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Entrevista: Betina Neves fala sobre sites de turismo
- Créditos/Foto:Divulgação
- 07/Novembro/2016
- Maria Beatriz Vaccari
Apaixonadas por viagens, Betina Neves e Anna Laura Wolff criaram o blog de turismo Carpe Mundi. O site não demorou para fazer sucesso com um layout bonito e conteúdos bacanas, com destaque para as dicas do Sudeste Asiático. A grande sacada das meninas foi produzir matérias, listas e notas que fogem do convencional e sempre trazem algo inédito. De quebra, as duas jornalistas também se destacam pelo bom gosto das fotografias publicadas, que bombam no site e nas redes sociais, como Facebook e Instagram. Conversamos com Betina, que já passou pelas redações das revistas Viagem e Turismo e Viaje Mais, para saber como funciona a administração e produção de conteúdo de um blog de turismo. Talentosa e descolada, a profissional deu dicas sobre como produzir fotos e vídeos, conquistar o público e monetizar uma página. Ah, e claro, como realizar o sonho de viver de viajar. Dá só uma olhada:
Rota de Férias: Quando você começou a trabalhar com jornalismo de turismo?
Betina Neves: Tudo começou em 2010. Foi meio por acaso. Entrei em um estágio de jornalismo na área e me encantei.
RF: Qual é o objetivo do Carpe Mundi?
BN: Usamos o blog para tentar passar nossa visão do que é viajar saindo do clichê. Criamos roteiros urbanos, exploramos a cena gastronômica de diversos destinos e tentamos sair do óbvio. Também falamos sobre como planejar uma viagem por conta própria. O site completou um ano em outubro.
RF: Quando e por que vocês decidiram investir nas redes sociais?
BN: Quando eu ainda trabalhava na Viagem e Turismo, já pensava em começar um Instagram. Acho até que entrei tarde na rede social. É uma mídia que dá muito retorno e é ótima para mostrar viagens. O Facebook é mais interessante para divulgar postagens.
RF: Conta para gente quais são as dicas para se dar bem no Instagram?
BN: A grande pegada do Instagram é a interação. O ideal é postar as fotos em horários que dão mais retorno, curtir outras páginas e comentar. Vale a pena manter um fluxo de postagem, criar uma identidade e não fugir do tema. Se o seu perfil é focado em turismo, não poste fotos que não estejam relacionadas a esse assunto. Mostre o que as pessoas querem ver. Acredito que o diferencial do nosso Instagram é a qualidade das fotos, produzidas com bastante carinho e cuidado.
RF: Fale mais sobre os macetes que vocês usam para bombar no Instagram.
BN: Normalmente postamos todos os dias às 18h, que é o horário que o pessoal sai do trabalho. A gente usava bastante hashtag no começo, mas paramos, pois percebemos que não fazia muita diferença.
RF: Você disso que um dos fatores que chama a atenção no perfil do Instagram é a qualidade das imagem. Quais equipamentos vocês usam para realizar fotos e vídeos?
BN: Para fotos, eu uso uma Canon 7D e a Anna uma Nikon D610. Procuramos sempre usar tripé. Já os vídeos nós costumamos fazer com uma GoPro.
RF: E na hora da edição? Quais programas vocês usam?
BN: Para vídeos usamos o Adobe Premier. Editamos as fotos do Instagram e do blog no Photoshop e no aplicativo VSCO Cam. Na minha opinião, esse último é o melhor software de filtros disponível no mercado.
RF: Audiência vocês têm de sobra. São mais de 64,6 mil seguidores no seu Instragram pessoal e 86,4 mil no da Anna. Com tantos fãs, vocês conseguem ganhar dinheiro com o site e, consequentemente, viajando?
BN: Estamos no processo de começar a ganhar dinheiro com o Carpe Mundi. Ainda não dá para viver só com os lucros dele, mas nosso objetivo é mudar isso. Investimos em publieditoriais e mencionamos marcas nos posts. Também trabalhamos com links comissionados, sobretudo do Booking.com.
RF: Depois de todos esses anos trabalhando com turismo, você já esteve em diversas partes do mundo. Qual foi o lugar que mais te encantou?
BN: Amei uma viagem que fiz pelo Sudeste Asiático. É um lugar incrível, que vale a pena conhecer.
RF: Para encerrar, deixe algumas dicas para quem pretende entrar no mundo dos blogs de turismo.
BN: Primeiramente é preciso saber escrever, já que isso é um problema bem recorrente de quem se aventura na área. Depois, a pessoa precisa ter certeza que é disso que ela quer viver. O mercado tem muito espaço para gente nova, mas é necessário saber inovar e arranjar um diferencial.
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