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Onde observar o céu mais lindo do mundo
- Créditos/Foto:jacsonquerubin on Visual Hunt / CC BY-NC-SA
- 15/Março/2019
- Redação
Reconhecido mundialmente por ter o céu mais puro, claro e limpo para observar o cosmos, o Chile é um destino excelente para quem gosta de astroturismo. O país oferece condições ideais para o desenvolvimento da astronomia e é onde muitos mistérios do espaço costumam ser decifrados.
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O norte do país reúne mais de 40% da infraestrutura turística voltada para observação astronômica no mundo, e estima-se que aumentará em 60% nos próximos dez anos. Para os viajantes, o melhor destino para curtir o visual do céu limpo do Chile é o Atacama.
O que faz da região um lugar perfeito para o astroturismo é a quantidade de dias com tempo aberto – mais de 300 por ano –, as poucas partículas de poeira, a umidade do ar baixa e a diversidade geográfica dos terrenos (altos e áridos). Tudo isso faz com que o Chile reúna as condições perfeitas para a instalação de telescópios.
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Astroturismo no Chile
Dessa maneira, o Chile conta com os maiores e mais importantes observatórios mundiais de categoria científicas, tais como o Observatório Paranal, o radiotelescópio do Observatório ALMA (Atacama Large Millimeter Array) e o ELT (Extremely Large Telescope) da Paranal, que ainda será inaugurado e tornará o observatório centro astronômico óptico de maior magnitude do mundo.
No Atacama, há tours específicos para os turistas que querem observar os céus, como o Etno-astroturismo e o Arqueo-astronomia, que ajudam a compreender a cosmovisão andina desenvolvida pelos “Likan Antay”. Outra opção é o Atacamenhos, no qual se compreende o impacto que as constelações tiveram em toda a estrutura de vida dos povos andinos.
Muitos desses programas propostos são organizados por guias atacamenhos especialistas no assunto. Também são oferecidos tours de astrofotografia, guiados por fotógrafos.
Rota gratuita
As visitas às instalações dos observatórios científicos realizadas durante o dia são gratuitas, com vagas limitadas e reservas antecipadas. Por isso, o astroturismo no Chile é um tipo de roteiro que deve ser planejado com, no mínimo, um mês de antecedência.
Conheça os centros científicos
– O Observatório Paranal, localizado a 130 km ao sul de Antofagasta, possui os instrumentos ópticos mais avançados do mundo.
– O Observatório ALMA, situado no interior de São Pedro do Atacama, fica a 5 mil metros acima do nível do mar. Por motivos de segurança, o passeio permite observar apenas as salas de controle e as instalações onde trabalham e vivem os astrônomos.
– Cerro Tololo, situado em Coquimbo, denominada “Capital Estrela”. Esse observatório Interamericano está localizado no Vale do Elqui. Ali perto fica o Observatório Gemini que, toda sexta-feira, fica aberto para visitas.
– O Observatório La Silla fica quase no limite do Atacama. Está aberto para visitas aos sábados.
Interesses especiais
A partir de Santiago, no caminho dos centros de esqui da capital chilena, como Valle Nevado, é possível curtir diversas experiências ligadas à astronomia, como palestras, observação com binóculos, tipos distintos de telescópios e uma demonstração de astrofotografia
A rota astronômica começa nas redondezas de Antofagasta, no Observatório Paniri Caur, localizado em Chiu Chiu, no interior de Calama. O tour inclui palestra introdutória e observação das constelações clássicas e indígenas, bem como atividade com telescópio de 14 polegadas.
Já no Observatório Alarkapin, que se localiza em São Pedro do Atacama, há atividades distintas além da observação com telescópios, como caminhadas noturnas e palestras especiais de solstícios e equinócios.
O Observatório Inca de Oro, localizado a 100 km de Copiapó, também tem atrações turísticas. As visitas acontecem de segunda a sábado, a partir das 21h. Ali é possível solicitar cavalgadas de observação em grupo pelos arredores.
Céu puro
Há ainda o Observatório del Pangue, que possui o maior telescópio público do país, com 25 polegadas, o Cancana em Cochinguaz, e o Cielo Sur, em Pisco del Elqui. Um pouco mais afastado, a 25 km de La Serena, está o Observatório Cerro Mayu.
Ao noroeste de Vicuña, encontra-se o observatório pioneiro do astroturismo, batizado de Mamalluca. O tour inclui traslado pela região, uma palestra introdutória, observação a olho nu e com telescópios grandes e pequenos.
O Observatório Collowara, por sua vez, fica perto de Andacollo e é um dos centros de investigação turística mais modernos do país. Possui telescópios distintos, além de salas de conferência com material audiovisual. Lá também são realizadas atividades como jantares temáticos e cavalgadas no setor.
Observação na capital
Santiago não fica de fora da rota do astroturismo no Chile e conta com interessantes iniciativas para conhecer os segredos escondidos nas estrelas, como o Observatório Astronômico Andino.
Já o Observatório Astronômico Nacional, localizado no Cerro Calán, realiza visitas guiadas de setembro a maio, exceto em fevereiro. Sempre que as condições climáticas permitirem.
No Cajón del Maipo, por sua vez, desponta o Observatório Roan Jasé que oferece tours astronômicos e observação diurna e noturna com telescópios de diversos tamanhos. O tour combina a astronomia clássica com elementos de cosmovisão mapuche.
Na mesma região se encontra o Observatório Astronômico Pailalén, que tem rotas que incluem palestras, reconhecimento do céu noturno e observação por telescópios. Além disso, o local conta com restaurantes, cafeterias e carta de vinhos.
Educação com estrelas
No Vale do Aconcágua, o destaque é o Observatório Astronômico Pocuro, que possui o maior telescópio da região, doado pela Universidade de Bochum e pelo Observatório La Silla.
Nas redondezas de São Vicente de Tagua Tagua localiza-se o Centro Astronômico Tagua Tagua, que apresenta palestras astronômicas e observação com telescópios de tamanhos distintos, em conjunto a degustação de vinhos da região e experiências gastronômicas.
Finalmente, na borda do Lago Lanalhue, no sul do Chile, encontra-se o Observatório Astronômico Yepun, um dos mais importantes do país. Ali rolam sessões de observações astronômicas durante o ano inteiro, que dependem das condições climáticas.