Estados Unidos
Park City: como é a famosa estação de esqui dos EUA
- Créditos/Foto:Paulo Basso Jr.
- 03/Janeiro/2019
- Paulo Basso Jr.
Michael Jordan, Justin Bieber, Gwyneth Paltrow e até uma das Kardashian pode estar ao seu lado e você nem perceber. Sob as grossas camadas das roupas de inverno, um bocado de celebridades desfila todos os anos pelas estações de esqui de Park City, em Utah, uma das mais badaladas dos Estados Unidos.
Siga a cobertura de nossos repórteres por todo o mundo, diariamente, no Instagram @rotadeferias, com direito a belas fotos e stories curiosos.
Muitas delas têm casas por lá. Outras viajam apenas para curtir a temporada, que avança até abril. No fim de janeiro, quando rola o Sundance, festival idealizado por Robert Redford para celebrar a descoberta de artistas emergentes de filmes independentes, rostos famosos de Hollywood andam tranquilamente pelas ruas. E ninguém os incomoda. Afinal, em park City, é normal ser (ou se sentir) famoso.
Neste post você vai ler:
O que fazer em Park City
Durante o dia, a maior parte das pessoas que vai a Park City, celebridade ou não, segue para uma das três montanhas que formam a maior área esquiável dos Estados Unidos. Duas delas são administradas pelo mesmo grupo: Park City e Canyons Village. A outra compreende o complexo do Deer Valley Resort.
Park City
Park City é a estação de esqui mais central da cidade. Uma das poucas do mundo com acesso da rua principal, a partir de lifts. O local conta com uma base para deixar as roupas normais e colocar os acessórios de esqui, bem como centros de treinamento e pistas de todos os níveis, tanto de esqui quanto de snowboard.
O tíquete de acesso à montanha custa em torno de US$ 140 para adultos, dependendo da data escolhida.
Canyons Village
Assim como Park City, Canyons Village também recebe esquiadores e snowboarders. Os valores de acesso à montanha também são os mesmos da vizinha que empresta o nome à cidade.
LEIA MAIS: AS MELHORES ESTAÇÕES DE ESQUI DO HEMISFÉRIO NORTE
6 ESTAÇÕES DE ESQUI PARA CURTIR A NEVE NA AMÉRICA DO SUL
Por ficar um pouco mais afastada da vila, Canyons Village costuma receber menos gente, o que a torna um pouco mais privativa. Recentemente, brasileiros famosos, como Juliana Paes, estiveram por lá.
O local conta com gôndolas de acesso às áreas mais altas da montanha e também tem pistas de todos os níveis, bem como instrutores para iniciantes. Alguns hotéis luxuosos ficam em sua área, como o Waldorf Astoria e o Grand Summit, mas também há algumas opções mais acessíveis.
Deer Valley
Deer Valley é a mais luxuosa entre as estações de esqui de Park City. Com acesso limitado a 10 mil pessoas por dia, está aberta apenas para esqui.
Ali estão os resorts mais sofisticados do pedaço, como o Montage e o Stein Eriksen, ambos com ótimos spas e uma série de opções de après-ski (atividades após o esqui, que vão desde reuniões em volta de fogueiras até compras, visitas a restaurantes e baladas noite adentro).
O tíquete ali sai por US$ 160 para adultos, valor que pode variar de acordo com a data escolhida.
Como é esquiar em Park City
O aluguel do equipamento de esqui em Park City, incluindo botas específicas, esquis, capacete e óculos protetores, sai em torno de US$ 50 nas diversas lojas especializadas da região. Fora isso, você precisa ter boas luvas, calças, jaquetas impermeáveis e algo para proteger o pescoço.
Uma vez na montanha escolhida, as atividades variam de acordo com o seu nível de conhecimento em relação a esqui e snowboard. Os iniciantes que quiserem fazer lições em grupo precisam desembolsar mais US$ 219. Há diversos instrutores que falam português, a maioria deles argentinos acostumados a invasão verde e amarela de Bariloche. Aulas particulares saem bem mais caras, a partir de US$ 800 por um dia de acompanhamento.
Aulas de esqui
Para quem nunca esquiou, as lições rolam na base da montanha, onde há esteiras que levam a turma para cima e movimentos simples para deslizar em pequenas inclinações. Fechar os pés em forma de cunha para frear, adaptar-se a pequenas curvas e assim vai Os primeiros tombos são inevitáveis, mas não é preciso ter medo: não machuca e a diversão é garantida.
Após algumas horas, já é possível para a maioria dos praticantes subir nos teleféricos ou gôndolas e seguir para as pistas verdes, as mais tranquilas. Os mais experientes podem ir direto para as azuis, vermelhas ou pretas – embora essas últimas sejam mais frequentadas por atletas, inclusive olímpicos, que costumam usar as montanhas de Park City para treinar por conta da qualidade da neve encontrada ali.
Outras atividades nas montanhas
Para quem não curte esquiar, a lista de experiências nas montanhas de Park City inclui passeios em trenós puxados por cães, tours de snowmobile e até uma montanha-russa alpina, que consiste em um carrinho que desce a ladeira em cima de trilhos.
Vale a pena também tirar um dia para visitar o Utah Olympic Park, que serviu de palco, em 2002, para as Olimpíadas de Inverno. A principal atração local é uma pista de bobsled, trenós que deslizam em alta velocidade montanha abaixo. A brincadeira custa US$ 175 e envolve um treinamento rápido seguido da descida, que dura cerca de um minuto e é realizada, praticamente o tempo todo, a 100 km/h.
O Utah Olympic Park ainda conta com tirolesa, uma fotogênica rampa de saltos, voltada apenas para profissionais, e o museu Alf Engen Ski, que conta com uma série de artefatos olímpicos, como medalhas, tochas e pedras de curling, bem como atrações interativas. Há até simuladores eletrônicos de bobsled e de salto por lá..
Vila de Park City: compras e lazer
Park City conta ainda com um centrinho cheio de charme. Quase todas as atrações se concentram na Main Street. São lojas de roupas e acessórios de inverno (algumas de grife, como a The North Face), galerias de arte, um museu histórico e uma série de cafés fofos, como o Atticus, que serve um chocolate belga quente delicioso, e o The Eating.
Quando a noite cai, é hora de se mandar para cervejarias como a Wasatch Brew Pub, com diversas artesanais, algumas delas ousadas, como a cerveja com jalapeño, ou então para os diversos pubs do pedaço, como o sempre agitado No Name. Há também duas boas destilarias no centro histórico, que valem a visita, como a Alpine, especializada em gin, e a a High West Distillery, que produz um famoso uísque.
Onde ficar em Park City
A escolha do hotel é muito importante em Park City. Há diversas opções no centro e em torno dele, inclusive com condomínios de casas que caem como uma luva para quem viaja em turma ou famílias grandes, como o Sliver Star.
Em Deer Valley estão os hotéis mais luxuosos, como o Montage e o Stein Eriksen. Este último carrega o nome de um dos maiores esquiadores da história e tem, inclusive, uma sala com troféus e medalhas em constante exposição.
Os valores em Park City são salgados, mas, mesmo na temporada, é possível achar hotéis a partir de US$ 199 (os hotéis mais luxuosos cobram em torno de US$ 600, nas suítes mais “simples”). Este é o mesmo valor das casas de condomínio mais elegantes, mas elas conta com até quarto quartos e serviço de limpeza. Assim, o valor pode ser diluído entre várias pessoas.
Independentemente do local escolhido, não deixe de checar se ele oferece o serviço Ski In Ski Out, que basicamente significa levá-lo em um shutter até um lift que siga para a pista desejada, com todo o transporte dos equipamentos incluídos.
Os melhores restaurantes de Park City
- The Mustang – O ambiente elegante destaca lindas fotos de montanhas nas paredes. O cardápio prima pelos cortes de carne e peixes, como a famosa truta vermelha da região.
- The Bridge – Camarão à brazuca, prato feito, coxinha, sanduba e caipirinha. É uma grande surpresa encontrar pratos brasileiros em Park City. E o que é melhor: muito saborosos. Fica bem ao lado do lift que leva para a montanha.
- Riverhorse on Main – O restaurante mais elegante da cidade tem uma varanda fechada com uma linda vista para a Main Street. Os pratos são deliciosos, com bons peixes e cortes nobres de carne, inclusive wagyu.
- Adolph’s – Para quem gosta de comida alemã, este é o lugar. Há excelentes pratos de vitela, salsichas deliciosas e ótimas saladas. Para beber, claro, não faltam boas cervejas, inclusive locais.