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Os encantos da Floresta Negra, na Alemanha
- Créditos/Foto:Divulgação
- 10/Janeiro/2019
- Paulo Basso Jr.
Anote esse nome: Hochschwarzwald. É difícil falar sem enrolar a língua, é verdade, mas trata-se da região mais alta e esplendorosa da Floresta Negra, por onde se espalham vilarejos charmosos que preservam deliciosas tradições alemãs.
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As folhas escuras que ajudaram a batizar a região (embora fiquem amareladas e com tons de marrom e vermelho no outono) se misturam a jardins com flores coloridas assim que se avista a pequena cidade. Igrejas brancas com cúpulas verdes e casas de madeira que parecem ter mais telhado do que parede completam o cenário de contos de fadas.
Onde ficar na Floresta Negra
Na cidade de Hinterzarten está o Parkhotel Adler, uma das melhores opções de hospedagem no sudoeste alemão. O local funciona como hotel desde 1446, antes mesmo de o Brasil ser descoberto. Tem um prédio clássico, um spa maravilhoso e um restaurante melhor ainda. É a base ideal para explorar a região, mesmo porque não falta o que fazer por lá
O que visitar na Floresta Negra
Em menos de 30 minutos desde o Parkhotel Adler é possível dirigir a pontos como Menzenschwand, em St. Blasien, onde há românticas cachoeiras, Schluchsee, o maior lago da área, cercado por bons restaurantes, e Grafenhausen, onde fica a Rothaus, a cervejaria mais alta da Alemanha e onde é possível fazer um divertido tour.
O bolo Floresta Negra
O bolo Floresta Negra é outra iguaria alemã pode ser provada nos diversos cafés da região, como o Jägerklause, que fica próximo a Rothaus.
Os nativos não gostam muito de admitir que ele foi inventado pelos suíços. Preferem valorizar o fato de que a cobertura com pedaços de chocolate lembra os pinheiros locais. Assim, o batizaram e o imortalizaram, embora as generosas fatias servidas por lá valorizem um forte licor de cereja que torna o sabor diferente das “imitações” usualmente encontras no Brasil.
Bons restaurantes
Para continuar comendo do bom e do melhor, a dica é dirigir pela rota panorâmica que leva a St. Peter, onde fica o Hotel-Restaurant Sonne, ou ao Waldhotel Fehrenbach, em Hinterzarten. Neste último, o próprio chef Josef Fehrenbach costuma convidar o viajante para colher ervas e cogumelos pelo jardim e o levar a cozinha para assistir a preparação da comida que será servido. Um dos pratos mais típicos da Floresta Negra é a suculenta carne de veado.
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COMO SURGIU A OKTOBERFEST DE MUNIQUE, NA ALEMANHALago Titisee
De carro, tudo isso pode ser feito em apenas um ou dois dias e ainda sobra tempo para visitar o ponto mais turístico da região, o Lago Titisee. Lindo, o lugar vive cheio de visitantes e já atraiu nomes como Victor Hugo e Tolstoi. Norte-americanos, japoneses e italianos são vistos aos montes por lá, e chega a ser incrível como um lugar tão bonito não é famoso entre os brasileiros.
À exceção do inverno, quando o lago congela, minicruzeiros são realizados o dia todo por pequenas embarcações. Ali também dá para andar de stand up paddle, pedalinho ou caiaque. Ou ficar do lado de fora, vislumbrando a paisagem enquanto se visita butiques de luxo, como a Drubba Moments, especializada em relógios e com modelos raros, como um Glashútte de € 98.900.
A história dos relógios-cuco
A maioria das pessoas, entretanto, vai até o Lago Titisee com outro interesse: comprar relógios-cuco. Em uma oficina abaixo do shopping Drubba há até apresentações que revelam a história de mais esse símbolo alemão, cuja tradição na fabricação teve início no século 17.
Nos longos invernos da Floresta Negra, os moradores passaram a confeccionar grandes relógios de madeira, os aperfeiçoando com pedras e depois pesos. Aos poucos a produção foi ficando mais criativa e os relógios ganharam motivos locais, como figuras de animais e danças típicas.
Assim foi até os anos 1740, quando Franz Anton Ketterer implementou um pequeno fole que reproduzia dois sons semelhantes a um pássaro típico da Floresta Negra: cuco. O resto é história.
Cartão vermelho do bem
Em uma iniciativa de turismo louvável, a região de Hochschwarzwald oferece a todos os hóspedes que ficam ao menos duas noites na maioria de seus hotéis um cartão vermelho que dá acesso gratuito a todas as atrações turísticas da área.
Entre elas se destacam passeios de bicicleta, cruzeiros pelos lagos e até mesmo o uso de um carro elétrico BMW i3 por três horas por dia. Os veículos têm autonomia de 160 km e podem ser recarregados (a carga completa é feita em cinco horas) em diversos hotéis e oficinas de turismo da região.
Obs: Trecho de texto publicado originalmente na revista Viaje Mais Luxo, da Editora Europa.