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Fundadora do Kids2gether dá dicas para viajar com crianças
- Créditos/Foto:Divulgação/Reprodução
- 04/Fevereiro/2020
- Beatriz Ceschim
Muitos pais deixam de viajar por causa dos filhos pequenos ou optam por lugares mais tranquilos, como parques aquáticos ou destinos nacionais. Entretanto, é possível fazer viagens para Europa, Ásia e África com crianças. A prova disso é a psicóloga e mãe de três meninos, Nathália Gomes. A empreendedora é expert em viagens com os pequenos e fundadora do guia Kids2gether.
Em seu site, Nathália oferece roteiros gratuitos para diversos lugares do mundo e fornece dicas para uma viagem bem sucedida com as crianças. No portal, os viajantes também conseguem adquirir guias com roteiros kids friendly e pacotes de viagem para diversos lugares no mundo, como Paris, na França, e Miami, nos Estados Unidos.
Em entrevista para o Rota de Férias, Nathália dá dicas para viajar com crianças, para destinos nacionais e estrangeiros. Além disso, ela conta um pouco sobre suas experiências em países distantes e com culturas diferentes. Confira.
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Rota de Férias: Qual o maior desafio de viajar com três filhos?
Nathália Gomes: Para viajar com três meninos é preciso ter muita energia. É necessário fazer programas para entretê-los todos os dias e tentar fazer com que eles aproveitem ao máximo para que colecionem as melhores recordações. A comida também é outro grande desafio. Por isso, muita vezes, alugo casa ou apartamento, para que possamos cozinhar e não perder tanto a rotina.
RF: Qual foi a primeira viagem internacional que você fez com as crianças?
NG: A primeira viagem internacional foi a Paris, na França, quando os gêmeos tinham um ano e meio.
RF: O que não pode faltar na mala dos pequenos?
NG: Um bom tênis, um casaco e uma malinha de remédio precisam estar sempre com a gente, porque você nunca sabe quando vai precisar.
RF: Como entreter as crianças durante os voos?
NG: Eu levo iPads e desenhos de colorir para o menor, além de alguns joguinhos como quebra-cabeça, que fazemos para ajudar a descontrair.
RF: Você já levou ou contratou alguma babá em suas viagens? Se sim, como foi a experiência?
NG: Sim. Tenho uma babá que me ajuda em Paris, mas as crianças não curtem muito porque estranham. Mas eu sempre converso com eles dizendo que são só algumas horas. Entretanto, uma vez contratei esse serviço em um hotel em Marrakech, no Marrocos, mas me deu uma paranoia tão grande que acabei pagando, mas não tive coragem de deixá-los.
RF: Como é viajar com crianças de colo? E como fazer em relação a carrinhos de bebê?
NG: O ideal é sempre comprar a passagem na frente da parede onde encaixa o bercinho, que é uma experiência bem tranquila. Se não couberem mais no berço vão no colo mesmo. Não é confortável, mas é só por algumas horas. Hoje em dia tem um carrinho que entra no avião como mala de mão, chamado yoyo. Quando você sai do avião a criança já senta no carrinho.
RF: É melhor optar por roteiros mais curtos quando se viaja com crianças?
NG: Depende do grau de “aventureiro” que a família tem, o que não é demérito ou mérito nenhum. Eu prefiro lugares mais distantes, experimentar outras culturas, religiões e modos de vida. Mas entendo quem prefere algo mais perto, pois dá trabalho mesmo. Eu sempre penso pelo lado de como vão aprender mais experimentando atividades inusitadas e diferentes do que realmente estão acostumados.
RF: Como você faz para criar roteiros atrativos para todos da família?
NG: Demoro horas criando esses roteiros. Sento com as famílias, verifico o que cada uma quer, como gostam, como é a logística deles se preferem fazer vários programas em um dia ou menos programas em dias variados. São horas de trabalho para que seja uma viagem dos sonhos e que tenha o menor número de imprevistos possível.
RF: Como foi a experiência de viajar com crianças para lugares com culturas tão diferentes, como Marrocos, Finlândia e Egito?
NG: Foi uma experiência única. Mas para dar certo eu sento com eles antes, fazemos pesquisas, mostro no Google as fotos dos lugares que vamos e, quando eles chegam, se lembram do que conversamos. Fazemos uma espécie de “Caça ao tesouro” ganha quem achar a esfinge deitada, por exemplo, como aconteceu no Egito. Já na Finlândia, eles estavam loucos para saber onde o Papai Noel morava. É importante contar uma história do destino para que eles já possam ir imaginando cada lugar e, depois, para verificarem se a expectativa de cada um condiz com a realidade.
RF: O que você tem a dizer aos pais que pretendem viajar com os pequenos?
NG: Fico feliz quando recebo as mensagens do tipo “ você me encoraja a viajar com as kids que até então só iam para Disney”. Quando se planeja direitinho, qualquer viagem, por mais inusitada que seja, dá certo. A recompensa está no olhar e entusiasmo das crianças ao se deparar com cada monumento, atividade, parque e cultura que eles não imaginavam conhecer.
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