Destino
Recife, Porto de Galinhas e arredores
- 20/Abril/2016
Serviços
Vila Galé Eco Resort do Cabo
Situado de frente para as águas de Suape, em Cabo de Santo Agostinho, o hotel foi repaginado pelo grupo português transformando-se em um all inclusive com farto leque de opções de lazer em família.
Nannai Beach Resort
É o resort mais exclusivo de Porto de Galinhas. E também o mais romântico, com spa L'Occitane e bangalôs suspensos sobre piscinas privativas que dão a impressão de se estar em alguma ilha do Pacífico.
Pousada da Paixão
Ao longo dos nove dias de encenação do Calvário de Cristo, quem se hospeda na Pousada da Paixão, situada dentro das muralhas de Nova Jerusalém, tem a oportunidade de assistir e, no dia seguinte, participar do espetáculo como figurante.
Grand Mercure Recife Atlante Plaza
Fica na Avenida Boa Viagem, de frente para a praia mais famosa de Recife, e oferece vários serviços exclusivos, como sala de espera no aeroporto e concierge.
Prodigy
Fica em Jaboatão dos Guararapes, vizinha de Recife, o que torna a relação custo-benefício bem mais atraente.
Hotel Aconchego Porto de Galinhas
Econômico, tem agência de turismo, internet, acesso para cadeirantes e cara de condomínio de veraneio, com bar e piscina.
Beijupirá
Tem unidades em Porto de Galinhas, Cabo de Santo Agostinho, Olinda, na Praia dos Carneiros e até um lodge em Fernando de Noronha. Como o próprio nome sugere, as receitas do peixe beijupirá com molhos agridoces fazem a fama de todas as casas.
Oficina do Sabor
Escolha uma mesa no agradável salão avarandado, com vista para o casario de Olinda, e se delicie com a releitura de pratos regionais elaborados pelo chef César Santos em sua “oficina”. Só de jerimum recheado há 15 variações, como a de charque e a de lagostim ao coco.
Da Mira
Serve as vigorosas delícias locais em uma casa despretensiosa do bairro de Casa Amarela, sem ostentação nem sequer placa na porta.
Bargaço
Coleciona diversos prêmios como melhor restaurante de Recife especializado em peixes e frutos do mar. A moqueca servida em panela de barro, farta em camarões e dendê, bem à moda baiana, é um dos pratos mais pedidos.
Spettus Premium Boa Viagem
Tem o melhor rodízio de carne de Recife. A matriz no Derby oferece preços mais em conta, mas dispõe de menos opções. Por isso, muita gente prefere mesmo a filial em Boa Viagem, que serve prime rib, a alcatra australiana e o new york steak.
Roteiro
Recife Antigo
A alma cultural de Recife está intimamente ligada ao seu passado. Por isso, reserve o primeiro dia para sorver os quase 500 anos de história da capital direto de sua nascente: o Recife Antigo. A melhor maneira de explorar suas atrações é caminhando. E adivinha o melhor ponto de partida? O Marco Zero, claro! Dali partem os barquinhos que levam ao Parque das Esculturas de Francisco Brennand.
– Na volta, faça umas compritchas no Centro de Artesanato de Pernambuco. Instalada num dos armazéns do porto, a megaloja reúne mais de 15 mil peças feitas por artesãos de todo o Estado.
– Pertinho dali está o novíssimo Museu Cais do Sertão, que retrata o cotidiano do homem sertanejo contando, entre outras histórias, a do Rei do Baião, Luiz Gonzaga.
– Se você estiver adiantado, tome um maltado (leite batido com sorvete e malte) e coma um sanduíche de queijo do reino na lanchonete As Galerias (nº 183 da Rua da Guia). Chacrinha, Caetano Veloso, Chico Science, Lulu Santos e Nando Cordel já frequentaram o estabelecimento, tão tradicional que ganhou o título de Patrimônio Cultural da cidade.
– Depois, siga direto para o Paço do Frevo, outra grata novidade da capital. Tudo o que você precisa saber sobre o ritmo mais frenético de Pernambuco está ali. Detalhe: às terças, sábados e domingos, o visitante não só aprende sobre a história do ritmo como é convidado a cair na dança em uma aulinha grátis com direito a jogo de improvisos.
– Livre das calorias, vá sem culpa para a Rua Bom Jesus, onde fica a maioria dos bares e construções históricas. Após a invasão holandesa, no final do século 17, judeus perseguidos na Europa se estabeleceram no local, deixando como herança a primeira sinagoga das Américas (hoje, Centro Cultural Judaico).
– Aos domingos, a rua vira palco de uma grande feira, com roupas, artesanato e comidinhas. Destaque para a tenda de Diógenes Azevedo e Arão Schver, que vende quitutes judaicos como o kamish (doce de nozes com passas) e a bureka (rosca de massa folhada com recheio).
– Por fim, visite a Embaixada dos Bonecos Gigantes, quartel-general dos emblemáticos bonecões que tanto animam o Carnaval de Olinda. Uma oportunidade única de fazer selfies ao lado de Chacrinha, Pelé, Michael Jackson e até do japonês da Federal, sem ter de esperar que ele bata à sua porta.
Pelas artes e águas de Recife
Tire o dia para imergir no lado mais poético de Recife e conhecer um pouco das atrações situadas fora do centro histórico. Antes de mais nada, saiba que, quando o assunto é arte pernambucana, o sobrenome Brennand não pode ficar de fora do roteiro.
– Comece visitando a Oficina de Cerâmica Francisco Brennand. Aficionado por esculturas com conotação sexual, o ceramista transformou a olaria da família, no bairro da Várzea, em um museu-ateliê de atmosfera surreal, com jardins projetados por Burle Marx e uma infinidade de quadros, estátuas e painéis de azulejos. Para os famintos de plantão, há lanchonete e bistrô.
– Depois, reserve umas boas horinhas para conferir todo o acervo do Instituto Ricardo Brennand, eleito o melhor museu da América do Sul e o 17º do mundo na opinião dos usuários do portal Trip Advisor. E não é para menos. O gigantesco complexo arquitetônico de estilo medieval tem tantas antiguidades e obras de arte que boa parte nem é exposta. A maioria das peças data da Baixa Idade Média até o século 21.
– Se você gosta de umas comprinhas, visite a Casa da Cultura, em Santo Antônio, onde 130 lojas ocupam as celas de um antigo presídio, de 1865, oferecendo desde rendas e miniaturas de barro até xilogravuras de cordel.
– Perto dali está a mais bela igreja de Recife, a Capela Dourada (1697), repleta de ouro e pinturas sacras, e a simpática Praça da República com a imponente fachada cor-de-rosa do Teatro de Santa Isabel (1851) ao fundo e o recém-restaurado Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, ao lado.
– Se você quer entender melhor por que tanta gente chama a cidade de Veneza Brasileira, no entanto, dê apenas uma breve olhada nesses monumentos e corra ao Cais das Cinco Pontas para apreciar o pôr do sol em um romântico passeio de catamarã pelo Rio Capibaribe.
Olinda
Suba primeiro até o Alto da Sé. É lá que fica a igreja, de 1537, onde dom Hélder Câmara clamou por justiça no Brasil pós-1964. Erguida a mando de Duarte Coelho, a construção mistura diversos estilos entre seus altares banhados a ouro. Mas o que mais chama a atenção dos turistas são mesmo as paisagens banhadas a sol que se avistam do lado de fora, no mirante.
– Após tirar aquela clássica selfie, prove as tapiocas das barraquinhas que circundam a igreja, mas também guarde um espaço no estômago para, mais tarde, almoçar com estilo no restaurante Oficina do Sabor – só de jerimum recheado, há 15 variações – ou no aclamado Beijupirá.
– Em seguida, faça uma rápida via sacra pelos principais templos religiosos do município, como o Convento de São Francisco (1585), o primeiro da Ordem Franciscana no Brasil; a Igreja do Carmo (1580); a Igreja da Misericórdia e a Basílica de São Bento (1582), a mais rica de todas elas – só o seu altar, de estilo barroco, é revestido com 28 kg de ouro.
– No caminho, dê uma paradinha no número 182 da Rua São Bento para fotografar a fachada da casa de Alceu Valença, cuja varanda vira palco e epicentro da folia olindense já há muitos carnavais. Também é nessa rua que fica o Museu do Mamulengo, com centenas de fantoches de madeira e pano usados no teatro popular de rua desde o século 19.
– Antes de deixar a cidade ou de montar campana em algum barzinho para curtir a noite por ali, bata perna pelas ruas do Amparo e Bernardo Vieira de Melo para conhecer os melhores ateliês e encher a bagagem nas lojinhas de artesanato da região.
Cabo de Santo Agostinho
Percorra os cerca de 40 km que separam Recife das badaladas praias de Cabo de Santo Agostinho. Como cada orla tem suas peculiaridades, o ideal é contratar um bugue para conhecer várias delas em um único passeio. Geralmente, motoristas credenciados levam cerca de 3h30 para cumprir o roteiro, que contempla a praia da Pedra do Xaréu (de ondas fortes demais para banho); a Enseada dos Corais, que tem tranquilas piscinas naturais; e ainda passa pela Vila de Nazaré.
– Lá, vale fazer um pit stop para saber um pouco mais sobre a história da região, que teria sido descoberta pelo espanhol Vicente Yañez Pinzón antes da chegada dos portugueses e ficou sob domínio dos holandeses por 24 anos.
– Hoje, quem visita a vila, no ponto mais alto do cabo, encontra vários vestígios desse passado conturbado, como a Igreja de Nossa Senhora de Nazaré, construída pelos portugueses em 1531, e logo ao lado as conservadas ruínas do Convento das Carmelitas (1700).
– Do alto das falésias ainda é possível ver o Forte Castelo do Mar (1722), o que restou da Casa do Faroleiro (1883), o porto e Recife ao fundo.
– Em seguida, todos os bugues seguem até a Praia de Suape e a charmosa Calhetas, com direito a pausa para almoço no Bar do Artur tendo a privilegiada vista da orla, em formato de coração, como pano de fundo. No caminho, uma tirolesa de 200 m de extensão e 13 m de altura faz a festa dos aventureiros de plantão, que podem deslizar do alto do morro até “encostar” no mar, já de cara com o bar.
– Depois da refeição, é hora de partir para outro passeio. Desta vez, de catamarã, com duração de aproximadamente duas horas. Há embarcações que partem de dentro do Hotel Vila Galé às 10h e às 14h, passando pelas praias de Paraíso, do Francês e também pelos manguezais da região.
– Para quem não aprecia roteiros de barco, outra boa opção é o Engenho Massangana, que começou a ser restaurado em 2010, em homenagem ao centenário da morte do abolicionista Joaquim Nabuco.
– Por fim, antes que o sol se ponha de vez, dê uma corridinha até a Reserva do Paiva para conhecer a face mais sofisticada de Cabo de Santo Agostinho. O Empório Gourmet, por exemplo, abriga filiais do restaurante Beijupirá, do Caffè Trieste e da Carmem Delicatessen. Isso sem contar o refinado beach club mantido pelo hotel Sheraton Reserva do Paiva para proporcionar momentos exclusivos aos seus hóspedes (ou a quem pagar o Day Use).
Porto de Galinhas
Nenhuma visita a Pernambuco seria completa sem um passeio de jangada em Porto de Galinhas, localizada a 30 km de Cabo de Santo Agostinho e 65 km de Recife. Só é necessário ficar atento à tábua das marés, para sair no horário certo da baixa.
– Verificada essa informação, já se pode traçar o roteiro do dia, que deverá ser dividido em dois períodos: um para mergulhar nos arrecifes, que não dura mais de uma hora, e outro para fazer um passeio de bugue pelo litoral de Ipojuca, com duração que pode variar de três horas a um dia inteiro.
– Se você quer aproveitar ao máximo o mergulho, lembre-se de ter máscara e snorkel à mão – normalmente, os jangadeiros já oferecem o kit, incluindo ração para atrair os peixes que restaram. Também não se esqueça de levar um calçado que possa molhar, preferencialmente fechado no calcanhar, como uma sandália papete.
– Já o tour de bugue intitulado “ponta a ponta” começa pelo centrinho da Vila, segue pela estrada até as tranquilas praias do Cupe e de Muro Alto, e termina com um bom banho no Pontal de Maracaípe.
– Ali também são oferecidos passeios de jangada tanto pelo mar – até as piscinas naturais de Maracaípe, mais fartas em peixes coloridos do que as da Vila – quanto pelo rio, que desemboca na praia de águas quentinhas e serve de berçário para colônias de cavalos-marinhos.
– À noite, curta o charme das lojinhas, ateliês, bares e restaurantes na vilinha de Porto de Galinhas. O Birosca da Cachaça, por exemplo, é point de paquera e tem som eclético. Já o Lua Morena, um pouco mais distante, alterna os dias entre forró e sertanejo.
– Na hora das compras, a coloridíssima loja Gatos de Rua vende desde suvenires até roupas e belos objetos de decoração feitos com material reciclado.
– E quando a fome apertar, não faltarão bom restaurantes de portas abertas, como o Beijupirá – tão famoso em Porto de Galinhas que até deu nome à rua –, o La Crêperie e o Barcaxeira.
Praia dos Carneiros
Você pode estar em Recife, Olinda, Porto de Galinhas ou Cabo de Santo Agostinho. Não importa. Inevitavelmente, algum agente de viagem irá lhe oferecer um passeio até a Praia dos Carneiros, em Tamandaré, a 113 km da capital. E não é para menos. Eleito a 12ª praia mais bonita do mundo na opinião dos leitores do site Trip Advisor, este trecho do litoral pernambucano encanta o visitante com uma estreita faixa de areia branca pontilhada por coqueiros que parecem querer se debruçar para beijar o mar.
– A maior parte dos passeios de um dia em ônibus de turismo usam como ponto de apoio a gigantesca barraca Bora Bora ou o Sítio da Prainha.
– De ambas, partem catamarãs que navegam pelos rios Ariquindá e Formoso até um braço de mar, onde a maré, quando baixa, revela um belo banco de areia, batizado de Crôa de Guadalupe.
– Há parada para banho ali e depois as embarcações seguem até uma área de mangue para que os passageiros tenham a oportunidade de lambuzar a pele com argila. Dizem os moradores que ela rejuvenesce até 20 anos!
– Exageros à parte, vale espalhar o barro pelo corpo ao menos para sentir a cútis lisinha no fim do dia. E deixar a câmera a postos para fotografar a singela Capela de São Benedito na volta pelo mar, perdida entre coqueiros.
Caruaru e Nova Jerusalém
Acorde cedinho porque a viagem pelo agreste pernambucano será longa. E gratificante. Aos poucos, o cenário de praias, prédios e coqueiros que imperou diante de seus olhos na última semana cederá espaço para uma paisagem completamente diferente, com chão de terra seca, vegetação rasteira, imensas formações rochosas e cheiro de bode no ar.
– Primeira parada: Caruaru, 138 km distante de Recife. Tão superlativo quanto o seu arraial junino, só mesmo a sua feira, que se espalha pelo Parque 18 de Maio com roupas, quitutes e as peças de artesanato que lhe conferiram o título de maior feira de artes figurativas do mundo.
– Para beber direto da fonte artesã, no entanto, prefira seguir ladeira acima rumo ao Alto do Moura. É lá que ficam os ateliês dos principais artesãos em atividade e a antiga residência do mais famoso de todos eles: Mestre Vitalino, com objetos pessoais e réplicas do seu trabalho.
– De lá, siga para o Museu do Forró Luiz Gonzaga e do Barro Espaço Zé Caboclo, que reúne o que há de mais representativo na música e no artesanato pernambucanos.
– Vale almoçar em Caruaru antes de bater retirada rumo a Fazenda Nova. Três boas opções são o Bode Assado do Luciano, a filial da churrascaria Boi & Brasa e o restaurante Don Peppone, que tem quilo e self service com vários pratos regionais.
– Na sequência, volte para a estrada na direção do município de Brejo da Madre de Deus e seu distrito, Fazenda Nova, para conhecer a cidade-teatro de Nova Jerusalém, palco do famoso espetáculo da Paixão de Cristo. Mesmo que não seja tempo de Páscoa, vale visitar o local para percorrer os cenários do Calvário, vestir roupas da época e participar de um jantar temático em pleno palco da Santa Ceia.