Dicas de Viagem

Fono dá dicas para quem planeja viajar com autistas não verbais

  • Créditos/Foto:Divulgação
  • 02/Julho/2024
  • Paulo Basso Jr.

Letícia Sena é fonoaudióloga e analista do comportamento. Fundadora do Instituto Índigo, criado para desenvolver crianças e adolescentes neurodivergentes, bem como suas famílias e seus terapeutas, ela conversou com exclusividade com o Rota de Férias para aconselhar e conscientizar quem planeja viajar com autistas, sobretudo, não verbais.

Ainda na faculdade, Letícia desenvolveu uma pesquisa significativa que a direcionou para o atual trabalho. O projeto consistia em um modelo de perda auditiva em ratos com um quimioterápico ministrado em crianças. Nele, uma proteína anti-inflamatória foi adotada como tratamento, com a hipótese de que ela protegeria a audição dos animais, o que efetivamente ocorreu.

Já formada, a profissional seguiu se especializando no atendimento de pessoas neurodivergentes. Com o tempo, descobriu que cada detalhe na trajetória com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é essencial, desde a forma de estabelecer acordos até a posição de determinado objeto na sala de terapia ou a postura corporal no momento de dar uma notícia difícil para uma família.

“Por isso, nunca parei de estudar toda e qualquer variável relacionada ao autismo. Fiz diversos cursos a respeito de meios alternativos de comunicação e de tratamento de transtornos motores da fala, uma vez que essa é uma comorbidade comum no TEA”, afirma Letícia.

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Viajar com autistas não verbais

Nesta entrevista, Letícia conta um pouco mais sobre sua experiência e ressalta o quanto a conscientização é importante na hora de planejar viagens com crianças e adolescentes autistas. Confira:

Como nasceu o Instituto Índigo e de que forma ele atua para o desenvolvimento de pessoas neurodivergentes?

Minha vontade incessante de saber mais sobre o desenvolvimento neurodivergente deu vida à minha clínica, o Instituto Índigo. Hoje, contamos com uma equipe com mais de 30 terapeutas. Cada caso atendido é um novo universo, e isso contribui para a busca de soluções inovadoras. Por mais que o Brasil seja um dos melhores lugares para concretizar as terapias necessárias para aumento da autonomia e, principalmente, de qualidade de vida (e muitos profissionais e famílias perdem esse último objetivo de vista), ainda temos muito a melhorar. Sobretudo em termos de regularização de áreas de atuação, de serviços e, acima de tudo, de inclusão.

Você tocou no ponto da qualidade de vida e, para muitas pessoas, ela está intimamente relacionada à possibilidade de viajar e descobrir novas culturas. Quais cuidados de planejamento você indica para as famílias com pessoas neurodivergentes, especialmente crianças e adolescentes não verbais, na hora de programar uma viagem?

Indico sem pensar duas vezes que usem com bastante paciência e persistência um suporte visual, pois se a criança ou o adolescente ainda não desenvolveu a fala, é porque esse meio de comunicação é realmente muito difícil para eles no momento – e, inclusive, pode ser para sempre. A partir daí, é preciso estabelecer outras formas de comunicação, como trocas de imagens, gestos ou expressões. Dessa maneira, deve-se mostrar a eles para onde vão, o que pretendem fazer e como é o nome de determinados itens, por exemplo. Tudo isso contribui para que a pessoa neurodivergente entenda melhor o que está acontecendo e consinta em ir a esses lugares.

Você falou em suporte visual. Que tipo de tecnologia existe nesse sentido?

Existem diversos aplicativos para celular ou tablet que ajudam a prever diversas situações. Alguns são relacionados a tempo, como Countdown e Mouse Timer. Outros, a atividades, a exemplo de Rotina Divertida e Choice Works. E, para ambos os casos, é sempre bom lembrar que também é possível criar esses recursos visuais em papel plastificado, sem ter que recorrer a tecnologias mais sofisticadas.

Viajar de avião é um dos maiores temores dos pais ou responsáveis por crianças e adolescentes autistas. O que você recomenda para tornar a experiência mais adequada para todos?

É fundamental dar previsibilidade às crianças e aos adolescentes neurodivergentes a respeito de tudo que pode acontecer em um avião. Isso pode ser feito com recursos visuais e até mesmo com vídeos. Na hora de voar, levem a bordo todos os itens que os acalmem e deixem felizes. Com assentimento, compreensão e participação mais ativa da criança em todo o processo (por entender melhor o que está acontecendo, ao menos no sentido de saber para onde e com quem vão), bem como as coisas que ela mais gosta e as pessoas em quem confia por perto, a experiência será muito melhor. Se seu filho também tem alguma questão sensorial significativa, peça orientação para a terapeuta ocupacional em relação ao que pode ser feito no sentido de acalmá-lo e regulá-lo durante o voo.

Como os pais ou responsáveis devem proceder para ajudar as crianças e os adolescentes neurodivergentes a se sentirem confortáveis durante uma viagem com muitos estímulos? Podemos usar como exemplo os parques temáticos de Orlando.

Recomendo que os pais ou responsáveis sempre tenham em mãos os itens preferidos da criança ou do adolescente para ajudá-los a se regular. Caso a situação continue difícil e eles queiram ir embora, por exemplo, tente fazer um acordo relacionado ao tempo, como “daqui a 30 minutos nós vamos embora”, ou a atividades, por exemplo: “já vamos embora, só faltam duas atrações”. Para funcionar, é importante que o acordo esteja alinhado ao nível de tolerância individual da criança ou do adolescente. Além disso, tente eliminar fatores estressantes, como estar com fome, não ter uma boa noite de sono, estar com febre ou sentir alguma dor. Tudo isso pode deixar qualquer pessoa impaciente e, com os autistas, não é diferente.

De que forma é possível identificar os sentimentos dos autistas não verbais em relação ao que está acontecendo durante a viagem?

É importante ficar atento o tempo todo aos sinais da criança ou do adolescente neurodivergente. Se ele afasta algo com a mão, possivelmente é porque não o quer. Se parece irritado, resmungou ou se retirou fisicamente, idem. Com recursos visuais, é possível validar e expressar esses sentimentos. Frases como “nossa, filho, você não quer, entendi” ou “filha, você esta irritada, muito brava, eu entendi” são importantes no processo de desenvolvimento. A partir daí, é possível usar recursos visuais para resolver a situação ou acalmá-los. Externar situações como “podemos ir embora, o que acha?”, ou “podemos beber água e dar uma volta para acalmar”, ou ainda “vamos ficar apenas mais um pouco e depois vamos embora” podem ser úteis.

Quais outros conselhos você daria para as famílias que planejam viajar com crianças ou adolescentes neurodivergentes?

Aconselho que os pais ou responsáveis alinhem as expectativas ao que a criança ou o adolescente “dá conta” naquele momento. Caso não lidem bem com barulho, por exemplo, é melhor evitar e entender que não é a hora certa. Se ficam incomodados com lugares excessivamente lotados, é mais prudente evitá-los e aceitar isso do que enfrentar situações que possam ser desafiadoras. Viagens são para relaxar e se divertir. Logo, devem ser prazerosas para todos. É muito mais valioso um momento de alegria e de qualidade do que um desafio estressante demais. Eles fazem parte da vida, é verdade, mas há hora certa para tudo. Todos precisam recarregar a bateria de vez em quando, e uma viagem bem planejada e focada nesse sentido costuma ser a escolha mais acertada para a família.

O que você precisa saber antes de viajar

Ao planejar uma viagem com pessoas autistas ou não, é possível recorrer a uma série de ferramentas de auxílio antes mesmo de fazer as malas. Dá para comprar passagens aéreas mais baratas, alugar carros e reservar hotéis, bem como passeios, transfers e ingressos para atrações, com mais segurança e pagando menos.

É imprescindível também fazer um seguro viagem e comprar um chip de internet. Assim, você evita os gastos absurdos cobrados com saúde no país, caso algo fuja do previsto, e consegue usar internet ou telefone para se comunicar com quem está no Brasil, checar e-mails, postar fotos no Instagram, usar o WhatsApp e tudo mais.

De quebra, vale a pena comprar um pouco de dinheiro do país que você visitará. Pode ser em espécie ou em cartão, mas não viaje sem nada.

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