mãe que perdeu 29 filhos na época da peste – o trigésimo é dedicado a ela.
Os sinos têm tamanhos diferentes, pois a doadora teria ficado cada vez mais pobre enquanto os mandava fazer. Ela morava na Rua Novo Mundo (Nový Svét), outrora a mais miserável da cidade por abrigar os trabalhadores do castelo, mas que hoje é uma simpática travessia com chalés do século 17.
Essa história, claro, é uma das muitas lendas que o visitante encontra em cada esquina de Praga. Sobretudo quando estiver no lado alto da cidade e se deparar com um dos destinos mais míticos e procurados da região: o castelo.
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Obs: Trecho de matéria original publicada na Edição Especial República Checa e Alemanha, da Viaje Mais.