Atualmente, a área bíblica apontada como Betânia do Além-Jordão fica, segundo historiadores, na Jordânia, mais precisamente em um território oposto a Jericó, na divisa entre o país e Israel. É ali, onde antes corria o Rio Jordão, que fica o sítio histórico identificado como o ponto em que João Batista vivia e o local em que Jesus foi batizado.

Igrejas bizantinas descobertas na região a partir de escavações iniciadas em 1996 são apontadas pelos pesquisadores como provas  para indicar o ponto exato do batismo. Quem vai até lá encontra uma série delas espalhadas pela região.

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Como é o local em que Jesus foi batizado

Hoje, o local em que Jesus foi batizado não passa de um fio de água, com algumas construções simples nos arredores. Confira fotos na galeria:

Como chegar lá

Para chegar ao local em que Jesus foi batizado, é preciso seguir para a região do Mar Morto, onde fica uma igreja ortodoxa grega dedicada a João Batista – a maioria dos cristãos jordanianos segue essa ideologia. Imponente, a construção em estilo romano tem diversos afrescos e detalhes dourados.

Depois, caminha-se por cerca de cinco minutos por uma trilha simples, de terra, chamada Alameda dos Tamarindos. Ao final, avista-se um poço natural curiosamente seco, já que a água do Rio Jordão, que era mais alto e desaguava naquele espaço antigamente, não tem mais força para chegar até lá. Este é o local em que Jesus foi batizado.

Uma maneira confortável de fazer o passeio é contratar uma excursão que parte de Amã. O trajeto dura 6h30min e inclui também visitas a trechos do Mar Morto. Veja aqui detalhes e valores.

Poço de João Batista e Rio Jordão

Bem simples, as igrejas bizantinas são formadas por pequenas construções de pedra e madeira. Elas se espalham dentro e ao redor do poço. A área conta com várias escadas de acesso, mas não é permitido entrar nela – apenas caminhar pelo platô superior.

Como a maioria dos jordanianos é muçulmana e os peregrinos cristãos costumam limitar a viagem religiosa a Israel, o local em que Jesus foi batizado está sempre vazio.

Dali, basta caminhar alguns metros para alcançar a margem atual do Rio Jordão. Enquanto o lado jordaniano costuma ficar vazio (a não ser pela presença de um outro guarda), a margem israelense, a poucos metros de distância, vive lotada.

Ali, é possível assistir a peregrinos vestidos com batas brancas colocarem as mãos e a cabeça na água antes de mergulharem de uma vez. Muitos deles são cristãos vindos de outras partes da Ásia e, sobretudo, do norte da África.

Terra Santa

O passeio ao local em que Jesus foi batizado, na região do Mar Morto da Jordânia, pode ser combinado com uma visita a Madaba (pronuncia-se Mádaba). Localizada a 45 minutos da capital do país Amã, a região é conhecida como a Cidade dos Mosaicos

Uma das atrações do pedaço é a Igreja Ortodoxa Grega de São Jorge, em cujo chão há um mapa bizantino do século 6º que representa a visão de Moisés da Terra Santa. O mosaico tem cerca de 25 metros quadrados de desenhos formados por milhares de pedacinhos de pedra colorida, que se mantêm em estado original.

Madaba também é o melhor lugar de acesso ao Monte Nebo. Quem vai até lá pode encarar uma subida leve, de 20 minutos, para ter uma visão natural do que ficou conhecido como Terra Santa. Do cume observa-se o Vale do Jordão, o início do Mar Morto e, nos dias em que o céu está mais aberto, sobretudo em abril e outubro, algumas cidades de Israel, como Jerusalém.

Segundo historiadores, Moisés teria morrido e sido enterrado no Monte Nebo após avistar a Terra Prometida na reta final do êxodo. Por isso, há uma moderna cruz de bronze no local, além de uma igreja-memorial repleta de mosaicos.

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