Destino
Taiti, Moorea, Bora Bora e Rangiroa
- 25/Janeiro/2018
- Paulo Basso Jr.
Serviços
InterContinental Tahiti Resort & Spa
Tem uma estrutura mais antiga e alguns bangalôs sobre o mar, mas é o melhor hotel do Taiti. De suas piscinas com borda infinita é possível observar Moorea. Destaque para a gastronomia, sobretudo do restaurante Le Lotus.
Four Seasons Resort Bora Bora
É um dos hotéis mais desejados da Polinésia. Tem bangalôs sobre as águas, diversas atividades náuticas, lindas praias, pontos para mergulhar, spa com uma linda área de relaxamento e fica de frente para o Monte Otemanu. O preço, porém, é salgado.
The St. Regis Bora Bora Resort
Conta com 90 acomodações luxuosas, entre as quais 77 são bangalôs overwater. Destaque para a piscina com vista para o Monte Otemanu e a butique Bridal, onde é possível alugar roupas de casamento e reservar cerimônias no próprio hotel, inclusive típicas da Polinésia, com a chegada do noivo em canoas.
Hotel Kia Ora Resort & Spa
Tem estilo resortão e é o mais procurado de Rangiroa.As villas são espaçosas e, muitas delas, abrigam piscinas particulares. Destaque para a piscina de borda infinita, lindíssima. De lá é possível partir para diversos passeios na lagoa.
Café Maeva
Fica no segundo andar do colorido mercado de Papeete e é um bom local para provar o poisson cru, especialidade local. O prato é uma espécie de ceviche, com peixe cru e legumes marinados no molho de coco.
Le Lotus
Localizado no hotel InterContinental, tem gastronomia refinada e fica sobre as águas. Peça as vieiras ou os filés de atum e mahi mahi (dourado), ambos deliciosos.
Joséphine
É um dos melhores restaurantes de Rangiroa. Fica no hotel-butique homônimo e investe na cozinha francesa.
Roteiro
Taiti
A maioria dos brasileiros chega à Polinésia Francesa em vôos vindos de Santiago, no Chile, com uma breve parada na Ilha de Páscoa, ou em vôos diretos de Los Angeles. Ambos os trajetos são longos e, na prática, envolvem mais de um dia de viagem, o que significa que você chegará cansado e precisará de um dia de puro relax.
– O aeroporto internacional ficam em Papeete, a capital do Taiti, principal ilha da Polinésia Francesa (muitos a confundem com todo o território, mas é só a principal ilha).
– Logo no aeroporto, você ouvirá o primeiro de muitos ia ora na, cumprimento polinésio que, mais do que um bom dia ou boa noite, é um desejo de bons fluídos. Provavelmente também receberá um colar com flores tiaré, típicas da região, e, caso dê sorte, poderá ver uma apresentação de dança ao som do ukulele, instrumento que todos os nativos parecem saber tocar. Eles são muito amigáveis e receptivos.
– Ainda no aeroporto, troque um pouco de dólares e euros pela moeda local, o franco pacífico.
– O Taiti não é tão bonito quanto outras ilhas e atóis da região, mas serve para você descansar na primeira noite antes de seguir viagem de avião ou ferry para outras ilhas.
– Caso tenha tempo de passar em Papeete, siga para o Centro, onde fica o colorido mercado local. No térreo há alimentos, artesanatos simples, essências de tiaré e baunilha, muito famosa na região.
– Vá ao segundo andar conferir as lojas de pérola negra, endêmicas da Polinésia. Na Mihiarii, por exemplo, você pode escolher a pérola e montar brincos, pulseiras e colares. Quanto maior e com menos imperfeições, mais cara é a joia.
– Aproveite para passar no Cafe Maeva, dentro do mercado, e provar o poisson cru, especiaria local que consiste em peixe cru preparado com legumes e leite de coco. É uma espécie de ceviche menos ácido e mais doce.
– Há ainda outros bons programas nos arredores, como visitar o Pearl Museum e o pequeno, porém interessante, Museu de Street Art, que conta inclusive com grafites de brasileiros.
– Para entrar no clima, você pode ainda fazer uma tatuagem, pois alguns historiadores dizem que a técnica nasceu na Polinésia. Não à toa, praticamente todos os nativos têm uma e fazem questão de exibir. Os desenhos são lindos e variam de acordo com os cinco arquipélagos que compõem a Polinésia. Há diversos estúdios em Papeete, como o do Tito, que fica em frente ao escritório de turismo, pertinho do mercado.
– Um bom programa para jantar é o restaurante Le Lotus, do InterContinental, o hotel mais luxuoso do Taiti. Ele fica sobre as águas e serve delícias como filés de atum e mahi mahi (dourado), além de vieiras e boas sobremesas.
– Aproveite para descansar e curtir bastante a piscina do hotel antes de viajar para outras ilhas.
Moorea
A vida na Polinésia sempre começa cedo, assim que o dia fica claro, por volta das 7h da manhã. Tome um bom café (prove o suco de abacaxi docinho, típico da Polinésia) e siga para o porto de onde partem os ferries diariamente do Taiti para Moorea, a ilha mais próxima de Papeete.
– Vale a pena fazer uma visita e curtir os programas locais de Moorea. Há bons hotéis por lá, mas também dá para fazer passeios de bate-volta.
– Rolam diversos tours pela área montanhosa de Moorea, com trilhas em meio a muito verde que podem ser agendadas com as operadoras locais.
– A maior parte dos viajantes, entretanto, segue para o Lagonarium, uma lagoa em meio aos corais onde é possível mergulhar com snorkel e ver diversos peixinhos.
– Este é um bom dia também para assistir a apresentações culturais típicas, já que a cultura da polinésia é muito rica. Em alguns tours os guias tocam ukulele. No jantar, alguns restaurantes apresentam shows de música e dança típicas.
– Caso não vá pernoitar em Moorea, retorne no fim da tarde para o Taiti e descanse no hotel. Programe-se para jantar entre 18h e 19h30, pois perto das 21h tudo começa a fechar as portas na Polinésia.
Bora Bora
Chegou a hora de conhecer a ilha mais espetacular da Polinésia Francesa. A maneira mais simples de chegar lá é de avião, em vôos que partem diariamente do aeroporto de Papeete e são operados em turboélices pela empresa aérea Air Tahiti.
– Como não tem lugar marcado no avião, posicione-se bem na fila, espere os locais entrar, pois eles têm prioridade, consulte com a comissária de bordo qual trajeto o piloto vai fazer e sente-se do melhor lado do avião para ver a chegada em Bora Bora, que é espetacular. O trajeto dura cerca de 45 minutos.
– Caso tenha que escolher uma única ilha da Polinésia Francesa para ficar em bangalôs sobre as águas (overwater), opte por Bora Bora. Ali ficam as principais redes, entre as quais se destacam Four Seasons, St. Regis e Pearl.
– A maior parte dos hotéis com bangalôs sobre as águas de Bora Bora fica na lagoa de frente para a ilha principal, onde fica o Monte Otemanu. Essa lagoa é protegida por uma barreira de corais, o que a deixa com águas cristalinas e com tons de azul estonteantes, contrastando com o azul profundo do mar.
– Do aeroporto, você provavelmente terá de tomar uma lancha para chegar ao hotel. Uma vez instalado, reserve o dia para relaxar na praia, fazer atividades náuticas – muitas vezes inclusas na diária –, como stand up paddle e caiaque, e até mergulhar com peixinhos.
– Praticamente não há resorts all inclusive na Polinésia e os jantares nos hotéis, como tudo por lá, são caros. Essa, porém, é a sua melhor opção para passar a noite, já que praticamente não existe vida noturna. Dá até para pegar uma lancha e escolher um restaurante da ilha principal para comer, como o St. James, mas é mais prático permanecer no hotel e curtir o clima de romance. Alguns, como o Four Seasons, promovem altos luaus.
Bora Bora
Reserve no hotel um tour de dia inteiro para conhecer a Blue Lagoon, um dos melhores pontos de mergulho de Bora Bora.
– Um barco o pegará no hotel e seguirá para o primeiro trecho da lagoa, onde é possível fazer snorkel em meio a peixes e tubarões galha-preta e limão, inofensivos. Os corais são lindos. Há um ponto em que está escrito Bora Bora com pedras no fundo da lagoa. Se você tiver uma GoPro ou qualquer outra câmera com caixa à prova d’água, prepare-se para fazer fotos lindas de morrer.
– Com todos a bordo novamente, o guia joga peixes para os tubarões. É impressionante ver a quantidade de animais e o ímpeto deles atrás do alimento.
– Depois, é hora de seguir para outro ponto da lagoa, onde ficam as arraias, quase todas da espécie lixa. Dá para mergulhar com elas, tocar e até dar beijinhos. Tudo seguindo a orientação do guia.
– Na sequência, o passeio pode incluir um churrasco em um motu, pequenas ilhas de areia que se formam sobre a lagoa. O local é perfeito para relaxar, pegar uma praia, tomar um banho, provar pratos típicos locais e procurar pelos tikis, deuses polinésios talhados em pedras semelhantes aos moais da Ilha de Páscoa.
– Quase todos os tours incluem uma apresentação cultural, que pode ser um pequeno show de ukulele, danças típicas ou rituais de artesanato e que explicam como abrir um coco rusticamente e saborear a fruta.
– Depois, é hora de voltar para o hotel, curtir as atrações oferecidas, relaxar na área da piscina e jantar. Alguns hotéis, dependendo do dia, promovem apresentações artísticas com muita dança durante a refeição.
Rangiroa
Para explorar ainda mais a Polinésia, siga para o atol de Rangiroa. Trata-se de uma formação coralínea cuja ilha interna já submergiu completamente, formando uma grande lagoa. De tão grande, a faixa de corais abriga pequenas vilas e hotéis, como o Kia Ora.
– Para chegar a Rangiroa, você terá de tomar um voo de Bora Bora até Papeete e depois outro para o atol. Não se esqueça de, ao embarcar, conferir com o comissário de bordo em qual lado do avião ficar para ter a melhor vista durante a viagem.
– Depois de fazer o check in, contrate tours no próprio hotel. Um dos mais aclamados é o que leva para a Tiputa Pass, uma fenda situada entre os motus que formam a barreira de corais e por onde entra a corrente do mar, trazendo muitos peixes, tubarões, golfinhos, tartarugas e até baleias.
– Em novembro e dezembro, por exemplo, dá para ver golfinhos na região, que nadam e saltam ao lado dos barcos. Quem é certificado pode mergulhar e, com sorte, até passar a mão neles. Não à toa, Rangiroa é apontada pelos especialistas como um dos cinco melhores lugares do mundo para scuba dive.
– Ali perto há um ponto de mergulho com snorkel com centenas de peixes de todas as cores. Trata-se de um aquário natural com visual incrível, repleto de peixes coloridos e inofensivos tubarões passeando pelos arredores.
– No retorno, aproveite o resto do dia para curtir as atrações oferecidas pelos hotéis. Se tiver oportunidade, faça um passeio de va’a, a típica canoa polinésia, antes do jantar.
Rangiroa
Depois do café, contrate um passeio rumo a Blue Lagoon de Rangiroa. Ali também é possível mergulhar entre peixes e ver muitos corais. Com sorte, dá até para ver algumas tartarugas-marinhas.
– Boa parte dos passeios inclui almoço em motus, com churrasco de peixe, frango e outras delícias. Alguns guias aproveitam para tocar ukulele e dar um clima especial ao tour.
– Curta as praias, mergulhe, tire fotos dos peixinhos e filme os tubarões antes de voltar para o hotel.
– Aproveite para apreciar o belíssimo pôr do sol.
– Jante no Les Relais de Joséphine, um hotel-butique que serve boa culinária francesa. Quem se hospeda ali em novembro e dezembro consegue ver, das sacadas do quartos, golfinhos pulando o dia todo, já que elas ficam voltadas para a Tiputa Pass.
– É hora de voltar para Papeete e se despedir do lugar mais lindo do mundo.