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Covid-19 pelo mundo: brasileiro fala sobre a quarentena no Canadá
- Créditos/Foto:Pixabay
- 27/Abril/2020
- Maria Beatriz Vaccari
Com mais de 47 mil casos de covid-19 confirmados, o Canadá é um dos países que adotou o isolamento social para tentar conter a propagação do coronavírus. Atualmente, a região de Quebec é a mais afetada no país, com mais de 1.500 óbitos, segundo a Universidade Johns Hopkins.
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No quarto episódio da série de entrevistas Covid-19 pelo mundo, o biólogo brasileiro Enrico Fellegara, de 28 anos, fala sobre a quarentena em Victoria, capital da Colúmbia Britânica.
“Dois motivos me trouxeram à cidade. Escolhi o Canadá por ser um país de primeiro mundo, com uma excelente qualidade de vida e que tem como uma das línguas oficiais o inglês. Além disso, optei por Victoria por a cidade ser muito conectada ao meio ambiente. Como pretendo seguir minha carreira nessa área, vir para cá foi a escolha certa”, explica.
Covid-19 pelo mundo: Victoria, Canadá
Dados divulgados pela Universidade Johns Hopkins mostram que a região da Colúmbia Britânica registra cerca de 100 mortes causadas pela covid-19. “Apesar de a situação estar bem controlada em Victoria, as pessoas estão levando a quarentena a sério. Isso é ótimo. Nos últimos dias, a cidade não registrou novos casos”, diz o biólogo.
Quando o isolamento começou, as instituições educacionais adotaram o ensino online e a distância. “Mesmo com todo esforço dos professores e auxílio da tecnologia, sinto que não retive a mesma quantidade de informação em comparação às aulas presenciais”, afirma o brasileiro.
“Outro fator que modificou a minha vida foi perder o emprego. Pelo menos, temporariamente, já que a loja onde trabalhava fechou por causa da quarentena. Além disso, a parte social foi muito afetada. Ao menos, moro com mais três pessoas, o que ajuda um pouco a manter o mínimo de contato humano”, completa.
Humanidade mais consciente
Enrico acredita que o futuro após a pandemia pode ser uma oportunidade para que a humanidade seja mais consciente. “Espero que as pessoas reflitam que os humanos são, em essência, animais, e que estão direta ou indiretamente ligados ao meio ambiente e a todas as espécies do planeta. Não somos superiores aos outros. É só olhar o que um vírus, uma entidade microscópica, foi capaz de fazer em tão pouco tempo”, destaca.
O biólogo explica ainda que, independentemente da origem da covid-19, de modo geral, doenças (causadas por bactérias, vírus e protozoários) afetam os humanos por causa de interferências no equilíbrio do meio ambiente.
“Foi o caso do ebola, da dengue, da malária, do HIV, entre outras. Por isso, espero que as pessoas sejam mais conscientes no futuro e percebam que o consumo de bens materiais em excesso depende de recursos naturais, que são extraídos da natureza. E, como disse, ao interferirmos nela, doenças que antes estavam apenas na vida selvagem passam a nos acometer”, finaliza.
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Covid-19 pelo mundo: série de entrevistas
O Rota de Férias e o Busca Voluntária estão conversando com pessoas de todo o planeta para saber como o coronavírus está afetando a realidade de suas cidades. Confira os outros capítulos da série:
Capítulo 1: COVID-19 PELO MUNDO: ADVOGADA RELATA O DIA A DIA NA CIDADE DO MÉXICO
Capítulo 2: COVID-19 PELO MUNDO: BRASILEIRA CONTA COMO ESTÁ A VIDA EM SANTIAGO
Capítulo 3: COVID-19 PELO MUNDO: “ESTAMOS MELHORANDO AOS POUCOS”, DIZ MORADOR DE BRÉSCIA
Capítulo 4: COVID-19 PELO MUNDO: AMERICANOS CONTAM COMO ESTÁ A VIDA EM DENVER