Roteiro
O que fazer na Ilha de Páscoa – 7 atrações e dicas incríveis
- Créditos/Foto:Paulo Basso Jr.
- 10/Setembro/2024
- Paulo Basso Jr.
Em um raio de 2.500 km não há nada, apenas o mar tocando o céu em um horizonte imaginário. Por outro lado, há muito o que fazer na Ilha de Páscoa, um pontinho no mapa localizado na imensidão do Oceano Pacífico que, não à toa, também é conhecido como Umbigo do Mundo.
Trata-se do ponto de terra mais isolado do planeta, também chamado de Rapa Nui (que significa algo como Ilha Grande), mesmo nome dado ao idioma e ao povo nativo da ilha situada no Pacífico Sul, a cinco horas de voo de Santiago (Chile).
Eu, como muita gente, sonhava conhecer a região graças à sua principal atração: os moais, estátuas erguidas entre os séculos 13 e 17 para homenagear ancestrais influentes das tribos rapa nui e, segundo a crença local, proteger o povo.
Uma vez lá, porém, descobri que há muito mais o que fazer, como visitar os pontos turísticos por trás da história dos homens-pássaro. Eles marcam uma era que perdurou entre os séculos 18 e 20, quando uma competição que mesclava habilidade, força e até um pouco de sorte definia quem seria o rei da Ilha de Páscoa durante um ano.
É incrível, pois nem faz tanto tempo assim. Voltei maravilhado de lá e com várias dicas para ajudá-lo a planejar sua viagem para a ilha que pertence ao Chile. Inclusive, de hotéis, uma vez que há opções muito diferentes por lá. Acompanhe.
Neste post você vai ler:
O que fazer na Ilha de Páscoa
Na hora de listar o que fazer na Ilha de Páscoa, há sete atrações imperdíveis, que vão de crateras de vulcões a praias de areias brancas e, claro, os moais. Para isso, não deixe de incluir no roteiro os seguintes pontos turísticos:
- Parque Nacional de Rano Raraku
- Ahu Tongariki, Os 15
- Moais de Ko Te Riku, Ahu Vai Uri e Anakena
- Praias na Ilha de Páscoa
- Ahu Te Peu
- Hanga Roa
- Vulcão Rano Kau – Homem-Pássaro
E aí, pronto para conhecer o Umbigo do Mundo?
Onde fica a Ilha de Páscoa
A Ilha de Páscoa fica no Oceano Pacífico, a cerca de 3.700 km a oeste da costa do Chile.. O local ganhou esse nome por ter sido “descoberto” num domingo de Páscoa de 1722, quando o holandês Jakob Roggeveen desembarcou por lá. Desde então, passou por diversas mãos e foi dominado por europeus até 1888, quando um acordo comercial o anexou ao Chile.
Hoje, cerca de 10 mil pessoas vivem na Ilha de Páscoa, a maioria nos arredores do vilarejo de Hanga Roa, o centrinho da ilha.
Desse total, aproximadamente 3 mil são rapa nui, povo que tem orgulho de sua origem e faz questão de manter algumas tradições vivas. Entre elas está a realização anual do Tapati Rapa Nui, competição na qual homens nadam, correm e carregam até 25 kg de bananas nas costas.
7 atrações da Ilha de Páscoa
Confira em detalhes as principais atrações da Ilha de Páscoa que não podem ficar de fora do seu roteiro:
1 – Parque Nacional de Rano Raraku
Uma boa dica é começar o roteiro na Ilha de Páscoa pela pedreira em que 95% dos famosos moais locais foram construídos entre os séculos 13 e 17, no Parque Nacional de Rano Raraku. Os ingressos são vendidos online e nas principais operadoras e hotéis da região.
Estima-se que mais de 900 moais foram talhadas na Ilha de Páscoa, das quais 396 ainda permanecem nessa área. Como os nativos rapa nui não tinham escrita e se mantiveram isolados do mundo por cerca de 500 anos, é difícil saber todos os detalhes históricos, mas a tese mais aceita é que os moais representam antepassados influentes.
Eles eram transportados da pedreira para as áreas costeiras da ilha, onde eram depositados sobre plataformas batizadas de ahu, sempre de costas para o mar, de modo a observar e proteger o povo. Quanto mais altos eram, mais zelo ofereciam.
Capaz de pesarem até 80 toneladas (fora os chapéus pintados de vermelho colocados sobre suas cabeças em determinado período e que chegavam a ter até 20 toneladas), os moais eram talhados diretamente na rocha.
Ao final do processo, executado por homens honrados e capacitados artesãos (não havia pessoas escravizadas e apenas nobres podiam entrar na pedreira), uma quilha era cortada e, presas por cordas e plataformas de madeira, as estátuas eram transportadas por até 12 km de distância da mesma maneira que você faz uma geladeira “andar”, tombando-a de um lado para outro.
A confecção de um moai era realizada com ferramentas de pedra (eles não conheciam metais) e durava quase um ano. Como o processo de levá-los à costa era bastante complexo, muitos deles tombavam pelo caminho.
Daí o fato de haver tantos ainda na pedreira do Parque Nacional de Rano Raraku, como o maior de todos, com 21 metros, que não chegou sequer a ser extraído da montanha (o maior de todos transportado tinha 10 metros).
Ao caírem, segundo os nativos, os moais perdiam o maná, espécie de força espiritual que move o povo e na qual muitos deles ainda têm fé. Assim, eram abandonados ou até mesmo enterrados. Aqui, você vê mais detalhes sobre o processo de confecção dos moais.
O Parque Nacional de Rano Raraku ainda conta com uma cratera de vulcão empoçada que, no mês de fevereiro, serve de palco para o Tapati Rapa Nui, uma curiosa competição em que os rapa nui nadam, escalam montanhas e carregam até 25 kg de banana nas costas. É o evento mais esperado da ilha e quando ela fica mais cheia.
2 – Ahu Tongariki, Os 15
Entre os moais que chegaram à costa, muitas vezes a mais de 10 km da pedreira localizada no atual Parque Nacional de Rano Raraku, destacam-se os que estão na plataforma Ahu Tongariki (também conhecido como “Os 15”), a maior entre as encontradas na Ilha de Páscoa, com 15 estátuas.
É possível observar Os 15 perfilados desde o Parque Nacional de Rano Raraku, mas o melhor de tudo é caminhar até lá para ver de perto os moais, que chegam a até oito metros de altura.
Todos eles foram restaurados entre 1993 e 1996, já que, assim como as demais estátuas que ficam na costa da ilha, elas foram encontradas tombadas. Nenhum sobreviveu às guerras das tribos rapa nui, que se voltaram contra as estátuas nos anos 1700, e muitas também foram assoladas por tsunamis.
Dica: há sempre muita gente para ver “Os 15” e, portanto, vale a pena visitá-los logo cedo, quando o lugar está mais vazio. Ou, então, contratar tours que passam pelas principais atrações da Ilha de Páscoa e incluem Ahu Tongariki.
3 – Moais de Ko Te Riku, Ahu Vai Uri e Anakena
Uma vez na Ilha de Páscoa, vale a pena visitar também ao menos mais três pontos turísticos famosos pelos moais. São eles:
- Ko Te Riku – Um moai enorme com olhos restaurados. Os guias contam que, originalmente, a maioria das estátuas tinha olhos, que eram feitos de corais. O Ko Te Riku fica em Ahu Tahai, sítio histórico situado próximo à Hanga Roa, o centrinho da Ilha de Páscoa.
- Ahu Vai Uri – Este é o ponto preferido pelos turistas para ver o famoso pôr do sol da Ilha de Páscoa com a silhueta da plataforma de moais em destaque. E o melhor de tudo é que ele também fica em Ahu Tahai.
- Anakena – O detalhe desta plataforma é que ela fica situada em uma das duas únicas praias de areia branca da ilha, a Anakena (a outra é a Ovahe, como você verá mais detalhes abaixo).
4 – Praias na Ilha de Páscoa
Vale a pena separar ao menos um período do dia para atravessar a Ilha de Páscoa (que tem formato de triângulo graças à presença de três vulcões, um em cada ponta) rumo às únicas duas praias de areia que existem por lá. São elas:
- Ovahe – Pequena, cujo acesso se dá pelo alto e proporciona uma linda vista panorâmica.
- Anakena – Esta é a praia mais famosa da Ilha de Páscoa. Tem areias clara, coqueiros e, como não poderia deixar de ser, uma linda plataforma de moais. É imperdível.
Uma boa dica é contratar tours que levam aos destinos, como este que passa por Anakena. Esse é o jeito mais fácil de chegar lá.
Vale dizer que as praias locais valem mais pela história do que pelos ambientes paradisíacos. A energia delas é sensacional, mas não espere uma atmosfera caribenha.
5 – Ahu Te Peu
Ainda na trilha dos moais, há pelo menos mais um passeio obrigatório: o Ahu Te Peu. Para chegar lá, o mais comum é fazer uma caminhada de meio dia que margeia falésias com lindas vistas para o Pacífico e que passam pelas cavernas em que os antigos rapa nui moravam, como a imensa Ana Kakenga.
No caminho, é possível observar algumas plataformas de moais. O ideal é fazer esse tour pela tarde, pois o término se dá próximo a Hanga Roa, o centrinho da Ilha de Páscoa.
6 – Hanga Roa
Hanga Roa, centro de Páscoa, tem comércio e vida noturna agitada nos meses mais quentes do ano. Uma vez lá, vale a pena visitar o mercado artesanal e acessar um sítio histórico com moais importantes, chamado Ahu Tahai.
É lá que ficam o Ko Te Riku (única estátua da ilha com olhos restaurados e o Ahu Vai Uri (conjunto de cinco moais atrás do qual o sol se põe em uma das imagens mais clássicas da região).
7 – Vulcão Rano Kau – Homem-Pássaro
Passado o período dos moais, por cerca de 200 anos, entre os séculos 18 e o início do século 20, a Ilha de Páscoa viveu uma nova e curiosa fase: a era dos homens-pássaro.
Todos os anos, no início da primavera, um candidato de cada tribo que habitava a região participava de uma competição chamada Tangata Manu, que consistia em correr perigosamente pelas paredes de uma cratera de vulcão, escalar escarpas, nadar no mar por 1,4 km com o auxílio de pedaços de pau feitos com totora e alcançar uma ilha, onde manutaras (espécie de gaivota já extinta por lá) depositavam seus ovos.
Quem chegasse primeiro tinha prioridade na escolha do ponto de observação das aves e, assim, levava vantagem em relação aos demais competidores na captura de um ovo.
O vencedor concedia ao líder de sua tribo o poder de reinar a ilha por um ano, podendo fazer o que quiser, até mesmo saquear tribos rivais, mas consciente de que, após a prova seguinte, tudo poderia mudar.
Já o competidor, que se preparava a vida toda para a prova, ganhava uma série de honrarias, entre elas a escolha de uma mulher virgem entre as candidatas selecionadas por cada tribo e que passavam boa parte da vida trancadas em uma caverna, sem luz do sol, o que as deixava com a pele alva.
Tudo isso fazia parte de um culto ao deus Make-Make, símbolo de fertilidade, cujo epicentro se dava na vila cerimonial de Orongo. Ali está um museu que conta a história do Homem-Pássaro, com boas ilustrações.
O auge do passeio se dá na cratera do vulcão em que era realizada parte da competição, o Rano Kau, do qual se pode observar a ilha em que os ovos eram capturados ali, sozinha, no meio do Pacífico, tal qual um símbolo do isolamento que faz da Ilha de Páscoa um dos locais mais espetaculares do planeta.
O melhor jeito de fazer esta visita é, sem dúvida, contratar uma excursão local. Assim, você irá aos locais com conforto e na companhia de um guia, que contará toda a história necessária para quem deseja, de fato, aproveitar o passeio.
Veja informações e valores da excursão a Orongo e ao vulcão Rano Kau.
Quando ir à Ilha de Páscoa
O festival Tapati Rapa Nui, realizado em fevereiro, celebra o auge do período de alta temporada na Ilha de Páscoa, que vai de setembro a abril, quando também são realizadas competições em que são eleitos os misteres e as misses da ilha, sempre na figura de um casal. Danças, desfiles e apresentações culturais marcam os eventos.
Nesse período do ano, a temperatura média varia entre 20°C e 25°C, o que facilita bastante explorar as atrações da ilha. Também dá para visitá-la entre maio e agosto, mas essa é a época em que venta mais e esfria, com os termômetros girando em torno de 15°C.
Como chegar à Ilha de Páscoa
A maneira mais prática de chegar à Ilha de Páscoa e fazendo uma conexão em Santiago, no Chile. A Latam tem voos diretos que partem de diversas cidades brasileiras para a capital chilena. Depois, é preciso voar por mais cerca de 5h30min até o destino.
As frequências de voos oferecidos entre Santiago e Ilha de Páscoa variam de acordo com a época do ano. Por isso, vale a pena se planejar e fazer pesquisas com antecedência.
Uma boa dica é usar este comparador online, que lista os melhores preços e entretga o localizador assim que você faz a compra. Eu recorro muito a ele porque dá para criar alertas e receber promoções.
Uma vez no aeroporto, você pode contratar transfers para seguir para o hotel. Consulte aqui informações e valores.
Regras para entrar na Ilha de Páscoa
Quem pretende ir à Ilha de Páscoa precisa cumprir os seguintes requisitos:
- Preencher o Formulário Único de Ingresso (FUI), disponível aqui.
- Apresentar carteira de identidade (RG) com validade máxima de 10 anos ou passaporte válido.
- Ter bilhete de ida e volta de, no máximo, 30 dias (não é permitido permanecer como turista por mais tempo que isso na ilha).
- Mostrar a reserva de hospedagem em um local registado na Secretaria Nacional de Turismo (veja aqui) ou uma carta convite de um residente da ilha.
Seguro viagem
Ao viajar, não deixe de fazer um seguro viagem. Afinal, os custos com saúde fora do Brasil costumam ser caríssimos e todos estão sujeitos a imprevistos. Na Ilha de Páscoa, não é obrigtório, mas extremamente recomendável.
Caso você tenha comprado as passagens aéreas com cartão de crédito, verifique se você não tem direito a um plano de seguro viagem. Do contrário, minha sugestão é entrar neste comparador online, que vasculha as principais seguradoras de viagem em busca dos melhores preços, sem que você precise ficar entrando no site de cada uma delas. É uma mão na roda, eu não viajo sem fazer isso.
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Chip viagem
Confesso: não consigo viajar mais sem um eSim ou chip de internet. Ficar conectado é imprescindível por vários aspectos: comunicação, segurança e praticidade. Nunca se sabe quando você precisará falar com alguém, consultar algum endereço, resolver algum problema ou garantir alguma reserva.
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Não se esqueça de consultar os preços e contratar seu pacote antes de viajar. Negociei com eles, inclusive, um desconto de 10%. Basta usar o cupom ROTADEFERIAS para garantir o seu.
Como é a vida na Ilha de Páscoa
A vida em um lugar isolado do resto do mundo, como a Ilha de Páscoa, não é simples. A energia elétrica é parca, o que impede, por exemplo, a manutenção de um frigorífico.
Assim, carnes só podem ser compradas quando um comerciante mata um boi ou uma ovelha e vende os pedaços em mesas montadas à beira das estradas. Por isso, a alimentação por lá tem como base os peixes, além de frutas e vegetais, embora a terra local não seja das mais produtivas.
A cada duas semanas, um navio chega do Chile com suprimentos, como gás, usado pela população para aquecer água, por exemplo. Caso alguém não apareça com seu cilindro de armazenamento no dia marcado, terá de esquentar comida na fogueira nas próximas duas semanas. E torcer para não fazer muito frio.
Os navios também se encarregam de levar os produtos para os hotéis e restaurantes locais. E esse trâmite com o transporte eleva (e muito) os preços de tudo que é vendido por lá. Uma cerveja ou Coca-Cola chega a custar R$ 20.
Onde ficar na Ilha de Páscoa
A maioria dos viajantes se concentra nos arredores de Hanga Roa, mas há hotéis mais confortáveis em outras áreas da Ilha de Páscoa. É o caso do Explora Rapa Nui, o mais sofisticado da região.
De forma geral, as hospedagens na Ilha de Páscoa são caras. Para economizar, é possível considerar os campings em Hanga Roa e hotéis com bom custo-benefício, como:
Para quem busca um pouco mais de conforto, as dicas são:
O que você precisa saber antes de ir à Ilha de Páscoa
Quando planejo minhas viagens, recorro a uma série de ferramentas de auxílio antes mesmo de fazer as malas. Assim, consigo comprar passagens aéreas mais baratas, alugar carros e reservar hotéis, bem como passeios, transfers e ingressos para atrações, com mais segurança e pagando menos.
É imprescindível também fazer um seguro viagem e comprar um chip de internet. Assim, você evita os gastos absurdos cobrados com saúde no país, caso algo fuja do previsto, e consegue usar internet ou telefone para se comunicar com quem está no Brasil, checar e-mails, postar fotos no Instagram, usar o WhatsApp e tudo mais.
De quebra, vale a pena comprar um pouco de dinheiro do país que você visitará. Pode ser em espécie ou em cartão, mas não viaje sem nada.
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Já fez a reserva da passagem aérea?
Para não ficar perdendo tempo entrando em um monte de site de companhia aérea, uso a plataforma Vai de Promo na hora de comprar passagens. Gosto dela pelo fato de indicar as principais rotas disponíveis e listar, de forma automática, os melhores preços.
Onde ver preços: Vai de Promo
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Sabe onde ficará hospedado?
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Onde ver preços e avaliações: Booking.com
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Já garantiu o seguro viagem?
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Reservou os ingressos das atrações?
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